Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Produção industrial recua em agosto (-1,2%)

02/10/2015 10h25 | Atualizado em 06/06/2017 11h22

 

Agosto 2015 / Julho 2015
-1,2%
Agosto 2015 / Agosto 2014
-9,0%
Acumulado 2015
-6,9%
Acumulado 12 meses
-5,7%
Média móvel trimestral
-1,2%

Em agosto de 2015, a produção industrial nacional recuou 1,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 3,4%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, a indústria apontou queda de 9,0% em agosto de 2015, 18ª taxa negativa consecutiva.Assim, o setor industrial acumulou redução de 6,9% nos oito meses de 2015. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 5,7% em agosto de 2015, assinalou perda mais intensa do que a verificada em julho último (-5,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Agosto de 2015
Grandes Categorias
Econômicas
Variação (%)
Agosto 2015/
Julho 2015*
Agosto 2015/
Agosto 2014
Acumulado
Janeiro-Agosto
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital
-7,6
-33,2
-22,4
-18,4
Bens Intermediários
0,2
 
-5,5
 
-3,7
 
-3,4
 
Bens de Consumo
-0,9
 
-9,1
 
-8,8
 
-6,5
 
   Duráveis
-4,0
 
-14,6
 
-14,2
 
-12,0
 
   Semiduráveis e não Duráveis
-0,3
 
-7,6
 
-7,2
 
-4,8
 
Indústria Geral
-1,2
 
-9,0
 
-6,9
 
-5,7
 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

Em agosto, 14 dos 24 ramos investigados tiveram queda na produção

A redução de 1,2% da atividade industrial, na passagem de julho para agosto, alcançou três das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 9,4%, eliminando, assim, a expansão de 1,9% observada no mês anterior, quando interrompeu nove meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 27,0%. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,6%), de produtos de metal (-3,0%), de metalurgia (-1,3%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-3,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(-2,5%), de outros equipamentos de transporte (-3,4%) e de produtos de minerais não-metálicos (-1,5%).

Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 2,4%, recuperando, dessa forma, parte da queda de 5,4% verificada em julho. Outros impactos positivos importantes foram observados nos setores de bebidas (4,3%), de indústrias extrativas (0,6%) e de produtos de madeira (5,1%), com o primeiro eliminando parte do recuo de 6,1% registrado no mês anterior; o segundo interrompendo três meses de taxas negativas consecutivas, período em que acumulou perda de 2,6%; e o último devolvendo parte da queda de 7,3% de julho.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao recuar 7,6%, e bens de consumo duráveis (-4,0%) mostraram as reduções mais acentuadas em agosto de 2015, influenciadas, em grande parte, pela menor produção de caminhões, na primeira, e de automóveis e eletrodomésticos, na segunda, ainda afetadas pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Com os resultados de agosto, o primeiro segmento apontou a queda mais intensa desde dezembro de 2014 (-15,4%) e acumulou perda de 25,3% nos últimos sete meses de taxas negativas consecutivas; e o segundo eliminou parte do avanço de 9,4% assinalado no mês anterior, quando interrompeu nove meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou redução de 26,0%. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) também registrou taxa negativa, em agosto de 2015, após recuar 3,4% no mês anterior. Por outro lado, o segmento de bens intermediários, ao avançar 0,2%, mostrou o único resultado positivo nesse mês, interrompendo seis meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4,0%.

Média móvel recua 1,2% no trimestre encerrado em agosto

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,2% no trimestre encerrado em agosto de 2015, frente ao nível do mês anterior, e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-4,8%) e bens de consumo duráveis (-1,9%) mostraram as reduções mais acentuadas nesse mês, com o primeiro acumulando perda de 17,0% nos últimos cinco meses; e o segundo prosseguindo com o comportamento negativo presente desde dezembro de 2014. Os setores produtores de bens intermediários (-0,6%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%) também registraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro do ano passado; e o segundo intensificando a magnitude de queda frente ao resultado de julho último (-0,1%).

Indústria recua 9,0% em relação a agosto de 2014

Na comparação com agosto de 2014, o setor industrial mostrou queda de 9,0%, em agosto de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 71,9% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 26,2%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande parte, pela redução na produção de caminhões, automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, carrocerias e chassis com motor para ônibus e caminhões e autopeças. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,7%), de máquinas e equipamentos (-15,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-30,3%), de produtos de metal (-15,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,7%), de produtos alimentícios (-2,7%), de outros produtos químicos (-7,4%), de metalurgia (-7,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,1%), de produtos de minerais não-metálicos (-9,2%), de produtos têxteis (-20,7%), de impressão e reprodução de gravações (-26,2%) e de móveis (-19,6%).

