Em janeiro, IPCA fica em 1,27%
05/02/2016 09h12 | Atualizado em 07/06/2017 12h08
Período | TAXA |
---|---|
JANEIRO 2016
|
1,27%
|
Dezembro 2015
|
0,96%
|
Janeiro 2015
|
1,24%
|
Acumulado 2016
|
1,27%
|
Acumulado 12 meses
|
10,71%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro apresentou variação de 1,27% e ficou 0,31 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,96% registrada no mês de dezembro. Trata-se da taxa mensal mais alta para o mês de janeiro desde 2003, quando atingiu 2,25%. Com isto, a taxa dos últimos 12 meses ficou em 10,71%, acima dos 10,67% dos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se no resultado mais elevado desde novembro de 2003 (11,02%). Em janeiro de 2015, a taxa foi 1,24%.
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.
Alimentação e Bebidas, com alta de 2,28%, e Transportes, com 1,77%, grupos de maior peso na despesa das famílias, foram responsáveis pela maior parte do resultado do IPCA do mês. Juntos, os alimentos, contribuindo com 0,57 p.p., e os transportes, com 0,33 p.p., tiveram contribuição de 0,90 p.p., detendo 71% do índice. Apresentaram, também, os maiores resultados de grupo no índice do mês, conforme a tabela a seguir.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Dezembro | Janeiro | Dezembro | Janeiro | |
Índice Geral |
0,96
|
1,27
|
0,96
|
1,27
|
Alimentação e Bebidas |
1,50
|
2,28
|
0,38
|
0,57
|
Habitação |
0,49
|
0,81
|
0,08
|
0,13
|
Artigos de Residência |
0,46
|
0,45
|
0,02
|
0,02
|
Vestuário |
1,15
|
-0,24
|
0,07
|
-0,01
|
Transportes |
1,36
|
1,77
|
0,25
|
0,33
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,70
|
0,81
|
0,08
|
0,09
|
Despesas Pessoais |
0,57
|
1,19
|
0,06
|
0,13
|
Educação |
0,22
|
0,31
|
0,01
|
0,01
|
Comunicação |
0,43
|
0,22
|
0,01
|
0,00
|
Desde dezembro de 2002, quando o grupo Alimentação e Bebidas atingiu 3,91%, não havia registro de taxa mais elevada do que os 2,28% deste mês. Considerando os últimos doze meses, os preços dos alimentos registram aumento de 12,90%. No mês, na região metropolitana de Vitória e de Salvador e em Goiânia, o aumento dos alimentos chegou a 3,66%, 3,60% e 3,22%, respectivamente. A região de Porto Alegre ficou com a alta mais moderada, 1,20%.
Enquanto os produtos comprados para consumo em casa aumentaram 2,89%, a alimentação fora de casasubiu 1,12%. Vários alimentos mostraram crescimento de preços de dezembro para janeiro, sendo que alguns aumentos foram expressivos, como a cenoura (32,64%), o tomate (27,27%), a cebola (22,05%) e a batata-inglesa (14,78%). A tabela a seguir apresenta as principais altas.
Item |
Variação mensal
(%) |
Variação Acumulada
12 meses (%) |
|
---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
||
Cenoura |
5,88
|
32,64
|
39,03
|
Tomate |
11,45
|
27,27
|
67,03
|
Cebola |
13,71
|
22,05
|
79,59
|
Batata-inglesa |
3,46
|
14,78
|
11,53
|
Alho |
4,73
|
10,81
|
67,04
|
Feijão-mulatinho |
5,25
|
9,75
|
41,39
|
Hortaliças |
3,83
|
7,80
|
22,91
|
Farinha de mandioca |
3,58
|
7,33
|
16,29
|
Açúcar refinado |
10,20
|
7,28
|
38,12
|
Feijão-carioca |
7,02
|
7,26
|
18,56
|
Pão de forma |
3,54
|
5,55
|
15,40
|
Frutas |
4,14
|
5,23
|
18,15
|
Fubá de milho |
0,01
|
5,09
|
21,15
|
Açúcar cristal |
7,14
|
4,48
|
36,35
|
Manteiga |
2,67
|
4,27
|
20,67
|
Óleo de soja |
3,50
|
3,31
|
19,68
|
Feijão-preto |
0,99
|
3,22
|
-1,69
|
Pescado |
2,53
|
3,07
|
9,49
|
Refrigerante |
0,73
|
2,20
|
12,62
|
Margarina |
0,23
|
2,04
|
9,34
|
Pão doce |
1,52
|
1,87
|
9,93
|
Atomatado |
1,21
|
1,82
|
11,06
|
Café moído |
1,48
|
1,80
|
13,16
|
Café da manhã |
-0,08
|
1,75
|
14,78
|
Ovos |
3,13
|
1,73
|
20,39
|
Macarrão |
1,89
|
1,46
|
11,05
|
Doces |
0,15
|
1,38
|
10,47
|
Arroz |
1,64
|
1,37
|
10,52
|
Chocolate em barra e bombom |
-0,78
|
1,37
|
13,32
|
Enlatados |
0,88
|
1,34
|
8,62
|
Outras bebidas alcoólicas |
0,92
|
1,15
|
12,14
|
Refeição fora |
0,88
|
1,25
|
10,17
|
Refrigerante fora |
0,70
|
1,09
|
10,68
|
Carnes |
1,56
|
1,06
|
11,93
|
Leite longa vida |
0,04
|
1,04
|
11,82
|
Queijo |
-0,37
|
0,96
|
9,24
|
Pão francês |
0,73
|
0,95
|
13,02
|
Suco de frutas |
0,29
|
0,91
|
10,99
|
Cerveja fora |
1,48
|
0,87
|
12,47
|
Farinha de trigo |
2,09
|
0,83
|
6,20
|
No grupo Transportes, a alta de 1,77% foi puxada pelo transporte público, que subiu 3,84%, e peloscombustíveis, com 2,11%. A liderança na relação das principais contribuições individuais no IPCA do mês ficou com o item ônibus urbanos, com 0,14 p.p., seguido pelos combustíveis, com 0,11 p.p.
