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Emprego na indústria cresce 0,2% em janeiro

Em janeiro de 2004, o emprego na indústria cresceu 0,2% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Em dezembro de 2003, havia sido registrada queda de 0,6%. O resultado de janeiro não reverte, porém, a trajetória de declínio ...

16/03/2004 06h31 | Atualizado em 16/03/2004 06h31

Total de horas pagas fica estável em relação a dezembro e cai nos demais indicadores

Em janeiro, o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria ficou estável (0,0%) em relação ao mês de dezembro, já descontado o efeito sazonal. Já na comparação com igual mês do ano anterior, houve uma retração de 1,8% e, no índice acumulado dos últimos 12 meses, uma queda de 1,0%. A jornada média de trabalho no mês de janeiro se retraiu tanto no indicador mensal (-0,1%) como no acumulado dos últimos doze meses (-0,3%).

Segundo o indicador de média móvel trimestral, a jornada de trabalho caiu 0,2% entre o trimestre encerrado em dezembro e o trimestre encerrado em janeiro, confirmando a trajetória descendente iniciada em novembro.



A queda de 1,8% na comparação janeiro 2004/ janeiro 2003 reflete o comportamento negativo de 11 dos 14 locais e de nove dos 18 segmentos pesquisados. Entre os setores, as reduções mais expressivas foram as de vestuário (-12,4%), têxtil (-7,8%) e papel e gráfica (-6,6%). Já as maiores contribuições positivas vieram de metalurgia básica (9,6%) e alimentos e bebidas (1,8%).

Entre os locais pesquisados, os que mais influenciaram negativamente o resultado nacional foram: São Paulo (-2,8%), Rio Grande do Sul (-6,0%), Rio de Janeiro (-4,3%) e Nordeste (-1,6%). Em contrapartida, a maior influência positiva ficou por conta de Minas Gerais (2,6%). Na indústria paulista, os segmentos de vestuário (-26,7%), papel e gráfica (-12,3%) e máquinas e aparelhos eletrônicos (-4,6%) exerceram os principais impactos negativos. Na indústria gaúcha, os destaques negativos ficaram com calçados e couro (-11,6%), fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-15,7%) e borracha e plástico (-8,3%). Já no Rio de Janeiro e no Nordeste, a principal pressão negativa sobre o número de horas pagas foi de vestuário, com retrações de -16,5% e -15,2%, respectivamente.

Por fim, o recuo de 1,0% no índice acumulado nos últimos 12 meses foi ligeiramente mais acentuado que o de dezembro (-0,8%). Setorialmente, os maiores impactos negativos vieram dos ramos de vestuário (-6,2%) e fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-8,8%). Já os locais que mais contribuíram negativamente no cômputo geral foram São Paulo (-1,4%) e Rio de Janeiro (-4,7%).

Em janeiro de 2004, o emprego na indústria cresceu 0,2% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Em dezembro de 2003, havia sido registrada queda de 0,6%. O resultado de janeiro não reverte, porém, a trajetória de declínio no índice de média móvel trimestral, que mostra perda de 0,1% entre o trimestre encerrado em dezembro e o encerrado em janeiro. Nos demais indicadores também há queda: -1,7% frente a janeiro de 2003 e -0,7% nos últimos 12 meses.

A folha de pagamento real teve recuperação (7,7%) na comparação com janeiro de 2003. O número de horas pagas ficou estável em relação a dezembro de 2003, também na série livre de efeito sazonal. Em comparação a janeiro de 2003, as horas pagas caíram 1,8%.



No confronto janeiro 2004/ janeiro 2003, 11 dos 14 locais pesquisados apresentam quedas no emprego industrial. A maior contribuição negativa vem, mais uma vez, de São Paulo (-2,2%) e, conseqüentemente, da Região Sudeste (-1,7%). Influenciam os resultados de São Paulo a redução de postos de trabalho em vestuário (-26,1%) e papel e gráfica (-14%). Na Região Sudeste, o emprego em vestuário caiu 20,2% e em papel e gráfica, 11,2%.

