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PNS 2013: três em cada quatro brasileiros costumam buscar atendimento médico na rede pública de saúde

02/06/2015 11h37 | Atualizado em 07/06/2017 12h02

 

Dos 156,1 milhões de brasileiros que costumam procurar o mesmo lugar, o mesmo médico ou o mesmo serviço de saúde, a grande maioria (71,1%) busca atendimento na rede pública, sendo que 47,9% buscam atendimento na Unidade Básica de Saúde, seguido por Unidades de Pronto Atendimento Público ou Emergência de Hospital Público (11,3%), em Hospital Público ou Ambulatório (10,1%) e Centro de Especialidades, Policlínica Pública ou PAM (1,8%). Situação oposta ao atendimento dentário, que foi procurado, segundo 74,3% das pessoas, em consultório ou clínica particular. É o que mostram os resultados do volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) - Acesso e Utilização dos Serviços de Saúde, Acidentes e Violências.

Das 30,7 milhões de pessoas (15,3% da população) que informaram ter procurado algum atendimento de saúde nas duas últimas semanas anteriores à data de referência da pesquisa, 97,0% afirmaram ter conseguido atendimento, tendo 95,3% sido atendidos na primeira vez. Entre os que não conseguiram atendimento de saúde na primeira vez em que procuraram, 38,8% alegaram não ter médico atendendo e 32,7% não conseguiram vaga ou pegar senha. Sobre o acesso a medicamentos, a PNS revelou que cerca de 1/3 das pessoas (33,2%) obtiveram pelo menos um medicamento no serviço público de saúde, e 21,9% foram atendidos pela farmácia popular.

A PNS estimou que mais da metade dos brasileiros (56,2%) moravam em domicílios cadastrados no Programa Saúde da Família (53,4%), do Ministério da Saúde, sendo que 47,3% dos domicílios cadastrados recebiam atendimento mensalmente, mas 17,7% nunca haviam recebido visita de profissional de saúde ligado ao Programa.

Sobre cobertura de plano de saúde, a PNS revelou que era maior entre brancos (37,9%) e menor entre pardos (18,7%) e pretos (21,6%).

A pesquisa mostra, ainda, que gripe ou resfriado (17,8%) foi a principal razão alegada pelas pessoas que deixaram de realizar atividades habituais, nas duas semanas antes da entrevista, seguida por dores nas costas (10,5%). Por outro lado, em 2013, 12,9% da população (25,8 milhões de pessoas) disseram já ter tido dengue alguma vez na vida. Nesse sentido, a PNS mostrou também que 69,4% dos domicílios (45,2 milhões) haviam recebido, nos 12 meses anteriores à data de entrevista, pelo menos uma visita de algum agente de Combate de Endemias.

Pela primeira vez no IBGE, uma pesquisa traz dados sobre animais domésticos: a PNS estimou que 44,3% dos domicílios do país possuíam pelo menos um cachorro e 17,7% possuíam pelo menos um gato. Em 75,4% dos domicílios que possuíam esses animais, todos os cachorros e gatos haviam sido vacinados contra a raiva nos últimos 12 meses.

Essas e outras informações integram o segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde – Acesso e Utilização dos Serviços de Saúde, Acidentes e Violência (PNS 2013), realizada em convênio com o Ministério da Saúde, e que está disponível no linkhttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pns/2013_vol2/default.shtm

71,1% das pessoas costumam buscar atendimento de saúde na rede pública

Dos 156,1 milhões de brasileiros que costumavam procurar o mesmo lugar, médico ou atendimento de saúde, 71,1% buscavam a rede pública de saúde, sendo que 47,9% buscavam atendimento na Unidade Básica de Saúde, 11,3% em Unidades de Pronto Atendimento Público ou Emergência de Hospital Público, 10,1% em Hospital Público ou Ambulatório e 1,8% em Centro de Especialidades, Policlínica Pública ou PAM. Consultório Particular ou Clínica Privada foram apontados como o local onde 20,6% das pessoas costumavam buscar atendimento. Os Estabelecimentos Privados de Pronto Atendimento ou de Emergência de Hospital foram mencionados por 4,9% das pessoas, seguidos por farmácias (2,9%).