As tarifas dos ônibus urbanos aumentaram 5,61%, tendo em vista a concentração de reajustes em 6 das 13 regiões pesquisadas. Seguem, abaixo, as variações apropriadas no mês, os reajustes e datas em vigor.
Variação(%) | Reajuste(%) | Data | |
---|---|---|---|
Rio de Janeiro |
10,59
|
11,76
|
02/01
|
Salvador |
8,97
|
10,00
|
02/01
|
Belo Horizonte |
7,65
|
8,82
|
03/01
|
Vitória |
7,47
|
12,03
|
10/01
|
São Paulo |
5,71
|
8,57
|
09/01
|
Recife |
4,85
|
14,28
|
19/01
|
As tarifas dos ônibus intermunicipais também subiram, em 6,14%, refletindo reajustes em 5 regiões:
Variação(%) | Reajuste(%) | Data | |
---|---|---|---|
Belo Horizonte |
11,94
|
12,66
|
03/01
|
Fortaleza |
8,77
|
10,83
|
27/12
|
Rio de Janeiro |
8,62
|
10,48
|
10/01
|
São Paulo |
7,43
|
8,57
|
09/01
|
Salvador |
6,51
|
9,30
|
02/01
|
No item táxi, cuja variação ficou em 4,00%, também ocorreram reajustes em 5 regiões:
Variação(%) | Reajuste(%) | Data | |
---|---|---|---|
Recife |
9,31
|
9,93
|
01/01
|
Rio de Janeiro |
8,76
|
10,50
|
04/01
|
Curitiba |
8,49
|
10,20
|
04/01
|
Porto Alegre |
6,19
|
7,82
|
05/01
|
Salvador |
5,62
|
10,52
|
13/01
|
Além disso, trem e metrô ficaram com 4,19% e 4,27%, respectivamente, em vista do reajuste de 8,57% ocorrido em 09 de janeiro na região metropolitana de São Paulo. Nos ônibus interestaduais, as tarifas subiram 1,22% com as variações apropriadas nas regiões de São Paulo (4,63%) e em Goiânia (2,56%).
Por outro lado, em contraposição às altas do transporte público, as passagens aéreas apresentaram queda de 6,13% e, com -0,03 p.p., constituíram-se na principal contribuição individual para baixo na formação do IPCA do mês.
Quanto aos combustíveis (2,11%), foi registrado aumento médio de 1,88% no litro da gasolina, que chegou a ficar 8,01% mais caro na região metropolitana de Porto Alegre. No etanol, o aumento médio foi de 3,47%, também apresentando a maior elevação em Porto Alegre, com 9,60%.
No grupo, além do transporte público e dos combustíveis, sobressai o item conserto de automóvel, que aumentou 1,77%.
Nos demais grupos, cujas variações situaram-se entre -0,24%, no Vestuário, e 1,19% nas Despesas Pessoais, os principais destaques foram:
Excursão - 6,98%Na energia elétrica, a alta foi de 1,61% por influência de aumentos ocorridos nos impostos, especialmente nas contas da região metropolitana de Porto Alegre, que ficaram mais caras em 8,70%, com pressão do PIS/COFINS e ICMS. Ademais, nas regiões metropolitanas de São Paulo, onde as contas aumentaram 1,36%,Brasília, com 1,25% e Curitiba, com 0,40%, os resultados incorporam reajustes ocorridos na parcela destinada à Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública – COSIP: 73,00%, 11,00% e 18,00%, respectivamente.