Rio de Grande do Sul (-5,8%) também pressiona negativamente o índice geral, em razão, principalmente, da redução do emprego em calçados e couro (-10,8%). Apenas Minas Gerais (2,0%), o conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (1,4%) e o Paraná (0,4%) exibem resultados positivos para o emprego industrial, todos impulsionados por alimentos e bebidas, setor que alcança crescimento de 14,1%, 2,5% e 9,9%, nos respectivos locais.

Setorialmente, ainda no confronto janeiro 2004/ janeiro 2003, são observados, no total do país, queda no emprego em 11 dos 18 setores analisados. A maior pressão negativa vem do ramo de vestuário (-13,9%), seguido de papel e gráfica (-7,7%), têxtil (-5,8%) e minerais não-metálicos (-5,3%). Positivamente, destaca-se a influência das contratações em alimentos e bebidas (2,6%).

O indicador acumulado nos últimos 12 meses (-0,7%) mostra queda ligeiramente mais acentuada que nos meses de dezembro (-0,5%) e novembro (-0,4%). São Paulo (-1,1%) permanece como destaque, dividindo com Rio de Janeiro (-4,4%) e Rio Grande do Sul (-2,0%), os principais impactos negativos na queda do emprego. Os destaques positivos vêm do conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (3,5%) e do Paraná (2,2%), influenciados, sobretudo, pelas admissões no setor de alimentos e bebidas. Em nível setorial, as demissões superam as contratações em dez ramos, com destaque para a influência negativa vinda de vestuário (-6,0%), fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-7,4%), minerais não-metálicos (-5,7%) e têxtil (-4,5%). Respondendo pelas maiores contribuições positivas, destacam-se as indústrias de alimentos e bebidas (2,6%) e de máquinas e equipamentos (5,6%).

Em síntese, apesar da taxa positiva no confronto mês contra mês anterior, verifica-se que o emprego ainda mostra uma trajetória de declínio, expressa no índice de média móvel trimestral. Este resultado é confirmado nas comparações com 2003, em que as taxas permanecem negativas.

Folha de pagamento revela recuperação em relação a janeiro de 2003

O indicador da folha de pagamento real mostra, em janeiro de 2004, aumento significativo. No confronto janeiro 2004/ janeiro 2003, o crescimento é de 7,7% para o total da indústria, com perfil generalizado, atingindo a maioria dos segmentos e locais pesquisados.

Dois fatores contribuíram para este aumento: um deles foi o pagamento, em janeiro, de benefícios tradicionalmente concedidos em dezembro; o outro foi a inflação mais baixa em janeiro de 2004 que em janeiro de 2003.

Entre os 18 ramos pesquisados, 13 apresentam crescimento na comparação janeiro 2004/janeiro 2003, sendo os principais impactos máquinas e equipamentos (22,6%) e alimentos e bebidas (8,6%). Na análise por regiões, todos os locais apresentam expansão da folha real. Merecem destaque São Paulo (7,6%) e Minas Gerais (8,1%), como as principais influências positivas. Na Região Sul (7,3%), as contribuições mais expressivas vêm de Paraná (9,8%) e Santa Catarina (9,6%). Em São Paulo, máquinas e equipamentos (35,2%), produtos químicos (10,6%) e fabricação de meios de transporte (5,4%), foram os três segmentos que mais influenciaram a taxa de expansão da folha de pagamentos. Já em Minas Gerais, os destaques cabem a fabricação de meios de transporte (27,3%), metalúrgica básica (6,8%) e alimentos e bebidas (21,3%).

Já no indicador acumulado nos últimos 12 meses, houve queda na folha de pagamento real(-3,1%), embora menos intensa que a apontada em dezembro de 2003 (-4,3%). O índice de média móvel trimestral avança 3,3% entre o trimestre encerrado em dezembro de 2003 e o encerrado em janeiro de 2004. Deste modo, altera-se a tendência de estabilidade apontada até dezembro passado.