A PNS mostrou que 71,2% dos brasileiros (142,8 milhões) consultaram médico nos 12 meses anteriores à data de referência da pesquisa. As regiões Norte (61,4%), Nordeste (66,3%) e Centro-Oeste (69,5%) apresentaram percentuais menores que a média nacional, enquanto Sudeste (75,8%) e Sul (73,8%) registraram estimativas maiores. A proporção de pessoas que consultaram um médico foi superior à média nacional para mulheres (78,0%); pessoas de cor branca (74,8%); pessoas de 40 a 59 anos (73,5%) e de 60 anos ou mais de idade (83,5%) e de nível superior completo (80,4%).

38,8% dos que não conseguiram atendimento de saúde alegaram não haver médico

Segundo a PNS, 15,3% da população (30,7 milhões) procuraram algum atendimento de saúde, nas duas semanas anteriores à data de referência da pesquisa. Destes, 97,0% afirmaram ter conseguido atendimento e 95,3% foram atendidos na primeira vez em que procuraram. Os motivos mais frequentemente citados para a procura de atendimento foram: doença (33,8%), continuação de tratamento (19,0%), exame complementar de diagnóstico (11,9%) e outro atendimento preventivo (8,9%).

A proporção de mulheres (18,5%) que buscaram atendimento foi maior que a dos homens (11,9%). A busca pelo atendimento de saúde registrou maior proporção entre as pessoas com 60 anos ou mais (25,0%); de cor branca (17,0%) e com nível superior completo (18,4%).

Entre as pessoas que não conseguiram atendimento de saúde na primeira vez em que procuraram, 38,8% alegaram não ter médico atendendo e 32,7% não conseguiram vaga ou pegar senha. Os demais motivos investigados tiveram percentuais que variaram de 0,5% (pessoas que não podiam pagar pela consulta) a 6,4% (pessoas que declararam não haver serviço profissional de saúde especializado).

65,7% das pessoas internadas foram atendidas pelo SUS

Das 200,6 milhões de pessoas residentes no Brasil, 6,0% (ou 12,1 milhões de pessoas) ficaram internadas em hospitais por 24 horas ou mais nos 12 meses anteriores à data da entrevista da PNS. Tratamento clínico e cirurgia foram os dois tipos de atendimentos mais frequentes nos casos de internação. Em estabelecimentos de saúde públicos, as proporções foram de 42,4% e 24,2%, respectivamente. Em estabelecimentos de saúde privados, os percentuais foram de 29,8% e 41,7%, respectivamente.

Em estabelecimentos de saúde públicos, o parto normal teve maior participação nas internações (7,2%) do que o parto cesáreo (5,9%). Em estabelecimentos de saúde privados ocorreu o inverso: o parto cesáreo (9,7%) superou a participação de internações do parto normal (2,1%).

Das pessoas que ficaram internadas em hospitais por 24 horas ou mais, 65,7% (ou 8,0 milhões) tiveram este atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As regiões Nordeste (76,5%) e Norte (73,9%) registraram as maiores proporções. A proporção de internação em hospitais do SUS foi maior para pessoas de 0 a 17 anos de idade (75,2%), para pessoas que se declararam de cor preta (75,8%) e parda (75,4%) e não apresentou diferenças por sexo. Essa proporção também foi maior quanto menor o nível de instrução: variou de 80,6% das pessoas sem instrução ou fundamental incompleto a 19,7% das pessoas com nível superior completo.

