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IPCA-15 de março teve variação de 0,40% e IPCA-E do primeiro trimestre fecha em 1,99%

Desaceleração de itens como mensalidades escolares e alimentos foram responsáveis pela redução da taxa em março

24/03/2004 06h31 | Atualizado em 24/03/2004 06h31

Desaceleração de itens como mensalidades escolares e alimentos foram responsáveis pela redução da taxa em março

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,40% em março e ficou abaixo da taxa de 0,90% de fevereiro. Os preços para cálculo foram coletados no período de 11 de fevereiro a 12 de março e comparados com os preços vigentes de 15 de janeiro a 10 de fevereiro.

Além da significativa diferença na variação das mensalidades escolares que, após os 8,17% de fevereiro baixaram para 0,69% em março, outros itens contribuíram para a desaceleração da taxa de um mês para o outro.

Os alimentos passaram de 0,65% para 0,26%, com vários produtos apresentando menor resultado. São exemplos o feijão carioca (de 20,54% para –0,85%), arroz (de 1,65% para –0,91%), carnes (de 1,17% para –1,91%) e tomate (de 4,57% para 1,10%).

O álcool combustível teve queda de 8,46% e a gasolina, de 0,42%. Estes itens haviam apresentado aumento de, respectivamente, 1,19% e 0,61% em fevereiro. Já o gás de cozinha teve menor crescimento e passou de 1,14% para 0,57%.

Além desses fatores, não houve em março impactos de itens importantes na despesa familiar como energia elétrica e ônibus urbano.

Dos itens que mostraram alta de fevereiro para março, os destaques, nos alimentos, ficaram com os ovos (de –1,00% para 5,55%), óleo de soja (de –0,05% para 4,75%) e café moído (0,87% para 2,35%). Destacaram-se, também, os cigarros (de 0,30% para 4,95%), eletrodomésticos (de 0,78% para 1,67%), artigos de higiene pessoal (de –0,62% para 1,14%), telefone fixo (de 0,07% para 1,60%) e automóveis novos (de 1,38% para 1,71%).

Quanto aos índices regionais, em março, o maior resultado foi de Belém (0,86%) e o menor, de Goiânia (–0,01%).

O IPCA-E do primeiro trimestre, que é formado pelo IPCA-15 acumulado, ficou em 1,99%. O resultado se refere a janeiro (0,68%), fevereiro (0,90%) e março (0,40%). Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 6,31%.

O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O IPCA-15 é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.