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Vendas do varejo subiram 1,0% em abril

13/06/2017 09h00 | Atualizado em 13/06/2017 13h33

Em abril de 2017, o comércio varejista nacional registrou taxas de 1,0% em volume de vendas e de 1,3% em receita nominal, frente ao mês imediatamente anterior, após ajuste de influências sazonais. O resultado para o volume de vendas compensou parte da queda de 1,6% acumulada nos dois meses anteriores. Com isso, a variação da média móvel trimestral ficou praticamente estável (-0,2%), tanto para o volume quanto para a receita nominal de vendas.

Na série sem ajuste sazonal, o confronto com abril de 2016 mostrou crescimento de 1,9% para o total do comércio varejista, acumulando nos quatro primeiros meses do ano, em termos de volume de vendas, queda de 1,6%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, com recuo de 4,6%, registrou a menor taxa desde janeiro de 2016 (-5,3%). Para a receita nominal de vendas, os mesmos indicadores prosseguem com variações positivas de: 3,4% frente a abril de 2016, 1,5% no acumulado no ano e de 3,4 % nos últimos doze meses.

Em relação ao comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o avanço em relação a março de 2017 foi de 1,5% para o volume de vendas e de 2,3% para a receita nominal, ambas na série com ajuste sazonal. Em relação a abril de 2016, o varejo ampliado variou -0,4% para o volume de vendas e 0,7% na receita nominal. No que tange às taxas acumuladas, as variações foram de -1,8% no ano e de -6,3% nos últimos 12 meses para o volume de vendas, já para receita nominal as taxas foram de 0,3% e -0,4%, respectivamente.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

 

Comercio varejista apresenta avanço em três atividades

Na passagem de março para abril de 2017, o avanço de 1,0% no comércio varejista foi acompanhado por três das oito atividades pesquisadas. A principal influência positiva foi a do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que apresentou aumento de 0,9% nas vendas, após 6,0% de queda acumulada nos dois meses anteriores.

Em seguida, vieram as atividades Tecidos, vestuário e calçados (3,5%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%), que também registraram taxas positivas frente a março de 2017.

A pressão negativa veio dos segmentos Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,1%); Móveis e eletrodomésticos (-2,8%), Combustíveis e lubrificantes (-0,8%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%). Já as vendas do setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%) ficaram estáveis em relação ao mês anterior.

 

TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO,
SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC - Abril 2017

ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
FEV MAR ABR FEV MAR ABR NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -0,4 -1,2 1,0 -3,7 -3,2 1,9 -1,6 -4,6
1 - Combustíveis e lubrificantes 0,6 1,2 -0,8 -8,5 -2,2 -4,2 -5,2 -7,8
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -1,7 -4,3 0,9 -0,7 -7,0 3,5 -1,0 -2,4
       2.1 - Super e hipermercados -1,9 -5,6 2,0 -0,2 -8,0 4,0 -0,9 -2,3
3 - Tecidos, vest. e calçados 1,2 -0,6 3,5 3,6 11,6 10,8 6,3 -5,9
4 - Móveis e eletrodomésticos 2,0 6,5 -2,8 -6,0 10,5 -0,1 2,2 -7,1
4.1 - Móveis - - - -25,3 -13,6 -5,0 -19,3 -14,2
4.2 - Eletrodomésticos - - - -8,4 8,5 0,0 0,5 -7,4
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,2 -0,7 -0,4 -5,1 -1,7 -3,2 -3,0 -3,5
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria 1,4 4,8 -4,1 -7,0 5,3 -3,2 -4,8 -12,2
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -2,1 2,2 10,2 -14,0 -12,3 4,5 -7,7 -9,4
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -1,6 1,5 0,1 -7,7 -5,3 3,4 -3,1 -6,7
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 0,2 -0,8 1,5 -4,8 -1,9 -0,4 -1,8 -6,3
9 - Veículos e motos, partes e peças -0,6 0,6 -0,3 -15,0 -5,1 -12,0 -8,8 -12,6
10- Material de construção -1,8 2,7 -1,9 -2,0 9,6 -1,3 2,9 -5,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

 

 O comércio varejista ampliado mostrou avanço de 1,5%, frente a março de 2017, também influenciado pelo desempenho de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, na medida em que as vendas de Veículos e motos, partes e peças (-0,3%) e Material de construção (-1,9%) mostraram decréscimos.

Na comparação com igual abril de 2016, o volume de vendas no comércio varejista registrou avanço de 1,9%, interrompendo 24 meses de taxas negativas consecutivas.