O cigarro, que passou a custar 3,81% a mais, refletiu o reajuste médio de 12,00%, praticado por uma das empresas, a partir de 31 de dezembro, sobre os preços do produto, na maioria das regiões pesquisadas.
A respeito da taxa de água e esgoto, cujas contas ficaram mais caras em 0,94%, na média, o resultado foi pressionado pela região metropolitana de Fortaleza, onde a alta de 5,41% se deve ao reajuste de 8,47%, em vigor desde o dia 19 de dezembro; por Brasília, onde a taxa de 2,47% reflete o reajuste de 2,65%, em vigor desde o dia 01 de janeiro; por Campo Grande cuja taxa foi de 8,89%, refletindo o reajuste de 10,36%, em vigor a partir de 03 de janeiro e por São Paulo, onde a alta de 1,92% mostra a menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água.
Sobre os índices regionais, o mais elevado ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (1,82%), pressionado pela alta nas tarifas dos ônibus urbanos (10,59%), ônibus intermunicipais (8,62%) e táxi(8,76%). As tarifas dos ônibus urbanos foram reajustadas em 11,76% a partir de 02 de janeiro, dosintermunicipais em 10,48% a partir de 10 de janeiro e do táxi, em 10,50%, a partir de 04 de janeiro. O menor índice foi o da região metropolitana de Curitiba (0,73%). A seguir, tabela com os resultados por região pesquisada.
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação
Acumulada 12 meses (%) |
|
---|---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
|||
Rio de Janeiro | 12,06 | 1,24 | 1,82 | 10,65 |
Salvador | 7,35 | 0,94 | 1,69 | 10,74 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,82 | 1,56 | 11,63 |
Fortaleza | 3,49 | 1,45 | 1,45 | 11,83 |
Campo Grande | 1,51 | 0,91 | 1,38 | 9,99 |
Recife | 5,05 | 1,00 | 1,32 | 10,97 |
Goiânia | 3,59 | 0,80 | 1,20 | 11,06 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,58 | 1,19 | 9,35 |
Vitória | 1,78 | 1,00 | 1,15 | 9,40 |
São Paulo | 30,67 | 0,84 | 1,10 | 10,66 |
Belém | 4,65 | 1,39 | 1,06 | 9,97 |
Brasília | 2,80 | 1,21 | 0,93 | 9,82 |
Curitiba | 7,79 | 1,14 | 0,73 | 12,33 |
Brasil | 100,00 | 0,96 | 1,27 | 10,71 |
Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2015 a 28 de janeiro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2015 (base). O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Em janeiro, INPC fica em 1,51%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 1,51%, em janeiro, e ficou 0,61 p.p. acima do resultado de 0,90% de dezembro. Com isto, a taxa dos últimos 12 meses ficou em 11,31%, acima dos 11,28% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2015, a taxa foi de 1,48%.
Os produtos alimentícios tiveram variação de 2,41% em janeiro, enquanto em dezembro a variação foi de 1,60%. O grupamento dos não alimentícios apresentou taxa de 1,11%, em janeiro, acima dos 0,59% de dezembro.
Sobre os índices regionais, o mais elevado ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (2,37%), pressionado pela alta nas tarifas dos ônibus urbanos (10,59%), intermunicipais (8,62%) e táxi (8,76%). As tarifas dos ônibus urbanos foram reajustadas em 11,76%, a partir de 02 de janeiro, dos intermunicipais em 10,48%, a partir de 10 de janeiro, e do táxi em 10,50%, a partir de 04 de janeiro. O menor índice foi o da região metropolitana de Curitiba (0,64%). A seguir, tabela com os resultados por região pesquisada.
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação
Acumulada 12 meses (%) |
|
---|---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
|||
Rio de Janeiro | 9,51 | 1,16 | 2,37 | 11,82 |
Salvador | 10,67 | 0,89 | 2,07 | 11,16 |
Vitória | 1,83 | 0,72 | 1,66 | 10,05 |
Fortaleza | 6,61 | 1,44 | 1,57 | 11,96 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,71 | 1,55 | 11,97 |
Recife | 7,17 | 1,07 | 1,47 | 11,14 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,50 | 1,45 | 9,89 |
Campo Grande | 1,64 | 1,02 | 1,42 | 10,47 |
São Paulo | 24,24 | 0,74 | 1,37 | 11,18 |
Goiânia | 4,15 | 0,75 | 1,31 | 12,11 |
Belém | 7,03 | 1,19 | 1,19 | 10,12 |
Brasília | 1,88 | 0,84 | 1,05 | 11,77 |
Curitiba | 7,29 | 1,06 | 0,64 | 13,27 |
Brasil | 100,00 | 0,90 | 1,51 | 11,31 |
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2015 a 28 de janeiro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2015 (base). O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Comunicação Social
5 de fevereiro de 2016