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Em 2003, indústria cresce em seis das 12 regiões pesquisadas

13/02/2004 07h31 | Atualizado em 13/02/2004 07h31

Outras contribuições positivas relevantes foram proporcionadas pela química (4,0%) e metalúrgica (3,8%), que apresentaram, respectivamente, aumentos na produção dos itens: fertilizantes compostos e ferro e aço fundido. Em contraposição, as maiores pressões negativas vieram de produtos alimentares (-3,0%), em decorrência da baixa produção de arroz beneficiado e óleo de soja bruto; e vestuário e calçados (-9,5%), que apresentou recuos na fabricação de calçados de couro feminino e blusas, blusões e camisas esporte.

Paraná

A indústria do Paraná, em dezembro, mostra crescimento segundo os principais indicadores: 0,7% no comparativo ante dezembro de 2002, 3,0% no fechamento do ano de 2003 e 3,3% no período outubro-dezembro, em relação ao quarto trimestre de 2002.

Em relação a dezembro de 2002, a produção industrial paranaense subiu 0,7%, mantendo a seqüência de seis meses de taxas positivas. Oito dos dezenove setores pesquisados ampliaram sua produção, sendo que os maiores impactos positivos vieram das indústrias química (15,2%) e mecânica (25,5%). Nestes ramos, os itens que mais se destacaram foram fungicidas e herbicidas e colhedeiras agrícolas. Respondendo pelas quedas que mais influenciaram a formação da taxa global, figuram os ramos de material elétrico e de comunicações (-27,1%), material de transporte (-28,2%) e minerais não-metálicos (-14,8%), pressionados pela redução em ventiladores, caminhões e cimento. O ramo de material de transporte teve seu resultado deste mês influenciado, pela concessão de férias coletivas por parte de uma grande empresa do setor.

Com crescimento de 3,0%, resultado bem acima da média nacional (0,3%), o acumulado do ano reflete o aumento de produção em doze ramos industriais. O fechamento do ano de 2003 teve seu desempenho muito influenciado pelo impacto da manutenção do crescimento apontado pelos segmentos de mecânica (18,5%) e de química (3,8%), que se mantiveram positivos praticamente todo ano. Em oposição, destaca-se a pressão negativa vinda de minerais não-metálicos (-8,2%) e papel e papelão (-6,5%). Os índices semestrais mostram resultados positivos tanto para o primeiro (3,2%), quanto para o segundo semestre (2,8%).

Santa Catarina

A produção industrial de Santa Catarina, em dezembro de 2003, após dois resultados negativos consecutivos, volta a apresentar crescimento (2,5%) na comparação com igual mês do ano anterior. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, a indústria catarinense ainda assinala resultados negativos: -0,5% no último trimestre de 2003 e -2,5% no acumulado no ano.

O crescimento de 2,5% obtido na comparação com dezembro de 2003 refletiu o comportamento positivo de oito dos dezessete gêneros pesquisados. Os ramos que mais influenciaram positivamente o desempenho global foram: mecânica (13,7%), produtos alimentares (3,5%) e material elétrico e de comunicações (10,6%) impulsionados, principalmente, pelo aumento na produção de compressores, açúcar refinado e máquinas síncronas, respectivamente. Entre os que mostraram queda, produtos de matérias plásticas (-17,2%), pressionado pela menor produção de conexões de material plástico; material de transporte (-42,7%), em função do item carroçarias para ônibus e microônibus; e extrativa mineral (-26,6%), por conta da queda na extração de carvão mineral e energético, foram os que mais impactaram negativamente.

