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Em abril, indústria cai 1,2%

02/06/2015 11h48 | Atualizado em 07/06/2017 12h02

 

Abril 2015 / Março 2015
-1,2%
Abril 2015 / Abril 2014
-7,6%
Acumulado no ANO
-6,3%
Acumulado em 12 meses
-4,8%
Média móvel trimestral
-1,1%

Em abril de 2015, a produção industrial nacional recuou 1,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 3,2%. No confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria caiu 7,6% em abril de 2015, décima quarta taxa negativa consecutiva e mais acentuada do que a observada no mês anterior (-3,4%).

No ano, o setor industrial acumulou queda de 6,3%. Já o acumulado nos últimos 12 meses (-4,8%) teve o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009 (-7,1%) e manteve trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Abril de 2015
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Abril 2015/
Março 2015*
Abril 2015/
Abril 2014
Acumulado
Janeiro-Abril
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-5,1
-24,0
-19,7
-14,5
Bens Intermediários
-0,2
-3,2
-2,9
-3,0
Bens de Consumo
-1,9
-11,2
-9,1
-5,4
   Duráveis
-1,8
-17,1
-16,0
-14,0
   Semiduráveis e não Duráveis
-2,2
-9,3
-6,8
-2,6
Indústria Geral
-1,2
-7,6
-6,3
-4,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com Ajuste Sazonal

O setor industrial, em abril de 2015, volta a mostrar um quadro de menor ritmo produtivo, expresso não só no terceiro resultado negativo consecutivo na comparação com o mês imediatamente anterior, mas também no perfil disseminado de taxas negativas nesse mês, já que todas as grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades apontaram redução na produção. Vale destacar que, com o resultado de abril de 2015, o total da indústria encontra-se 12,3% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, permanecem os sinais de menor intensidade da atividade industrial, evidenciados na evolução do índice de média móvel trimestral, que prossegue com a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado.

Na série com ajuste sazonal, as quatro categorias da indústria estão em queda

A redução de 1,2% da atividade industrial na passagem de março para abril se dissemina por todas as quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,5%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-3,3%), com o primeiro assinalando o sétimo mês seguido de recuo na produção e acumulando no período perda de 21,9%; e o segundo acentuando a intensidade de queda do mês anterior (-0,9%).

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%), de outros equipamentos de transporte (-8,5%), de metalurgia (-2,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%), de produtos de metal (-2,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,3%), de bebidas (-2,2%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-3,2%), de produtos alimentícios (-0,4%) e de máquinas e equipamentos (-1,2%). Por outro lado, entre os cinco ramos que ampliaram a produção no mês, os desempenhos de maior importância foram de indústrias extrativas e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, ambos com avanço de 1,5%.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao recuar 5,1%, mostrou a redução mais acentuada em abril de 2015 e a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período queda de 12,7%. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-2,2%) e de bens de consumo duráveis (-1,8%) também registraram resultados negativos mais intensos do que a média nacional (-1,2%), com ambos apontando o sétimo mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período perdas de 8,4% e de 15,3%, respectivamente. O segmento de bens intermediários (-0,2%) teve o recuo mais moderado no mês, mas manteve o comportamento negativo desde fevereiro, acumulando no período decréscimo de 1,1%.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,1% no trimestre encerrado em abril de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014.

Indústria cai 7,6% em relação a abril de 2014

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 7,6% em abril de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 69,7% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 23,2%, exerceu a maior influência negativa sobre indústria, pressionada pela redução na produção de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, autopeças, reboques e semirreboques e carrocerias para caminhões e ônibus.

Outras contribuições negativas com impacto relevante vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-32,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,5%), máquinas e equipamentos (-11,8%), de metalurgia (-9,8%), bebidas (-13,1%), produtos de borracha e de material plástico (-8,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,0%), produtos de metal (-8,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%) e outros equipamentos de transporte (-13,9%).

Por outro lado, ainda na comparação com abril de 2014, entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (11,1%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-24,0%) e bens de consumo duráveis (-17,1%) assinalaram, em abril de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,3%), com queda mais intensa do que a média nacional (-7,6%), e de bens intermediários (-3,2%) também apontaram resultados negativos nesse mês.

O setor produtor de bens de capital, ao recuar 24,0% em abril de 2015, assinalou a décima quarta taxa negativa consecutiva no índice mensal e intensificou o ritmo de queda verificado em março último (-12,5%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 29,8% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e reboques e semirreboques. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-27,8%), para fins industriais (-7,8%), para construção (-35,4%), para energia elétrica (-20,2%) e agrícola (-12,2%).

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 17,1% em abril de 2015, décimo quarto resultado negativo consecutivo nesse confronto e bem mais intenso que o de março (-6,3%). As maiores pressões vieram de automóveis (-14,0%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-42,2%), ambos ainda influenciados por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos vieram de motocicletas (-32,8%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-10,6%), de móveis (-10,1%) e de outros eletrodomésticos (-4,2%).

A queda na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,3%) em abril de 2015 foi o sexto resultado negativo consecutivo em relação a igual mês do ano anterior e intensificou o ritmo de queda verificado em março último (-3,0%). O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos: não-duráveis (-15,0%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-6,5%), semiduráveis (-8,7%) e carburantes (-8,9%). Nesses subsetores, os principais impactos negativos foram assinalados pela menor fabricação de medicamentos, no primeiro; de cervejas, chope, refrigerantes, sorvetes e picolés, no segundo; de calças compridas, calçado de couro feminino, calçado de plástico moldado, camisas, blusas e semelhantes de malha ou não de uso feminino, no terceiro; e de gasolina automotiva, no último.

Ainda em relação a abril de 2014, a produção de bens intermediários (-3,2%) assinalou em abril a décima quarta taxa negativa consecutiva, mais intensa do que a observada no mês anterior (-2,0%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%), de metalurgia (-9,8%), de produtos de metal (-11,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-9,3%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,9%), de produtos têxteis (-8,3%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,6%), de máquinas e equipamentos (-3,2%) e de outros produtos químicos (-0,5%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (11,1%) e produtos alimentícios (4,1%).

Indústria acumula queda de 6,3% no ano

No índice acumulado para o período janeiro-abril de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,3%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 68,9% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,3%), pressionado, em grande parte, pela redução na produção de aproximadamente 92% dos produtos investigados na atividade, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para caminhões e ônibus, autopeças e reboques e semirreboques.

Outras contribuições negativas relevantes vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-28,5%), de máquinas e equipamentos (-9,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-18,7%), de metalurgia (-7,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-13,6%), de produtos de metal (-7,8%), de bebidas (-7,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-5,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-5,4%), de produtos alimentícios (-1,4%), de outros produtos químicos (-3,0%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,8%).

Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (10,5%), impulsionada, em grande parte, pelos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o primeiro quadrimestre de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-19,7%) e bens de consumo duráveis (-16,0%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-26,0%), na primeira, e de automóveis (-15,5%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-6,8%) e de bens intermediários (-2,9%) também acumularam queda no ano, com o primeiro recuando acima da magnitude observada na média nacional (-6,3%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.

 

Comunicação Social
2 de junho de 2015