Publicação divulgada hoje (30/12) anuncia bases para os próximos anos

A Presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (30), o relatório que consolida mais de 800 dias de atuação. A publicação apresenta avanços institucionais, tecnológicos e organizacionais e anuncia as diretrizes que irão orientar os próximos anos.

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, ressaltou que as ações implementadas consolidam um processo de reconstrução e modernização, alinhado às demandas da sociedade na era digital.

Segundo Pochmann, os Encontros Anuais dos Servidores (ENS) têm desempenhado papel estratégico na definição das diretrizes institucionais. O ENS de novembro de 2023 definiu as diretrizes do Projeto IBGE 90 Anos; o de maio de 2024 estruturou os eixos do SINGED; e o de maio de 2025 estabeleceu as bases do PGIEG 2026–2030.

Em paralelo, foram retomadas as Conferências Nacionais de Agentes Produtores e Usuários de Dados, realizadas em julho de 2024, no Rio de Janeiro, e em dezembro de 2025, em Salvador.

“Desde que tomei posse no IBGE, em agosto de 2023, balanços da nova gestão têm refletido o compromisso explícito com a prestação transparente de atuação, alinhando a estabilização institucional com o fortalecimento democrático e à modernização. Além disso, a atual gestão tem priorizado a realização de diálogos permanentes com a comunidade ibgeana, reforçando a governança e planejamento estratégico, conforme iniciativas como a modernização institucional por meio da construção do Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados (SINGED) e a melhor capacidade de produção, integração e disseminação de dados em um contexto de transformação digita”, recordou o presidente.

Outro marco foi a recriação do Conselho Técnico, após duas décadas de inatividade, garantindo maior participação da sociedade no planejamento do IBGE. A gestão também promoveu a criação de grupos de trabalho com ampla participação dos servidores, a reativação da Reserva Ecológica do IBGE, que completou 50 anos, e iniciou o processo de atualização do Estatuto da instituição.

No campo da disseminação do conhecimento, a Casa Brasil IBGE foi consolidada como espaço estratégico de integração com a sociedade, enquanto eventos foram descentralizados para todo o território nacional. A integração da gráfica institucional e o fortalecimento das áreas de mapas e formulários foram essenciais para garantir qualidade na produção e divulgação das pesquisas.

Assista o podcast com o presidente: https://youtu.be/6CCPGSAPtiY

Com apoio do Governo Federal, o IBGE retomou concursos públicos após uma década de paralisação. Entre agosto de 2023 e dezembro de 2025, o quadro de servidores cresceu 27,2%, com 2.490 novos profissionais, revertendo a queda registrada no período anterior. Houve também recuperação do poder aquisitivo, com reajustes salariais inéditos para servidores temporários.

No orçamento, a participação do IBGE no Orçamento Geral da União aumentou cerca de 50% nos últimos dois anos, permitindo recuperar infraestrutura física e tecnológica e retomar pesquisas estratégicas, como a Pesquisa de Orçamentos Familiares, a Pesquisa de Inovação, o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, além de estudos experimentais, como a pesquisa sobre enchentes no Rio Grande do Sul em 2024.

Por fim, o IBGE retomou protagonismo internacional, ocupando assentos estratégicos em organismos como a Comissão de Estatística da ONU, o Conselho Estatístico da UNESCO e fóruns do G20, BRICS e Mercosul.

Para o período 2026–2030, o Plano Geral de Informações Estatísticas e Geocientíficas (PGIEG) prevê iniciativas tradicionais e inovadoras, incluindo quatro novos censos nacionais e a incorporação de inteligência artificial e ciência de dados de forma soberana, garantindo sigilo estatístico. A parceria com o Serpro busca reduzir a dependência de empresas estrangeiras.

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