Por fim, a indústria de Santa Catarina fecha 2003 com queda de 2,5%, o segundo recuo anual consecutivo. Entre os onze gêneros industriais que reduzem a produção, predominaram setores que, relativamente, dependem mais da evolução da massa salarial: produtos alimentares (-6,5%), têxtil (-11,7%), vestuário e calçados (-11,9%) e produtos de matérias plásticas (-18,0%). Estes setores foram influenciados sobretudo pelos itens: carne de suíno (congelada); toalhas de banho e rosto, blusas, blusões e camisas esporte e mangueiras; e canos e tubos de plástico. Em contraposição, as principais influências positivas vieram de metalúrgica (7,7%), material elétrico e de comunicações (10,5%) e mecânica (5,8%). Entre os produtos que contribuíram para os desempenhos positivos destes setores destacaram-se ferro e aço fundido; máquinas síncronas e refrigeradores domésticos, respectivamente.

Rio Grande do Sul

A atividade industrial do Rio Grande do Sul apresentou resultados positivos no final de 2003. Em relação a dezembro de 2002 houve expansão de 10,2%, maior taxa entre as regiões pesquisadas, e 3,8% no fechamento do ano. Na comparação entre os trimestres nota-se uma aceleração no ritmo de crescimento, de 2,1% no terceiro para 7,8% no quarto trimestre.

A expansão de 10,2% observada no comparativo dezembro 03/dezembro 02 reflete um quadro onde predominam taxas positivas, que alcançaram doze dos dezenove setores investigados e reflete o dinamismo dos seguintes setores: mecânica (18,3%), química (12,5%), material de transporte (25,4%) e metalúrgica (13,6%). Fica evidente a influência do dinamismo da agroindústria e das exportações no desempenho do estado, principalmente quando se observa os principais itens responsáveis pela boa performances destes setores: colhedeiras e tratores agrícolas, fertilizantes compostos e óleo diesel, reboques e semireboques e ferro e aço fundidos. Em contraposição, as quedas de vestuário e calçados (-18,5%) e minerais não-metálicos (-15,4%), destacaram-se como os principais impactos negativos, cujos itens responsáveis foram: calçados de couro feminino e chapas ou telhas de fibrocimento.

A indústria gaúcha encerra 2003 apontando um aumento de 3,8%, a segunda maior taxa de crescimento observada em nível regional. É no setor mecânico, com expansão de 23,2%, que se concentra a maior contribuição positiva na formação do resultado global, atividade que foi impulsionada pela produção de tratores e colhedeiras agrícolas. Por outro lado, as principais pressões negativas foram exercidas por produtos alimentares (-4,5%) e vestuário e calçados (-11,3%), por conta dos recuos verificados na produção de arroz beneficiado e calçados de couro femininos.

No fechamento do ano, a produção industrial fluminense, ao se reduzir 0,9%, interrompe dez crescimentos anuais consecutivos. O setor extrativo mineral, com expansão de 0,7%, apoiado na extração de petróleo, figura como uma das principais influências positivas no resultado global. A indústria de transformação, por sua vez, ao recuar 3,0%, volta a apresentar resultado negativo, após registrar crescimento de 4,1% em 2002. Para o desempenho da indústria de transformação em 2003, contribuíram negativamente onze dos quinze ramos industriais investigados, com destaque para a perfomance adversa de têxtil (-31,0%) e química (-3,2%), onde se destacam, em função de uma menor demanda, tecido cru de filamentos contínuos, no primeiro setor, e gasolina, no último. Entre os setores que apresentam expansão, o metalúrgico (7,6%) exerce a maior pressão, influenciado, sobretudo, pela maior produção de bobinas e chapas.

São Paulo

A produção industrial de São Paulo sustenta, em dezembro, alta de 2,8% em relação a dezembro de 2002, prosseguindo à reação iniciada em agosto (0,8%). Como conseqüência, o acumulado no ano de 2003 alcança 0,6%, ficando acima da média nacional (0,3%).Os índices em bases trimestrais mostram que o setor industrial paulista acentua o crescimento na passagem do terceiro (1,4%) para o quarto trimestre (3,2%).

