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Receita dos serviços cresce 1,7% em abril

18/06/2015 10h25 | Atualizado em 31/05/2019 14h35

 

Período Receita Nominal
Abril 2015/ Abril 2014
1,7%
Acumulado em 2015
2,6%
Acumulado em 12 meses
4,3%

O setor de serviços registrou um crescimento de receita nominal de 1,7% no mês de abril, na comparação com igual mês do ano anterior, inferior à taxa de março (6,1%) e superior a de fevereiro (0,9%). Este resultado configura-se como a segunda menor taxa da série, iniciada em 2012, sendo a de fevereiro, a menor. A taxa acumulada no ano atingiu 2,6% e em 12 meses, 4,3%. Cresceram os Serviços profissionais, administrativos e complementares, com 6,7%; Serviços prestados às famílias, com 1,2% e Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com 1,0%. Apresentaram variações nominais negativas Serviços de informação e comunicação, com -0,1% e Outros serviços, com -2,2%. Em termos de composição da taxa, as contribuições foram: Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4 p.p); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,3 p.p.); Serviços prestados às famílias (0,1 p.p.). Os Serviços de informação e comunicação não apresentaram contribuição significativa (0,0 p.p.) e Outros serviços tiveram contribuição negativa de -0,1 p.p.

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), primeiro indicador conjuntural mensal que investiga o setor de serviços no país, abrange as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/servicos/pms.


Tabela 1
BRASIL - Indicadores de Receita Nominal do Setor de Serviços, Segundo Grupos de Atividades
PMS - Abril 2015


Atividades Mês/Igual Mês do Ano Anterior Acumulado
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
Fev
Mar
Abr
No Ano
12 Meses
Brasil
0,9
6,1
1,7
2,6
4,3
1 - Serviços prestados às famílias
6,8
2,5
1,2
4,9
7,0
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação
6,4
0,8
1,1
4,4
7,1
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias
9,4
13,5
1,6
8,1
6,3
2 - Serviços de informação e comunicação
0,7
2,9
- 0,1
0,4
1,6
   2.1 - Serviços TIC
1,7
2,9
1,1
0,9
1,5
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias
- 5,4
2,6
- 6,8
- 2,8
1,9
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares
3,6
8,7
6,7
6,2
7,9
   3.1 - Serviços técnico-profissionais
- 6,5
5,9
- 2,3
- 2,3
3,0
   3.2 - Serviços administrativos e complementares
7,2
9,7
9,9
9,2
9,7
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio
- 1,8
8,7
1,0
2,6
4,0
   4.1 - Transporte terrestre
- 2,5
9,0
1,5
3,2
3,7
   4.2 - Transporte aquaviário
12,0
18,1
14,6
14,9
11,7
   4.3 - Transporte aéreo
- 4,5
- 3,3
- 1,1
- 1,2
3,2
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio
- 1,9
10,9
- 1,2
0,7
3,7
5 - Outros serviços
- 0,4
5,3
- 2,2
0,6
4,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

O segmento de Serviços prestados às famílias registrou uma variação de 1,2%, em abril, sobre igual mês do ano anterior, inferior às taxas de março (2,5%) e fevereiro (6,8%). A variação acumulada no ano ficou em 4,9% e em 12 meses, 7,0%. Os Serviços de alojamento e alimentação registraram variação nominal de 1,1% e Outros serviços prestados às famílias, 1,6%. A redução do poder aquisitivo da população (a massa de rendimento real habitual recuou 3,8%, na comparação abril 2015/abril 2014, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE) somada ao crescimento dos preços de alimentação fora do domicílio, acima da média geral do IPCA de abril, contribuíram para que a variação nominal dos Serviços prestados às famílias atingisse o menor patamar desde o início da série.

Os Serviços de informação e comunicação registraram variação nominal de -0,1% em abril, na comparação com igual mês do ano anterior, contra 2,9% em março e 0,7% de fevereiro. A variação acumulada no ano ficou em 0,4% e em 12 meses, 1,6%. Os Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC), que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação, apresentaram taxa de 1,1% e os Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, apresentaram variação negativa de -6,8%. Os cortes de despesas em publicidade e propaganda, por parte de governos (federal, estaduais e municipais) e empresas, contribuíram para a variação negativa nos Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, em especial nas atividades de Televisão aberta.

O segmento de Serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou variação de 6,7% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, inferior à variação de março (8,7%) e superior a de fevereiro (3,6%). A variação acumulada no ano ficou em 6,2% e em 12 meses, 7,9%. Os Serviços técnico-profissionais, que englobam as atividades intensivas em conhecimento, apresentaram recuo de 2,3% devido ao já citado corte de despesas por parte de governos (federal, estaduais e municipais) e empresas, que reduziram a contratação de serviços. A outra atividade que compõe o segmento, os Serviços administrativos e complementares, que abrangem as atividades intensivas em mão-de-obra, cresceram 9,9%. O desempenho setorial favorável desta atividade pode ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial dos seus principais serviços.

O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou uma variação nominal de 1,0%, em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em março, o segmento registrou variação de 8,7% e, em fevereiro, variação negativa de
-1,8%. A variação acumulada no ano ficou em 2,6% e em 12 meses, 4,0%. Por modalidade, os resultados foram: Transporte terrestre, com 1,5%, Transporte aquaviário, com 14,6% e Transporte aéreo, com -1,1%. A atividade de Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou redução de 1,2%. Este desempenho desfavorável foi influenciado pelo desaquecimento das atividades industriais, que resultou em menor demanda dos Transportes terrestres, em especial do Transporte rodoviário de cargas, tanto para a aquisição de insumos, como para o escoamento da produção. Este fator também contribuiu para uma menor demanda na atividade de Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio.

O segmento de Outros serviços, que engloba as atividades imobiliárias (intermediação, gestão e administração de imóveis próprios e de terceiros), os serviços de manutenção e reparação, os serviços auxiliares financeiros, as atividades auxiliares da agricultura e os serviços de esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais, apresentou variação nominal negativa de -2,2%, frente 5,3% de março e -0,4% de fevereiro. A variação acumulada no ano ficou em 0,6% e em 12 meses, 4,8%.

Em abril, 14 unidades da federação apresentaram variações negativas

No que se refere aos resultados regionais, das 27 unidades da federação 13 apresentaram variações nominais positivas, na comparação de abril de 2015 com igual mês do ano anterior, com destaque para Rondônia (7,9%); Ceará (4,5%); e Mato Grosso do Sul (3,9%). As menores variações positivas foram: 0,7% no Rio de Janeiro; 1,6% para Pernambuco; e 2,0% no Pará e Minas Gerais. Os estados com maiores taxas negativas foram: Roraima (-9,9%); Amapá (-9,8%); Maranhão (-6,8%); Espírito Santo (-4,8%); e Mato Grosso, (-4,3%).

 


Gráfico 7
Taxa de variação da receita nominal do setor de Serviços, por
Unidades da Federação, segundo índice Mês/Igual mês do ano anterior

Dados disponíveis no SIDRA.

 

Comunicação Social
18 de junho de 2015