Por outro lado, ainda na comparação com agosto de 2014, entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (2,9%), impulsionado, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-33,2%) e bens de consumo duráveis (-14,6%) assinalaram, em agosto de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,6%) e de bens intermediários (-5,5%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos abaixo da média nacional (-9,0%).

O setor bens de capital, ao recuar 33,2% no índice mensal de agosto de 2015, assinalou a décima oitava taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde o ínicio da série histórica nesse tipo de comparação. Na formação do índice de agosto, o segmento foi influenciado pelo recuo observado em todos os seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 39,1% de bens de capital para equipamentos de transporte, pressionado, principalmente, pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, embarcações, ônibus e vagões para transporte de mercadorias. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-35,1%), para construção (-56,8%), agrícola (-32,4%), para energia elétrica (-19,7%) e para fins industriais (-2,3%).

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 14,6% no índice mensal de agosto de 2015, décimo oitavo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e mais intenso do que o verificado em julho último (-13,7%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-12,0%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-21,7%) e da “linha marrom” (-17,7%), influenciados, em grande parte, por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-12,7%), de móveis (-18,2%) e do grupamento de outros eletrodomésticos (-8,1%).

A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,6%), em agosto de 2015, foi o décimo resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior, mas diminuiu a intensidade de queda frente ao verificado em julho último (-9,2%). O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos: semiduráveis (-11,7%), carburantes (-11,8%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-4,4%) e não-duráveis (-7,0%). Nesses subsetores, os principais impactos negativos foram assinalados pelos itens telefones celulares, calças compridas, calçados de couro feminino, cds, dvds, tênis de material sintético montado, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino e roupas de cama (colchas, cobertores, lençóis e etc.), no primeiro; de gasolina automotiva e álcool etílico, no segundo; de sucos concentrados de laranja, açúcar refinado de cana, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, bombons e chocolates em barras, refrigerantes, café torrado e moído e achocolatados em pó, no terceiro; e de medicamentos, livros, brochuras ou impressos sob encomenda e revistas periódicas (impressas sob encomendas), no último.

A produção de bens intermediários, com redução de 5,5% em agosto de 2015, assinalou a décima sétima taxa negativa consecutiva e com ritmo de queda próximo ao verificado no mês anterior (-5,6%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,0%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,2%), de produtos de metal (-17,9%), de outros produtos químicos (-7,5%), de metalurgia (-7,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,0%), de produtos de minerais não-metálicos (-9,0%), de produtos têxteis (-20,1%) e de produtos alimentícios (-0,2%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (2,9%), máquinas e equipamentos (10,3%) e celulose, papel e produtos de papel (1,9%). Ainda nessa categoria, vale citar também os recuos observados nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-15,2%), que marcou a décima oitava taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde o ínicio da série histórica, e de embalagens (-6,2%), que acentuou a queda de 3,4% assinalada no mês anterior.

Produção Industrial recua 6,9% no acumulado no ano

No índice acumulado para o período janeiro-agosto de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,9%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 68 dos 79 grupos e 72,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,0%), pressionado, em grande parte, pela redução na produção de aproximadamente 92% dos produtos investigados na atividade, com destaque para os recuos registrados por automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, autopeças, reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e carrocerias para caminhões e ônibus.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,5%), de máquinas e equipamentos (-11,8%), de produtos alimentícios (-3,7%), de metalurgia (-7,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,4%), de produtos de metal (-9,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-7,0%), de outros produtos químicos (-4,1%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,8%), de bebidas (-6,7%) e de produtos de minerais não-metálicos (-5,8%).

Por outro lado, entre as duas atividades que ampliaram a produção, a principal influência foi observada em indústrias extrativas (7,7%), impulsionada, em grande parte, pelos itens minérios de ferro pelotizados e em bruto e óleos brutos de petróleo.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito meses de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-22,4%) e bens de consumo duráveis (-14,2%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-28,2%), na primeira, e de automóveis (-12,9%) e eletrodomésticos (-22,2%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,2%) e de bens intermediários (-3,7%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, com o primeiro prosseguindo com recuo acima da magnitude observada na média nacional (-6,9%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.


Comunicação Social
2 de outubro de 2015