1/3 das pessoas (33,2%) obtiveram medicamentos no serviço público de saúde

Das pessoas que conseguiram atendimento de saúde, nas duas últimas semanas em relação à data de referência da pesquisa, 64,8% (19,3 milhões) tiveram algum medicamento receitado e, destas, 82,5% conseguiram obter todos os medicamentos prescritos e 92,4% conseguiram obter pelo menos um deles.

A proporção de pessoas que conseguiram obter pelo menos um medicamento receitado no serviço público de saúde foi de 33,2% (ou 6,4 milhões de pessoas). A proporção de pessoas de cor parda que conseguiram obter pelo menos um medicamento no serviço público de saúde (36,7%) foi maior do que a observada para as pessoas de cor branca (30,2%). Essa proporção variou de 41,4%, das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto, a 12,8%, das pessoas com nível superior completo. Do total estimado de 19,3 milhões de pessoas que tiveram medicamento receitado no último atendimento de saúde, 21,9% (ou 4,2 milhões) conseguiram obter pelo menos um medicamento no Programa Farmácia Popular, sendo que a região Nordeste (16,4%) apresentou a menor proporção.

53,4% dos domicílios estavam cadastrados no Programa Saúde da Família

A PNS estimou que 56,2% dos brasileiros moravam em domicílios cadastrados no Programa Saúde da Família, do Ministério da Saúde. No total do país, eram 53,4% dos domicílios (34,8 milhões) sendo que o Nordeste apresentou a maior proporção (64,7%), enquanto o Sudeste a menor (46,0%). A área urbana (50,6%) tinha proporção inferior à rural (70,9%).

Dos domicílios cadastrados no Programa há um ano ou mais (14,2 milhões), 47,3% receberam visita de Agente Comunitário em Saúde ou membro da Equipe de Saúde da Família mensalmente, sendo que o Centro-Oeste teve resultado superior à média nacional (58,3%), e o Sudeste, o menor percentual (41,6%). Por outro lado, 17,7% nunca haviam recebido visita de profissional de saúde ligado ao Programa. No Sudeste, essa proporção foi de 23,8%, enquanto nas demais regiões variou de 10,8%, na Norte e Centro-Oeste, a 17,8%, na Sul.

74,3% dos atendimentos dentários foram em consultórios e clínicas particulares

Em 2013, 67,4% das pessoas com 18 anos ou mais de idade avaliaram a sua saúde bucal como boa ou muito boa. No entanto, a proporção de pessoas que consultaram dentista, nos 12 meses anteriores à entrevista, foi de 44,4% (ou 89,1 milhões). As regiões Norte (34,4%) e Nordeste (37,5%) apresentaram as menores proporções, e as maiores foram verificadas nas regiões Sul (51,9%) e Sudeste (48,3%).

A proporção de pessoas que consultaram um dentista foi maior para as mulheres (47,3%), pessoas de cor branca (50,4%) e nos grupos de idade de 18 a 29 anos (51,0%) e de 30 a 39 anos (50,4%). As pessoas com 60 anos ou mais de idade registraram o menor percentual (28,9%). Quanto maior o nível de instrução, mais elevada foi a proporção de consultas a um dentista: variou de 36,6%, entre as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto, a 67,4% entre aquelas com nível superior completo.

O atendimento dentário no Brasil, em 2013, ocorreu preponderantemente em consultório particular ou clínica privada, totalizando 74,3% dos atendimentos. As Unidades Básicas de Saúde foram responsáveis por 19,6% dos atendimentos.

Dentre os adultos, 11,0% haviam perdido todos os dentes, o que corresponde a 16 milhões de brasileiros, sendo esse percentual maior entre as mulheres (13,3%) que entre homens (8,4%). Aproximadamente 41,5% das pessoas com 60 anos ou mais de idade haviam perdido todos os dentes, o mesmo ocorreu com 22,8% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto. O uso de prótese dentária foi registrado por 28,3% da população masculina com 18 anos ou mais de idade, e por 37,9% das mulheres.

