O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de fevereiro teve variação de 0,61% e situou-se 0,15 ponto percentual abaixo do de janeiro (0,76%). Com tal resultado, o IPCA acumulou 1,37% no ano, abaixo dos 3,86% relativos a igual período de 2003. O índice dos últimos doze meses ficou em 6,69%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (7,71%). O IPCA de fevereiro de 2003 foi 1,57%.

O grupo Alimentação e Bebidas teve variação de 0,15%, significativamente menor que a de janeiro (0,88%), quando o excesso de chuvas prejudicou as lavouras. Amenizados os efeitos da chuva e, ainda, intensificada a comercialização da nova safra, a maioria dos alimentos apresentou taxas inferiores às do mês anterior. Depois de subir 25,80% em janeiro, o tomate caiu 3,71%; as frutas passaram de 2,69% para - 0,89%; o arroz, de 3,16% para 0,68%. Com a boa safra de cana-de-açúcar, os preços do açúcar refinado, que já haviam caído 7,58% em janeiro, caíram ainda mais: 11,06%, o principal impacto negativo (-0,03 ponto percentual) do mês.

Assim, os alimentos foram os principais responsáveis pelo recuo do IPCA, apesar da forte influência da alta dos colégios. Outros itens importantes tiveram menor crescimento ou até quedas, como o álcool (-2,54%), artigos de limpeza (-0,69%), ônibus interestadual (-0,46%), remédios (-0,23%) e artigos de vestuário (-0,23%).

As mensalidades escolares aumentaram 8,11% e causaram impacto de 0,31 ponto percentual – a metade – do IPCA de fevereiro. A maior alta nesse item foi no Rio de Janeiro (10,50%) e a menor, em Fortaleza (3,41%).

Ficou 0,91% mais cara a conta de telefone fixo, com o reajuste de 7% nas ligações de fixo para móvel. Também influenciaram o IPCA do mês o aumento de 2,03% nos cigarros. Os automóveis novos subiram 1,56%, e os usados, 1,39%. A alta dos automóveis novos refletiu o repasse para as concessionárias de reajustes praticados pelas montadoras. Também foi alto (2,67%) o item conserto de automóveis.

Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do IPCA de fevereiro foram comparados os preços coletados entre 29 de janeiro e 27 de fevereiro de 2004 (referência) com os vigentes entre 30 de dezembro de 2003 e 28 de janeiro de 2004 (base).

Índices regionais

O maior índice regional foi registrado em Curitiba (1,01%), onde vários itens importantes ficaram acima da média nacional. São destaques o gás de cozinha (1,22%), automóveis novos (2,34%), gasolina (2,97%), álcool (2,51%) e remédios (0,86%). O menor índice foi o de Salvador (0,36%).

INPC variou 0,39% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC foi de 0,39% em fevereiro e ficou 0,44 ponto percentual abaixo da taxa de 0,83% de janeiro. Os alimentos subiram 0,25%, enquanto em janeiro haviam ficado em 0,97%. Os não alimentícios aumentaram 0,45%, resultado também inferior ao de janeiro (0,77%).

O INPC acumulou 1,22% nos dois primeiros meses do ano, abaixo do percentual de 3,97% relativo a igual período de 2003. Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 7,47%, também abaixo do resultado dos doze meses imediatamente anteriores, 8,62%. Em fevereiro de 2003 foi 1,46% a taxa do INPC. Como mostra a tabela abaixo, o maior índice regional foi registrado em Brasília (1,03%) e o menor em São Paulo (0,10%).

Calculado pelo IBGE desde 1979, o INPC refere-se às famílias com rendimento de um a oito salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do INPC de fevereiro foram comparados os preços coletados entre 29 de janeiro e 27 de fevereiro (referência) com os preços vigentes entre 30 de dezembro de 2003 e 28 de janeiro de 2004 (base).