O crescimento de 2,8% obtido na comparação com dezembro de 2002 refletiu o comportamento positivo de nove dos dezenove setores pesquisados. Os ramos que mais influenciaram o desempenho global foram: química (13,0%), material elétrico e de comunicações (10,4%) e material de transporte (10,6%), impulsionados, principalmente, pelo aumento na produção óleo diesel, circuito impresso e automóveis. Entre os que mostraram queda, observa-se um predomínio dos setores que, relativamente, dependem mais da evolução da massa salarial: vestuário (-18,4), têxtil (-12,0%) e farmacêutica (-17,1 %).

Por fim, a indústria de São Paulo fecha 2003 com uma expansão de 0,6% frente ao ano anterior, desempenho ligeiramente superior ao observado no total do país (0,3%). Entre os gêneros industriais, embora a maioria (onze) dos setores pesquisados tenha apresentado queda na produção, os resultados obtidos por material elétrico e de comunicações (10,3%) e pela mecânica (7%), garantiram o desempenho global positivo. Nestes ramos, destacam-se os incrementos nas produções de circuito impresso e motores estacionários. Entre as indústrias que registraram queda, farmacêutica (-19,3%), têxtil (-6,8%), vestuário

(-10,6%) e produtos alimentares (-3,2%) exerceram os maiores impactos negativos na formação da taxa global. Os índices semestrais mostram que o resultado de 0,6% para o ano de 2003 foi determinado pela expansão observada no segundo semestre (2,3%), uma vez que no primeiro semestre a indústria paulista registrou uma queda de 1,1%.

Sul

A indústria da região Sul, em dezembro de 2003, registrou um crescimento de 5,2% ante dezembro do ano anterior. Os indicadores para períodos mais abrangentes também assinalaram resultados positivos: 3,3% no trimestral, 2,0% no semestral e 1,5% no acumulado de janeiro-dezembro.

A expansão de 5,2% no confronto dezembro 03/ dezembro 02, reflete a alta de onze dos dezenove gêneros pesquisados. Os mais importantes foram os de mecânica (18,2%) e química (11,8%), que registraram, respectivamente, aumentos na produção dos itens: colhedeiras agrícolas, refrigeradores domésticos, fertilizantes compostos e gasolina. Em contraposição, as maiores influências negativas para a taxa global foram dadas por vestuário e calçados (-13,0%) e minerais não-metálicos (-10,0%), que assinalaram, respectivamente, recuos na fabricação dos produtos: botas, sandálias e sapatos de couro e cimento comum.

Por fim, o acumulado do ano cresceu 1,5%, com nove dos dezenove ramos pesquisados alcançando desempenho positivo. Como no indicador semestral, a principal contribuição positiva foi dada por mecânica (18,2%), impulsionada pelo aumento na produção de colhedeiras e tratores agrícolas. Minas

Em 2003, a produção industrial mineira encerrou o ano com queda de 0,6% ante 2002. Mas houve alta no confronto mensal (5,8%), no trimestre outubro-dezembro (1,0%) e no segundo semestre (1,1%).

Em bases mensais, as duas classes de indústria tiveram alta em dezembro de 2003, exibindo suas melhores marcas no ano. A indústria geral avançou 5,8% e a indústria de transformação 5,2%. A extrativa mineral, influenciada pela boa performance da produção de minério de ferro atingiu a melhor marca (14,3%).

A produção global de 2003 recuou 0,6% ante o ano de 2002, resultado explicado pela queda em nove, dos dezesseis ramos pesquisados.

Diferentemente do ano 2000 (9,0%), quando a indústria obteve seu melhor resultado de toda sua série, os últimos três anos não foram dos melhores para a indústria local. Os índices recentes (2001 a 2003), apontam que a produção global acumulou crescimento zero. Em 2001 (-0,3%), 2002 (0,5%) e em 2003 (-0,6%). No corte por gêneros, a queda em produtos alimentares (-10,1%), motivada pela diminuição da produção de molhos preparados, praticamente anulou o impacto positivo da metalúrgica (6,2%), que teve no aumento da produção de chapas de aços inoxidáveis a explicação para o seu crescimento. Além da produção de alimentos, minerais não-metálicos (-8,7%), têxtil (-7,6%) e material elétrico e de comunicações (-6,6%), em menor medida, também pressionaram negativamente a taxa global.