15,5 milhões de pessoas atendidas em serviços de saúde disseram ter sofrido discriminação

A PNS revelou que, em 2013, 10,6% das pessoas com 18 anos ou mais (ou 15,5 milhões) afirmaram que já haviam se sentido discriminadas ou tratadas de maneira pior do que as outras pessoas no serviço de saúde, por algum médico ou outro profissional de saúde. Os percentuais foram significativamente maiores nas regiões Norte (13,6%) e Centro-Oeste (13,3%).

Das pessoas que já se sentiram discriminadas por algum médico ou outro profissional de saúde, destacaram-se as mulheres (11,6%); as pessoas de 30 a 39 anos (11,9%) e de 40 a 59 anos (12,0%); as pessoas de cor preta (11,9%) e parda (11,4%); e as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto (11,8%).

A pesquisa também investigou os motivos percebidos pelas pessoas que se sentiram discriminadas no serviço de saúde. As pessoas podiam indicar mais de um quesito. Mais da metade da população de 18 anos ou mais de idade que já se sentiu discriminada no serviço público de saúde respondeu como motivos a falta de dinheiro (53,9%) e a classe social (52,5%). A discriminação por falta de dinheiro foi significativamente mais percebida entre os homens (57,8%) do que entre as mulheres (51,1%).

Os motivos como cor ou raça (13,6%), tipo de ocupação (15,6%) e tipo de doença (14,8%) obtiveram percentuais relevantes da população que já se sentiu discriminada no serviço de saúde. A idade foi motivo de discriminação sentido por 12,0% das pessoas; religião/crença por 8,1%; sexo por 3,7%; e preferência sexual por 1,7%.

Plano de saúde era mais presente entre brancos (37,9%) do que pardos (18,7%) e pretos (21,6%)

Em 2013, 27,9% da população tinha plano de saúde (médico ou odontológico). As regiões Sudeste (36,9%), Sul (32,8%) e Centro-Oeste (30,4%) apresentaram as maiores proporções, e o Norte (13,3%) e Nordeste (15,5%), as menores. Na área urbana (31,7%), o percentual de pessoas cobertas por plano de saúde era cerca de cinco vezes maior que na rural (6,2%).

Em relação aos grupos de idade, pessoas de 0 a 17 anos apresentaram a menor proporção de cobertura de plano de saúde (23,1%), seguidas daquelas de 18 a 29 anos (26,0%). Já os grupos de pessoas de 30 anos ou mais de idade apresentaram níveis estatisticamente semelhantes entre eles, todos em torno de 30,0%. Observou-se que, quanto maior o nível de instrução, maior foi a cobertura do plano de saúde, variando de 16,4% (sem instrução ou com fundamental incompleto) a 68,8% (nível superior completo). Considerando a cor ou raça, foram verificadas proporções diferentes para pardos (18,7%), pretos (21,6%) e brancos (37,9%).

Das pessoas que tinham algum plano de saúde pago diretamente pelo titular, outro morador do domicílio ou pessoa não moradora, 57,6% pagavam até R$ 200,00 de mensalidade, enquanto 4,7% das pessoas pagavam mensalidades a partir de R$1.000, em 2013.

Quanto maior o grupo de idade do beneficiado, maior foi o valor pago ao plano de saúde. Para pessoas de 0 a 17 anos, 51,0% pagavam até R$ 100,00 de mensalidade. Este valor foi pago por 60,2% das pessoas de 18 a 29 anos de idade. Entre as pessoas de 60 anos ou mais de idade, 24,2% pagavam até R$ 100,00, enquanto 30,9% pagavam R$ 500,00 ou mais de mensalidade.

Na população, 5,2% tinham algum plano de saúde apenas para assistência odontológica, correspondendo a 10,3 milhões de pessoas. Na faixa de 30 a 39 anos de idade foi verificada a maior proporção de pessoas que tinham plano de saúde apenas para assistência odontológica (7,3%) e, entre aquelas de 60 anos ou mais, a menor (2,4%).

