O IBGE apresentou hoje (04/04) o primeiro balanço da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), em coletiva pública realizada na Casa Brasil IBGE, no centro do Rio de Janeiro (RJ). O evento teve um pool de transmissão a partir de Fortaleza (CE) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), e foi reproduzido em Porto Alegre (RS) e Natal (RN), além de contar com transmissão ao vivo pelo IBGE digital e demais redes do Instituto.

A mesa de abertura teve a participação do presidente do IBGE, Marcio Pochmann, por meio de um vídeo gravado, assim como a participação de Edson Vieira, superintendente do IBGE em Goiás, Marcelo Melo, superintendente do Instituto no Maranhão, Mário Frazeto, do Mato Grosso do Sul, José Renato de Almeida, do Rio Grande do Sul, Francisco Garrido, de São Paulo, Rúbia Lenza, de Minas Gerais, e Marianna Moura, superintendente-adjunta do Instituto no estado de Sergipe. O coordenador do Centro de Documentação e Disseminação de Informações e Coordenação de Comunicação Social (CDDI CCS), Daniel Castro, ficou responsável pela mediação.

Pochmann ressaltou o objetivo da POF, uma pesquisa que visita mais de 100 mil domicílios brasileiros para descobrir o que os cidadãos consomem e como gastam os seus orçamentos. “Esse levantamento é imprescindível para o Brasil aferir melhor a inflação, o custo de vida, esta pesquisa contribui para entender melhor como está a qualidade de vida dos brasileiros e saber, por exemplo, se há ou não insuficiência alimentar”, destacou o presidente do Instituto.

Os superintendentes presentes na divulgação aproveitaram para evidenciar a importância da POF na formulação de políticas públicas, como citou Edson Vieira. “Essa pesquisa é fundamental não só para a inflação, mas também para apurar melhor as contas nacionais, pois o consumo das famílias é o componente de maior peso no Produto Interno Bruto (PIB), representando 65% sob a ótica da demanda”, explicou o superintendente do IBGE em Goiás.

Balanço da Pesquisa de Orçamentos Familiares

A divulgação contou com a participação do Diretor de Pesquisas do IBGE, Gustavo Junger, da Coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, e do Gerente da POF, Leonardo Santos de Oliveira, assim como dos demais técnicos que atuam no planejamento, execução e acompanhamento da pesquisa.

Gustavo Junger, diretor de Pesquisas do Instituto, explicou que a POF pode ser o início de um processo de transformação no país. “Esta pesquisa contribui ao fornecer dados para a formulação de políticas públicas, necessárias para alterar a realidade. A POF também é essencial para o cálculo da inflação e das contas nacionais”, destacou Junger.

Coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, comparou a POF com uma maratona. “Neste momento, a pesquisa está no meio do caminho e é fundamental sua conclusão. A última edição da POF foi no período 2017-2018, ainda num momento pré-pandemia, que impactou mudanças nos hábitos pessoais e familiares, o que será apontado neste levantamento”.

Beringuy apontou, ainda, a importância do avanço tecnológico. “O crescimento das redes sociais e de novas formas de trabalho, como o trabalho por aplicativo, geram impactos sociais relevantes que serão trabalhados na POF”, salientou a coordenadora.

A POF tem, ao total, quatro etapas; a primeira está em campo desde novembro de 2024. Esta pesquisa é a base da pesquisa de inflação e subsidia vários indicadores nacionais, além de ser uma referência internacional da economia do Brasil, por captar o histórico e o presente de consumo da população.

Leonardo Oliveira, gerente da POF, trouxe o andamento da pesquisa e reiterou os processos para sua realização, explicados em coletiva pública em novembro de 2024. “A POF teve sua realização iniciada em novembro de 2024 e sua conclusão está planejada para novembro de 2025. Até o momento, 36.759 dos 103.145 domicílios já foram visitados, o que representa 35,6% do total. Entre as maiores porcentagens, estão o Distrito Federal (37,6%), Paraná (36,8%) e Minas Gerais (36,7%)”, disse o gerente da POF.

Oliveira apontou as principais novidades abordadas na pesquisa para a atual edição, como o acesso a serviços financeiros, avaliações subjetivas, histórico familiar, acesso à informação, pessoas com deficiência, identidade de gênero e orientação sexual. Ao todo, a POF realizará sete questionários com os temas: características dos domicílios e dos moradores, aquisição coletiva, caderneta de aquisição coletiva, aquisição individual, trabalho e rendimento individual, condições de vida e consumo alimentar pessoal.

O gerente ainda explicou o teste de uso do tempo, processo que acontecerá na última etapa da pesquisa. “Uma Unidade da Federação de cada região será a responsável por receber este teste, com aproximadamente dois terços de localidades urbanas de um total de 3.720 domicílios. No Sudeste, por exemplo, São Paulo será essa UF, com 1.120 domicílios, sendo 864 deles na zona urbana”, completou Oliveira.

Inauguração da Livraria do IBGE

Durante o evento, o IBGE inaugurou um novo espaço dentro do Palácio da Fazenda. No primeiro andar do prédio, está localizada a Livraria do IBGE, onde estão disponíveis materiais como atlas, mapas e publicações oficiais do Instituto, sendo um local de disseminação das informações e acesso a todas as informações estatísticas e geocientíficas produzidas pelo Instituto.

Site da Pesquisa de Orçamentos Familiares

O coordenador de Experiência e Serviços On-line (CDDI/CEON), Leandro Albertini, fez a apresentação da página eletrônica da POF, com o intuito de disseminar as informações a respeito da pesquisa, respondendo dúvidas como: O que é a POF, para que serve, os temas pesquisados, base para estudos, metodologia e periodicidade. O site pode ser encontrado aqui.

Concurso de vídeos curtos sobre a POF

Marcos Balster, gerente de Assuntos Educacionais do Instituto, anunciou o lançamento de editais para um concurso de vídeos curtos a respeito da POF. “A ideia é criar uma trend para as redes sociais. Nestes vídeos curtos, as pessoas irão mostrar suas aquisições de educação e transporte, por exemplo. Com isso, pretendemos tornar a pesquisa ainda mais conhecida pela população, disseminando a informação e sensibilizando as pessoas”, explicou o gerente.

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