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Desocupação de janeiro é de 11,7%

27/02/2004 06h31 | Atualizado em 27/02/2004 06h31

No primeiro mês de 2004, a taxa de desocupação ficou 0,8 ponto percentual acima da de dezembro último (10,9%) e estável em relação a janeiro de 2003 (11,2%). O rendimento médio real cresceu 1,9% em relação a dezembro e caiu 6,2% em relação a janeiro/2003.



Em janeiro, estimou-se em 2,4 milhões o número de pessoas buscando trabalho nas seis Regiões Metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego, sendo 47,5% destes na de São Paulo.

Entre os desocupados, 54,4% eram mulheres, 45,6% eram homens e 18,6% estavam procurando o primeiro trabalho. Os jovens, ou seja, a população com menos de 24 anos de idade, representavam 46,5% dos desocupados. As pessoas responsáveis pelas famílias eram 25,9% dos desocupados, e foram 29,8% em janeiro de 2003. Com relação ao tempo de procura, 41,7% estavam procurando trabalho por um período superior a 31 dias. Em janeiro do ano passado 39,0% dos desocupados tinham pelo menos o 2º grau completo, mas em janeiro último eles já representavam 42,2%.

Em relação a dezembro de 2003, o número desocupados aumentou 6,1% e houve considerável aumento deles em quase todas as áreas: Recife (3,9%), Salvador (2,0%), Belo Horizonte (17,6%), Rio de Janeiro (2,0%) e São Paulo (8,1%). Porto Alegre foi a única região que apresentou queda (-5,2%).

TAXA DE DESOCUPAÇÃO

Em janeiro de 2004, a PME estimou em 11,7% a taxa de desocupação para as seis áreas, 0,8 ponto percentual acima da de dezembro último (10,9%). Na comparação com janeiro de 2003 (11,2%), houve estabilidade.

Regionalmente, na comparação com dezembro de 2003, houve crescimento em São Paulo (11,8% para 12,9%) e Belo Horizonte (10,4% para 12,3%), e estabilidade nas outras áreas. Em relação a janeiro de 2003, Recife (11,7% para 12,8%), Salvador (15,2% para 16,2%) e Belo Horizonte (9,8% para 12,3%) tiveram elevação, enquanto nas outras áreas houve estabilidade.

POPULAÇÃO OCUPADA

O número de pessoas ocupadas caiu 2,1% de dezembro de 2003 para janeiro: menos 390 mil trabalhadores ocupados, grande parte deles temporários, contratados em novembro e dezembro para o comércio e serviços. A PO caiu em todas as regiões, principalmente em Recife (-2,8%), Belo Horizonte (-2,7%) e São Paulo

(-2,4%), mas subiu 1,4% (mais 253 mil pessoas) nas seis regiões, em relação a janeiro de 2003.

OCUPAÇÃO POR ATIVIDADES

Em quase todos os grupamentos de atividade houve queda da população ocupada (PO) em relação a dezembro de 2003. O destaque foi comércio, responsável por 20,1% da população ocupada, que vinha em trajetória ascendente desde novembro e caiu 4,9%. Houve quedas mais discretas em serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, com 13,4% da população ocupada (-1,0%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, com 15,6% da população ocupada (-1,5%), outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), com 17,2% da população ocupada (-1,8%) e serviços domésticos, com 7,5% da população ocupada (-1,8%), e construção, com 7,6% da população ocupada (-0,7%).

Não apresentou variações significativas: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, com 17,8% da população ocupada, (-0,3%) .

Em relação a janeiro de 2003, a PO cresceu em serviços domésticos e serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (5,8% e 4,6%, respectivamente); outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (1,6% e 0,9%, respectivamente). O grupamento da construção apresentou ligeira queda (-0,8%) e os outros, estabilidade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (0,1%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,3%).

OCUPAÇÃO POR CATEGORIAS

Em relação a dezembro último, caiu em 0,4% o emprego com carteira de trabalho assinada no setor privado1. Também caiu o número de trabalhadores por conta própria (-0,7%) e sem registro na carteira de trabalho no setor privado1 (-5,4%), que vinha crescendo nos últimos dois meses. No confronto com janeiro de 2003, houve queda no emprego com carteira de trabalho assinada no setor privado1 (-0,5%) e aumento dos empregados sem carteira no setor privado1 (2,8%) e dos trabalhadores por conta própria (9,1%).

RENDIMENTO MÉDIO REAL

Em janeiro, o rendimento médio real habitualmente recebido das pessoas ocupadas nas seis regiões metropolitanas situou-se em R$ 850,80 (3,5 salários mínimos), crescendo 1,9% em relação a dezembro de 2003 e caindo 6,2% em relação a janeiro de 2003.



De dezembro de 2003 para janeiro, o rendimento cresceu em quatro das seis regiões: Recife (2,9%), Belo Horizonte (2,7%), São Paulo (3,2%) e Porto Alegre (3,6%). Salvador e Rio de Janeiro apresentaram queda (-2,3% e -1,4%, respectivamente). Houve crescimento no rendimento médio real dos trabalhadores em todas as formas de inserção, segundo às categorias de posição na ocupação: empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado1 (2,0%), empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (3,0%) e trabalhadores por conta própria (4,9%).

De janeiro do ano passado para janeiro deste ano, o rendimento caiu bastante em cinco regiões metropolitanas, sobressaindo-se Salvador (-11,0%) e São Paulo (-9,7%). Na de Porto Alegre houve alta de 6,0%. Quanto às categorias de posição na ocupação, houve queda no rendimento dos trabalhadores por conta própria (-8,0%) e empregados sem carteira de trabalho assinada (-2,1%). Para os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, houve alta de 0,4%.

PESSOAS ECONOMICAMENTE ATIVAS (PEA)

De dezembro de 2003 para janeiro deste ano, o número de pessoas economicamente ativas caiu 1,2% com a redução de cerca de 2,1% no número de pessoas ocupadas. Cresceu em 1,4% o número de pessoas fora do mercado de trabalho (não economicamente ativas). A taxa de atividade (percentagem das pessoas economicamente ativas em relação às com 10 anos ou mais de idade) foi de 56,2%, não se alterando significativamente em relação ao mês anterior (56,8%).

Em janeiro de 2004, eram 21,2 milhões o número de pessoas economicamente ativas, sendo 55,8% homens e 44,2% mulheres. Por faixa etária, eram 0,8% das pessoas de 10 a 14 anos de idade, 2,9% das de 15 a 17 anos, 18,8% das de 18 a 24 anos, 62,0% das de 25 a 49 anos e 15,6% das de 50 anos ou mais.

Na comparação com janeiro de 2003 houve aumento de 2,0%, ou seja, 403 mil pessoas economicamente ativas a mais no mercado de trabalho. A taxa de atividade em relação ao mesmo período não apresentou variação significativa (0,1 ponto percentual).

1 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.