Práticas integrativas e complementares eram mais utilizadas no Norte e Sul

Das 200,6 milhões de pessoas residentes no país, 3,8% (ou 7,6 milhões) utilizaram alguma prática integrativa e complementar - tratamentos como acupuntura, homeopatia, uso de plantas medicinais e fitoterapia, dentre outros. Esse uso foi identificado em proporções maiores nas Regiões Norte (5,9%) e Sul (5,2%) e oscilou em torno da média nacional nas demais regiões.

Os grupos de pessoas de 40 a 59 anos (5,0%) e de 60 anos ou mais de idade (5,4%) apresentaram maiores proporções de uso de prática integrativa e complementar. A proporção de pessoas com nível superior completo que fizeram uso desta prática (7,4%) foi maior do que nos demais níveis de instrução.

Resfriado ou gripe foi principal motivo de saúde para interromper atividades habituais

A PNS estimou que 7,0% da população residente em domicílios particulares permanentes (ou 14,1 milhões de pessoas) deixaram de realizar atividades habituais por motivo de saúde nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa. Essa proporção foi maior entre as mulheres (8,0%) do que entre os homens (5,9%), entre as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto (8,3%) e entre aquelas com 60 anos ou mais de idade (11,5%).

Entre os motivos de saúde que impediram a realização de atividades habituais, 17,8% das pessoas citaram resfriado ou gripe e 10,5% relataram dor nas costas, problemas no pescoço e nuca. O percentual de resfriado ou gripe foi maior para pessoas de 0 a 17 anos de idade (39,8%) e diminuiu com o aumento da idade (6,9% das pessoas de 60 anos ou mais). Dor nas costas, problemas no pescoço e nuca foram proporcionalmente mais registrados pelas pessoas de 40 a 59 anos de idade (16,5%). Também foram apontados motivos como dor nos braços ou mãos, artrite ou reumatismo (5,5%); lesão provocada por acidente, agressão ou violência (5,5%); dor de cabeça ou enxaqueca (4,7%); pressão alta ou outra doença do coração (5,0%); asma, bronquite ou pneumonia (4,1%); diarreia, vômito, náusea ou gastrite (4,1%); e diabetes, AVC, derrame ou câncer (4,1%); e problemas de saúde mental (4,1%), entre outros.

20,8 milhões de pessoas disseram ter recebido diagnóstico médico de dengue

Em 2013, 12,9% da população (25,8 milhões de pessoas) disseram já ter tido dengue alguma vez na vida. As proporções foram maiores do que a média nas regiões Norte (20,5%), Nordeste (18,5%) e Centro-Oeste (17,5%). No Sudeste, 10,8% das pessoas referiram já ter tido a doença. Na região Sul (1,3%), foi encontrada a menor proporção. As proporções foram de 13,8% para as pessoas residentes na área urbana e 7,7% para aquelas da área rural.

Considerando o diagnóstico feito por médico, o percentual da população que referiu dengue no Brasil reduziu para 10,4% (20,8 milhões de pessoas).

A pesquisa mostrou também que 69,4% dos domicílios (45,2 milhões) receberam pelo menos uma visita de algum agente de Combate de Endemias nos 12 meses anteriores à data de entrevista. As regiões Nordeste (78,3%) e Centro-Oeste (76,5%) apresentaram os maiores resultados, enquanto o Sul (50,3%) teve o menor resultado. Considerando a situação do domicílio, a área urbana (73,5%) apresentou proporção superior à rural (43,7%).

Uso de cinto de segurança é de 79,4% no banco da frente e 50,2% no banco de trás

A proporção de pessoas que se envolveram em acidente de trânsito com lesões corporais nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa, no Brasil, foi de 3,1%. Este percentual foi maior entre os homens (4,5%), enquanto entre as mulheres foi de 1,8%. Os grupos de idade mais jovens apresentaram maiores percentuais, enquanto para os mais velhos a proporção foi menor. Das pessoas que se envolveram em acidente de trânsito, 47,2% deixaram de realizar atividades habituais, 15,1% tiveram sequelas ou incapacidades.

