Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Emprego Industrial volta a cair em dezembro e fecha o ano com queda de 0,5%

Na comparação mês contra mês anterior, o número de demissões no setor industrial volta a superar o de admissões na série livre de influências sazonais. Na passagem de novembro para dezembro, o nível de emprego mostra um decréscimo (-0,5%), após ligeira ex

17/02/2004 06h31 | Atualizado em 17/02/2004 06h31

Na comparação mês contra mês anterior, o número de demissões no setor industrial volta a superar o de admissões na série livre de influências sazonais. Na passagem de novembro para dezembro, o nível de emprego mostra um decréscimo (-0,5%), após ligeira expansão (0,1%) entre outubro e novembro. Nos demais indicadores, o emprego industrial permanece mostrando perdas: -1,3% em relação a dezembro de 2002 e -0,5% no acumulado no ano.

No último trimestre de 2003 o emprego cai em nove locais

Na análise trimestral verifica-se crescimento no ritmo de queda do nível de emprego: -0,5% no primeiro trimestre, -0,6% no segundo, -0,7% no terceiro e -1,3% no último trimestre do ano. Entre o terceiro e o quarto trimestres, este movimento de desaceleração também foi observado em nove locais, sendo mais intenso nas regiões Norte e Centro-Oeste (que passa de 4,0% para 0,7%) e em Santa Catarina (de 1,5% para -1,3%). Também observa-se um predomínio de locais com taxas negativas (nove) no quarto trimestre de 2003, com Espírito Santo (-6,0%) e Rio de Janeiro (-4,8%) apresentando os maiores recuos. Nos índices setoriais, observa-se que 12 ramos registraram queda na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano, com destaque para vestuário (que passa de -5,4% para -12,1%), papel e gráfica (de -1,9% para -5,0%) e minerais não-metálicos (de -5,4% para -7,6%).



Em relação a dezembro de 2002, o aumento de postos de trabalho em Minas e Paraná é determinado pelo setor de alimentos e bebidas

Na comparação com dezembro de 2002 há predomínio de taxas negativas, que atingem 11 dos 14 locais pesquisados. As indústrias de São Paulo, com queda de 1,7%, respondem, mais uma vez, pela contribuição de maior impacto na formação da taxa global, de -1,3%, influenciada sobretudo pelos decréscimos observados em nove setores, especialmente em vestuário (-22,7%) e papel e gráfica (-11,4%). Em contraposição, entre os locais que ampliam o emprego industrial, destacam-se Minas Gerais e Paraná, ambos com expansões de 0,2%, impulsionados por alimentos e bebidas, setor que alcança taxa de 10,6% nos dois locais. Ainda neste confronto, em nível setorial, são observados, no total do país, decréscimos em dez dos 18 setores analisados, ficando o recuo de maior pressão no cômputo geral com vestuário (-12,9%), vindo a seguir minerais não-metálicos (-6,8%), têxtil (-5,7%) e papel e gráfica (-5,2%). Por outro lado, destacaram-se as influências positivas das contratações efetuadas nos ramos de alimentos e bebidas (2,4%) e de metalurgia básica (8,6%).

A indústria do vestuário apresenta as maiores quedas no emprego, em 2003

O indicador acumulado encerra o ano de 2003 com recuo de 0,5%, confirmando uma trajetória descendente, uma vez que ao final do primeiro semestre apresentava taxa de 0,0%. No índice anual, há um predomínio de taxas negativas que atingem nove locais pesquisados, com destaque para o fechamento de vagas na região Sudeste (-1,4%), uma vez que São Paulo (-0,9%) e Rio de Janeiro (-4,0%) vêm sendo responsáveis pelos principais impactos negativos no emprego. Por outro lado, a região Norte e Centro-Oeste, com expansão de 3,7%, desponta como a principal contribuição positiva. Setorialmente, ainda no indicador acumulado para janeiro-dezembro, as demissões superam as admissões em dez ramos, com destaque para a influência negativa vinda de vestuário (-5,1%), seguido por outros produtos da indústria de transformação (-7,1%) e minerais não-metálicos (-5,3%). Novamente respondendo pelas pressões positivas mais significativas, destaca-se a indústria de alimentos e bebidas, com ampliação de 2,9% nos postos de trabalho.