Espírito Santo

A produção industrial do estado do Espírito Santo encerrou 2003, com expansão de 11,6% sobre o ano de 2002. Já na comparação mensal, assinalou apenas 0,6% de crescimento frente ao mesmo mês do ano passado. Em bases trimestrais, o último trimestre (outubro-dezembro), mostrou variação negativa (-2,9%). Em termos semestrais, a produção foi superior em 5,3% à do mesmo período do ano anterior.

O resultado do acumulado janeiro-dezembro de 2003 (11,6%), resulta em maior medida do bom desempenho da extrativa mineral (35,8%), por conta do incremento da produção de petróleo em bruto e minério de ferro, pois do lado da indústria de transformação (2,4%), o crescimento foi mais modesto. O ligeiro crescimento deste setor foi explicado unicamente pelo desempenho da indústria de papel e papelão (22,7%), uma vez que os resultados dos demais ramos foram todos negativos. Em termos de impactos, vale destacar metalúrgica (-2,4%), minerais não-metálicos (-8,3%) e química (-9,3%), como os mais expressivos.

Rio

O Rio de Janeiro continuou, em dezembro de 2003, mostrando queda no confronto com igual mês do ano anterior (-1,9%), comportamento presente desde abril do ano passado. Nos demais indicadores, os resultados também são negativos: -2,4% no último trimestre do ano e -0,9% no acumulado no ano.

No comparativo dezembro 03/dezembro 02, o recuo global de 1,9% foi determinado pela redução em dez dos dezesseis setores pesquisados. A indústria extrativa mineral, apoiada na extração de petróleo e gás natural, volta a se expandir no confronto com igual mês do ano anterior, aumento de 7,0%, sendo o principal impacto positivo no índice global. Já a indústria de transformação continua apresentando redução (-12,4%), comportamento presente desde julho de 2003. Neste grupo, o setor químico, com recuo de 27,0%, responde pelo maior impacto negativo pressionado, sobretudo, pela queda em gasolina e óleos lubrificantes. Por outro lado, entre os cinco ramos que ampliam a produção, a metalúrgica, com expansão de 5,4%, se destaca como o de maior influência positiva na formação do resultado geral. Perfumaria, sabões e velas (42,3%) e material de transporte (35,6%) registram as maiores taxas de crescimento. Nestes três setores sobressaem os itens: bobinas e chapas, cremes para pele e navios de grande porte, respectivamente.

No resultado negativo da comparação com igual mês do ano anterior (-0,5%), sete dos doze gêneros pesquisados caíram. Entre que mais influíram negativamente, estão o têxtil (-10,7%), pela redução na produção de tecido e fio cru de algodão, e vestuário e calçados (-16,0%). Os maiores impactos positivos vieram das indústrias de produtos alimentares (8,0%) e metalúrgica (15,3%), em razão, respectivamente, do maior beneficiamento da castanha de caju e da elevação na produção de latas de metais para embalagem.

Por último, o indicador acumulado no ano caiu 1,5%, refletindo decréscimos em nove dos doze ramos. O índice anual teve seu desempenho influenciado pela performance adversa de setores que, relativamente, dependem mais da evolução da massa salarial, como têxtil (-4,4%) e minerais não-metálicos (-15,9%), por conta, respectivamente, dos recuos nos itens fio cru de algodão e cimento comum, que provocaram as maiores pressões negativas sobre o índice global. Em contraposição, o principal destaque positivo veio de produtos alimentares (3,2%), impulsionado pela maior demanda externa por castanha de caju beneficiada.