No Brasil, 79,4% das pessoas de 18 anos ou mais de idade sempre usaram cinto de segurança no banco da frente quando andaram de automóvel, van ou táxi. Homens e mulheres apresentaram percentuais semelhantes e estes percentuais aumentaram à medida que aumentou o nível de instrução, variando de 75,3%, das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto, a 89,7%, das pessoas com o nível superior completo. Na área rural este hábito foi menos frequente, com percentual de 59,1%, enquanto na área urbana foi de 82,5%. Regionalmente, as estimativas variaram de 66,0%, no Nordeste, a 86,5%, no Sudeste.

No entanto, a proporção de pessoas que sempre usaram cinto de segurança no banco de trás foi de 50,2%. Este percentual aumentou com o avanço da idade e foi mais representativo na área urbana (51,1%) do que na área rural (44,8%).

3,1% das mulheres sofreram violência por parte de pessoa conhecida

No Brasil, 3,1% das pessoas de 18 anos ou mais de idade sofreram alguma violência ou agressão de pessoa desconhecida nos 12 meses anteriores à data da entrevista da PNS. Esta proporção foi maior entre os homens (3,7%) do que entre as mulheres (2,7%) e diminuiu à medida que aumentou a idade. Das pessoas que sofreram violência ou agressão de pessoa desconhecida, aquelas sem instrução ou com fundamental incompleto apresentaram o menor percentual (2,0%).

A proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que sofreram alguma violência ou agressão de pessoa conhecida nos 12 meses anteriores à data da entrevista foi de 2,5% no Brasil. Regionalmente, foi possível observar variações de 2,0%, no Sudeste, e 3,2%, no Norte. Esta forma de violência ocorreu majoritariamente entre as mulheres (3,1%), enquanto entre os homens a proporção foi de 1,8%. As pessoas nos grupos de idade mais jovens estiveram mais sujeitos à violência ou agressão por pessoa conhecida do que aquelas com 60 anos ou mais de idade (1,1%).

População de cachorros foi estimada em 52,2 milhões e a de gatos, em 22,1 milhões

Em 2013, 44,3% dos domicílios do país possuíam pelo menos um cachorro, o equivalente a 28,9 milhões de unidades domiciliares. A região Sul apresentou a maior proporção (58,6%) e a Nordeste, a menor (36,4%). Na área rural, a proporção de domicílios com algum cachorro (65,0%) era superior à da urbana (41,0%). A população de cachorros em domicílios brasileiros foi estimada em 52,2 milhões, o que indicou uma média de 1,8 cachorro por domicílio, considerando-se o conjunto de domicílios com este animal.

Em relação à presença de gatos, 17,7% dos domicílios possuíam pelo menos um, o equivalente a 11,5 milhões de unidades domiciliares. As regiões Norte (22,7%) e Nordeste (23,6%) apresentaram os maiores resultados, e as regiões Sudeste (13,5%) e Centro-Oeste (14,3%), os menores. A área urbana (14,2%) apresentou proporção inferior à rural (39,4%). A população de gatos em domicílios brasileiros foi estimada em 22,1 milhões, o que representa aproximadamente 1,9 gato por domicílio com este animal.

Dentre os domicílios com algum cachorro ou gato, 75,4% (24,9 milhões) tiveram todos os animais vacinados contra raiva nos 12 meses anteriores à pesquisa. As regiões Sudeste e Centro-Oeste (84,3% e 81,7%, respectivamente) apresentaram resultados superiores às regiões Sul, Norte, Nordeste (63,5%, 67,1% e 70,1%). Considerando a situação do domicílio, a área urbana apresentou proporção superior à rural, 79,7% e 58,2%, respectivamente.

 

Comunicação Social
2 de junho de 2015