Massa salarial cresce 1,4% em relação a dezembro de 2002, com destaque nas indústrias de máquinas e equipamentos e de alimentos e bebidas

Os principais indicadores, que medem o valor da folha de pagamento real da indústria nacional, apresentaram comportamentos distintos em suas principais comparações no fechamento do ano de 2003. Em relação a novembro, a folha total cai 2,5%, já descontados os efeitos sazonais. Em relação a dezembro de 2002, o índice foi positivo (1,4%). Em contrapartida, o acumulado do ano decresceu 4,3%, mas no último trimestre do ano (outubro-dezembro), recuou apenas 0,1%.

Em relação a dezembro de 2002, a folha real cresceu 1,4%, reflexo da expansão verificada em dez dos 18 ramos pesquisados, cabendo a máquinas e equipamentos (17,2%) e alimentos e bebidas (7,0%) os principais destaques. No corte regional, com exceção de Rio de Janeiro (-8,4%), Paraná (-2,7%) e Santa Catarina (-2,3%), os demais locais assinalaram expansão. As maiores altas foram verificadas no Espírito Santo (9,2%) e na Região Norte e Centro-Oeste (5,8%). No Rio de Janeiro, onde se verifica a maior queda, três setores foram responsáveis pelo resultado apresentado: produtos químicos (-22,0%), metalurgia básica (-21,4%) e alimentos e bebidas (-12,6%).

O desempenho da folha de pagamento real, segundo o índice acumulado no ano, encerrou 2003 com queda de 4,3%. Na formação da taxa, vale mencionar como o maior impacto negativo papel e gráfica (-12,9%) e, em menor medida, máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (-10,7%) e minerais não metálicos (-12,5%). Com crescimento, destaca-se alimentos e bebidas (0,9%).

Indústrias que atendem ao mercado interno têm as maiores reduções no número de horas pagas

Em dezembro, o total do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, decresceu 0,7% em relação a novembro, já descontado o componente sazonal, após o ligeiro crescimento de 0,3% entre outubro e novembro. Na comparação com igual mês do ano anterior assinala queda de 1,1%. Também apontou queda o índice acumulado no ano (-0,8%).

Na comparação dezembro 03/ dezembro 02, as reduções mais expressivas foram dadas por: vestuário (-11,7%), têxtil (-6,6%) e minerais não-metálicos (-4,6%). Na indústria paulista (-1,5%), os segmentos de vestuário (-20,8%), papel e gráfica (-9,4%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (-8,7%) foram os principais impactos negativos. Na indústria fluminense (-5,7%), vestuário (-18,8%), produtos de metal (-23,4%) e produtos químicos (-15,1%) foram os destaques negativos. Já nas indústrias do Rio Grande do Sul (-1,4%) e de Santa Catarina (-1,5%), os ramos que puxaram para baixo o índice global de horas pagas foram, respectivamente, calçados e couro (-4,8%) e têxtil (-16,1%).

No acumulado janeiro-dezembro, o número de horas pagas decresceu em 0,8%, ante igual período do ano anterior, sendo a nona queda consecutiva desse indicador no ano de 2003. Para o resultado geral, contribuíram negativamente oito locais e nove setores industriais. Regionalmente, os maiores impactos foram observados em São Paulo (-1,3%), Rio de Janeiro (-4,3%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). Em contrapartida, a maior contribuição positiva foi proporcionada pelo Paraná (3,3%). No âmbito setorial, as maiores pressões negativas foram dadas por vestuário (-5,6%), outros produtos da indústria de transformação (-8,5%) e têxtil (-5,5%). Por outro lado, alimentos e bebidas (3,5%) e máquinas e equipamentos (5,2%) foram as maiores contribuições positivas para o cômputo geral.