O resultado do mês de abril foi impulsionado principalmente pelo desempenho em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5%), que exerceu a maior contribuição para taxa global do varejo. Tecidos, vestuário e calçados (10,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,4%); e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,5%) também se destacaram em relação a abril de 2016.

A pressão negativamente veio dos segmentos Combustíveis e lubrificantes (-4,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,2%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%). Já as vendas de Móveis e eletrodomésticos (-0,1%) ficaram estáveis em relação a abril de 2016.

 

TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - Abril 2017
(Indicadores de volume de vendas)

Atividades COMÉRCIO VAREJISTA  COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
1 - Combustíveis e lubrificantes -4,2 -0,5 -4,2 -0,3
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 3,5 1,5 3,5 1,5
3 - Tecidos, vest. e calçados 10,8 0,8 10,8 0,6
4 - Móveis e eletrodomésticos -0,1 0,0 -0,1 0,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -3,2 -0,3 -3,2 -0,2
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -3,2 0,0 -3,2 0,0
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação 4,5 0,1 4,5 0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 3,4 0,3 3,4 0,3
9 - Veículos e motos, partes e peças     -12,0 -2,3
10- Material de construção     -1,3 0,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

 

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 3,5% no volume de vendas em abril frente a igual mês do ano anterior, exerceu o maior impacto positivo no total do varejo. Apesar do resultado positivo em abril, o setor acumulou nos quatro primeiros meses do ano uma perda de 1,0% e, em doze meses, de 2,4%.

Frente a abril de 2016, a segunda maior contribuição positiva na formação da taxa global do varejo foi a do segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou crescimento de 10,8% no volume de vendas. O setor vem registrando desempenho positivo nessa comparação desde fevereiro de 2017, impactado pelo incentivo de frequentes campanhas promocionais, combinado à comparação com à base deprimida de 2016. Com isso, o indicador acumulado para os primeiros quatro meses do ano registrou avanço de 6,3%, enquanto que a variação acumulada nos últimos 12 meses ainda foi negativa (-5,9%).

Dentre os destaques negativos, o segmento de Combustíveis e lubrificantes, apresentou recuo de 4,2% no volume de vendas em relação a abril de 2016, pressionando negativamente o resultado total do varejo. Em relação às taxas acumuladas, as variações foram de -5,2% para os quatro primeiros meses do ano e de -7,8%, acumulada em 12 meses.

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registrou recuo de 3,2% no volume de vendas em relação a abril de 2016. Embora a comercialização de medicamentos seja de uso contínuo, as taxas acumuladas permanecem no campo negativo: -3,0 % no ano e de -3,5% para os últimos 12 meses. O desempenho desse setor vem sendo influenciado pela evolução de preços do grupamento de produtos farmacêuticos medidos pelo IPCA[1], que permanecem acima do índice geral de preços.

O comércio varejista ampliado registrou, para o volume de vendas, uma variação de -0,4% sobre abril de 2016. De um lado esse desempenho refletiu o crescimento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5%), de outro a queda no segmento de Veículos, motos, partes e peças (-12,0%). Material de construção, com recuo de -1,3%, praticamente não influenciou no resultado do varejo ampliado.

 

Entre março e abril, vendas sobem em 14 das 27 Unidades da Federação

Na passagem de março para abril, na série com ajuste sazonal, as vendas no varejo subiram em 14 das 27 Unidades da Federação em relação ao mês imediatamente anterior. Os maiores avanços foram registrados em São Paulo (8,2%), Goiás (4,1%), Acre (3,6%) e Amazonas (2,6%). As maiores taxas negativas são de Tocantins (-10,3%), Rondônia (-2,4%) e Sergipe (-2,0%), enquanto o Rio de Janeiro (-0,1%) ficou praticamente estável.

Na comparação com abril de 2016, o aumento do volume de vendas no varejo alcançou 13 das 27 Unidades da Federação, com destaques, em termos de magnitude de taxa, para Santa Catarina (24,5%) e Amazonas (9,9%).  Na participação na composição da taxa do comércio varejista o destaque foi de Santa Catarina (24,5%) e São Paulo (1,7%).

No comércio varejista ampliado, 17 estados apresentaram variações negativas para o volume de vendas, na comparação com o mesmo mês do ano passado. As maiores quedas ocorreram em Rondônia (-11,0%), Goiás (-10,5%) e Piauí (-9,8%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista ampliado, o destaque foi São Paulo (-3,1%).

 

[1]  Segundo IBGE/COINP, em abril de 2017, o IPCA acumulado em 12 meses do grupamento “produtos farmacêuticos”, foi de 8,2 % enquanto a média geral de preços ficou em 4,1%.