Pernambuco

Em dezembro último, a indústria de Pernambuco registrou expansão de 8,2%, sendo o seu quinto resultado positivo desde de agosto. Os indicadores para períodos mais abrangentes também exibem taxas positivas: 6,6% no trimestral, 6,7% no semestral e 2,3% no acumulado janeiro-dezembro.

No confronto dezembro 03/ dezembro 02, a indústria pernambucana obteve um acréscimo de 8,2%, desempenho tão expressivo quanto o de novembro (9,8%). Como no mês de novembro, esse resultado foi determinado, sobretudo, pelo desempenho da indústria de produtos alimentares (27,0%), impulsionada por aumento na produção de suco e concentrado de frutas e produtos de salamaria. Outras contribuições positivas relevantes foram dadas pela metalúrgica (14,5%) e bebidas (13,8%), que registraram, respectivamente, aumentos na produção dos itens: laminados planos de alumínio e aguardente de cereais. Mas dez dos quinze ramos pesquisados contribuíram negativamente, sendo os mais expressivos vestuário e calçados (-59,7%) e minerais não-metálicos (-12,4%), que assinalaram, respectivamente, baixas na fabricação dos produtos: blusões e camisas esporte e cimento comum e pozolânico.

O acumulado no ano subiu 2,3%, melhorando em relação a novembro (1,6%). A principal contribuição positiva veio de produtos alimentares (14,7%). Mas oito dos quatorze ramos tiveram queda, e a maior delas foi em vestuário e calçados (-50,4%), pois diminuiu a produção de blusões, camisas esporte e camisetas.

Bahia

A produção industrial da Bahia encerrou 2003 com taxas negativas nos principais confrontos: no mensal de dezembro, recuou 11,7% e no acumulado do ano (-1,9%). Para outros tipos de comparações, como a do último trimestre do ano (-10,6%) e do segundo semestre (-7,3%), a performance também foi negativa.

Em relação a dezembro/02, a industria baiana encolheu 11,7%, sua segunda maior perda no ano, superada apenas pela de novembro (-20,5%). Seis segmentos industriais foram responsáveis pela taxa negativa. Entretanto, os maiores impactos vieram de química (-18,4%), produtos alimentares (-28,8%) e produtos de matérias plásticas (-41,5%). Na química, persistiram as perdas na produção de gasolina e de óleo diesel, a exemplo do que ocorreu em novembro, pressionando negativamente o resultado de dezembro. Em produtos alimentares, os itens mais influentes foram: chocolate amargo e suco e concentrado de frutas. Quanto a matérias plásticas, os itens que mais sobressaíram foram: mangueiras, tubos e canos de plásticos.

A produção total de 2003, relativamente a 2002, também foi negativa (-1,9%). No corte por setores, as perdas mais influentes na taxa global, vieram de química (-3,5%), pelo recuo da produção de gasolina e nafta; e de produtos alimentares (-7,5%), pelo efeito negativo da produção de chocolate amargo.

Indústria capixaba liderou (11,6%), apoiada no petróleo e nas exportações. Maior queda (-2,5%) foi em Santa Catarina, nos setores industriais ligados à evolução da massa salarial.

Em dezembro de 2003, os índices regionais da produção industrial cresceram em oito dos doze locais pesquisados, em relação a igual mês de 2002. O acumulado do ano e o indicador do período outubro-dezembro cresceram em seis locais. Na comparação dezembro03/dezembro 02, enquanto a indústria brasileira cresceu 2,9%, oito das doze áreas cresceram, sendo que Rio Grande do Sul (10,2%), Pernambuco (8,3%), Minas Gerais (5,8%) e região Sul (5,2%) obtiveram taxas superiores à média nacional. Em alta, figuram, ainda: São Paulo (2,8%), Santa Catarina (2,5%), Paraná (0,7%) e Espírito Santo (0,6%). Já Ceará (-0,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), região Nordeste (-4,3%) e Bahia (-11,7%), registram quedas.

