Em Nova York, IBGE participa de reunião do Grupo das Nações Unidas de Especialistas em Nomes Geográficos
28/05/2025 09h03 | Atualizado em 28/05/2025 09h05

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) participou, entre os dias 28 de abril e 2 de maio, da Sessão de 2025 do Grupo de Especialistas em Nomes Geográficos da Organização das Nações Unidas (UNGEGN, na sigla em inglês), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e realizada em Nova York. A gerente de Nomes Geográficos da Coordenação de Cartografia, Ana Cristina da Rocha Berenger Resende, representou o IBGE no encontro, que teve como tema a Promoção da padronização de nomes geográficos por meio de soluções inclusivas, culturalmente sensíveis e fundamentadas em evidências, em apoio ao desenvolvimento sustentável.
O encontro teve como objetivo o diálogo entre os participantes sobre conhecimentos, boas práticas, normas e os avanços na gestão e padronização de nomes geográficos. A sessão visou, também, ressaltar o papel do Grupo das Nações Unidas de Especialistas em Nomes Geográficos como agente facilitador na proteção do patrimônio cultural e no apoio a aspectos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, além de criar uma plataforma para explorar como soluções inclusivas, culturalmente informadas e baseadas em evidências estão sendo utilizadas pelos Estados Membros para alcançar seus objetivos e apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A gerente de Nomes Geográficos, Ana Cristina da Rocha, destacou que o IBGE tem uma participação bastante ativa e destacada no Grupo, onde ela faz parte do Gabinete do Grupo como relatora, representando o Brasil na Presidência da Divisão dos Países de Língua Portuguesa. A Gerente Adjunta e a Gerente de Nomes Geográficos (DGC/CCAR) representam o país na Divisão da América Latina como representante principal e representante secundária, respectivamente.
“Tomando-se em conta que esse evento envolve, diretamente, discussões acerca das atividades relativas aos nomes geográficos, abordando todas as suas fases de padronização e disseminação, das quais advêm as resoluções e recomendações que norteiam o trabalho com nomes geográficos no IBGE, o intercâmbio de informações e experiências promovido no evento proporciona a atualização e o aumento de conhecimento sobre o tema, que se refletem na melhoria dos produtos da Instituição”, pontuou a gerente de Nomes Geográficos.
Ana Cristina da Rocha, explicou, ainda, que a participação ativa e o envolvimento do Brasil em trabalhos conjuntos com outros países no âmbito das Divisões podem enriquecer e facilitar a padronização nacional de nomes geográficos, além de aumentar positivamente a visibilidade do Brasil e do IBGE no cenário da padronização internacional de nomes geográficos. “Isso aumenta a possibilidade de se atrair investimentos e parcerias internacionais e nacionais para os projetos do IBGE”, destacou.
Entre os tópicos do Plano Estratégico e Programa de Trabalho 2021–2029 (WP&PoW) do Grupo de Especialistas que foram abordados durante a Sessão estão: nomes de lugares como apoio ao desenvolvimento sustentável, gestão de dados toponímicos e gazetteers (dicionário geográfico utilizado para identificar e localizar lugares específicos), sistemas de romanização, diversidade e inclusão, capacitação em toponímia e nomes geográficos como patrimônio cultural.
Manual de Coleta de Nomes Geográficos do IBGE
A gerente de Nomes Geográficos da Coordenação de Cartografia, Ana Cristina da Rocha participou da mesa redonda sobre Nomes Geográficos como Herança Cultural, onde falou sobre o Manual de Coleta de Nomes Geográficos do IBGE, lançado em julho de 2023, que recebeu destaque durante a discussão do tema Tecnologia, inovação e normas para a gestão de nomes geográficos, do Diálogo Nacional, quando países selecionados apresentaram suas iniciativas relacionadas aos temas da Agenda do evento.
Ana Cristina da Rocha explicou que o Manual foi elogiado por sua completude na descrição do procedimento de coleta e pelo foco na preservação da herança cultural por meio do trabalho com os nomes geográficos. “Foi também elogiada a maneira com que esse foco se reflete na flexibilidade do método apresentado, que independe de ferramentas digitais, e a acessibilidade de sua linguagem, permitindo sua aplicação por grupos minoritários e comunidades tradicionais, independentemente do grau de escolaridade de seus membros, inclusive em ambientes escolares, com poucos recursos financeiros”, pontuou.