Enquanto, em novembro, cinco locais cresciam na comparação com igual mês do ano anterior, em dezembro houve alta em oito locais, por conta das expansões em Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina, cujos desempenhos positivos foram influenciados, respectivamente, por material de transporte, produtos alimentares e mecânica. Nas quatro áreas (região Nordeste, Ceará, Bahia e Rio de Janeiro) onde houve quedas, elas foram menos negativas em dezembro que em novembro. Nos demais locais, não houve diferenças significativas na passagem de novembro para dezembro: eles continuam crescendo apoiados na boa performance de setores articulados às exportações e à agroindústria.

Quanto ao resultado final da indústria brasileira em 2003, o crescimento de 0,3% também reflete a performance positiva de seis das doze áreas pesquisadas. A indústria capixaba mantém a liderança regional, com taxa de 11,6%, apoiada no crescimento da produção de petróleo e no perfil exportador de seu parque produtivo. Em seguida, no Rio Grande do Sul (3,8%), a alta deveu-se ao dinamismo na fabricação de máquinas e implementos agrícolas e, em segundo plano, à fabricação de fertilizantes. No Paraná (3,0%) o perfil do crescimento é semelhante, com os principais impactos positivos vindo de mecânica (colhedeiras agrícolas e refrigeradores) e química (álcool e fertilizantes). Crescem também as indústrias de Pernambuco (2,3%), região Sul (1,5%) e São Paulo (0,6%). No caso de São Paulo, vale mencionar que o índice acumulado passa de um resultado negativo em setembro (-0,2%) para 0,6% em dezembro.



Na mesma comparação, nas seis áreas em queda as taxas oscilaram entre -2,5% em Santa Catarina e -0,6% em Minas Gerais. Na indústria catarinense, foram determinantes as quedas de setores que, relativamente, dependem da evolução da massa salarial: produtos alimentares, têxtil, vestuário e calçados e produtos de matérias plásticas. Em Minas, o destaque foi a queda da indústria alimentar. No Ceará (-1,5%) as quedas mais importantes ocorreram em têxtil e minerais não-metálicos, enquanto que o Rio de Janeiro (-0,9%) foi negativamente pressionado por têxtil e química.

Nordeste

A indústria nordestina, em dezembro último, caiu 4,3% na comparação com igual mês do ano anterior, registrando uma queda menos acentuada do que novembro (-10,5%). Também caíram todos os indicadores para períodos mais abrangentes: -4,8% no trimestral, -3,7% no semestral e -2,2% no acumulado do ano.

A queda de 4,3% no indicador mensal da indústria nordestina foi determinada, sobretudo, pelo desempenho da indústria química (-12,2%), em decorrência da diminuição na produção de gasolina e óleo diesel. Também contribuíram negativamente mais oito dos quinze ramos pesquisados, dentre estes, as maiores retrações foram observadas nas atividades de vestuário e calçados (-25,5%), em função do decréscimo na fabricação de blusões e camisas esporte; e têxtil (-5,2%), que apresentou recuos na produção de fio cru de algodão e tecido acabado. Por outro lado, contrabalançaram esse movimento de queda, os aumentos apresentados pelos gêneros: metalúrgica (9,1%), impulsionado pela expansão na fabricação de vergalhões de cobre, e extrativa mineral (4,4%), em função de uma maior extração de petróleo bruto e gás natural.

O indicador acumulado janeiro-dezembro apresentou uma queda de 2,2%, refletindo as retrações de onze dos quinze ramos pesquisados, dentre estes, os de maior impacto foram: química (-2,5%) e vestuário e calçados (-22,9%), que assinalaram, respectivamente, recuos na produção dos itens: gasolina e blusões e camisas esporte. A contribuição positiva mais relevante foi dada pela metalúrgica (3,8%), impulsionada pela produção de vergalhões de cobre.

Ceará

Em dezembro de 2003, a produção industrial no Ceará caiu nos principais indicadores: -0,5% em relação a igual mês do ano anterior, -0,7% no quarto trimestre e -1,5% no acumulado no ano.