IBGE divulga caderno de Mapas e Meio Ambiente da publicação Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20
14/11/2024 18h40 | Atualizado em 14/11/2024 18h40
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (14), o segundo caderno da publicação “Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20”, em evento no Palácio da Fazenda, localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Esta publicação apresenta os cadernos de Mapas e de Meio Ambiente, além de indicadores das ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável), com dados sobre a preservação de biomas e ecossistemas de países do G20, dentre eles, o Brasil.
O evento contou com a participação do Presidente do IBGE, Márcio Pochmann, com a coordenadora-adjunta do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE, Maria do Carmo Bueno, com a Mestre em Meteorologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), Agatha Tommasi, com a Coordenadora do Projeto Agenda 2030 e gerente de Relações Institucionais do IBGE, Denise Kronemberger, e com a participação do Gerente de Meio Ambiente e Geografia da Superintendência do Distrito Federal, Leonardo Bergamini. E teve a mediação de Daniel Castro, coordenador geral do CDDI e CCS.
Para o Presidente do IBGE Márcio Pochmann, a iniciativa consagra a liderança do Brasil frente ao encontro do G20, de forma simultânea aos esforços do governo brasileiro frente às ODS. Além disso, ressaltou que essa é a quarta iniciativa do Instituto quanto ao diálogo do G20. Segundo ele, as realidades não são “específicas dos países não desenvolvidos, mas também dos países do norte global”, de acordo com os estudos apresentados até aqui.
De acordo com Maria do Carmo Bueno, a seção especial dos mapas, somente representando as ODS, significa a vontade que o órgão tinha em integrar os cadernos de Mapas e de Meio Ambiente. E que essa expansão dos estudos das ODS permitiu a construção do especial. “Sempre dizem que um gráfico, um mapa é melhor do que mil palavras. Se consegue explicar as diferenças, consegue fazer uma comparação, até imediata”, disse Bueno.
Agatha Tommasi, mestre em Meteorologia pela PUC-Rio afirma que a Agenda 2030 “simboliza mais do que tudo, é a possibilidade de ser um grande guia. O fato da população conseguir entender a gravidade dos problemas que temos, não conseguir diminuir as emissões, se não tomar providências urgentes”.
Já para Denise Kronemberger, o lançamento dos cadernos visa contribuir para o debate central da Agenda 2030, sendo ele a construção de um planeta justo e sustentável. Ela ainda mostrou que o caderno de Meio Ambiente conversa com as ODS 11 (Cidades e comunidades sustentáveis), 12 (Consumo e produção responsáveis), 13 (Ação contra a mudança global do clima) e 14 (Vida na água).
“O princípio da agenda 2030 é exatamente a universalidade, a integração entre todos os ODS e é esse olhar que nós precisamos de ter para a agenda e da agenda com outras agendas como nós estamos mostrando”, de acordo com Kronenberger. Ela ainda afirma que o IBGE vem fazendo um trabalho de produção dos indicadores ODS de forma colaborativa com ministérios e agências vinculadas aos ministérios, com o trabalho das informações oficiais.
Já o gerente de Meio Ambiente e de Geografia Leonardo Bergamini aponta que a sinergia é propriamente a apresentação dos dados das ODS com o caderno do Meio Ambiente. Ele destaca os esforços por uma bioeconomia “como uma mudança de paradigma, entender o sistema econômico, vislumbrar um sistema econômico que usa esses recursos biológicos, recursos biológicos renováveis, mas garantindo essa produção de bens, serviços, energia, de um modo sustentável e eficiente.”
Leonardo, no evento desta quinta, destacou três pilares para trabalhar a bioeconomia: ciência, tecnologia, inovação; uso sustentável da biodiversidade; bioeconomia para promover o desenvolvimento sustentável.
De acordo com sua apresentação, o caderno foca nas ODS 6 (Água limpa e saneamento) e na ODS 14 (Vida na Água). “O Brasil também se destaca bem entre os países do G20, com uma boa proporção do seu território protegido”, afirma Bergamini.
“A gente está crescendo, está conseguindo criar novas áreas protegidas e também áreas florestais sobre o sistema de certificação para manejo sustentável, no qual também teve um grande boom de 2000 para 2010, e está com tendência de crescimento. Um outro ponto importante é a questão da conservação sustentável dos recursos biológicos e a questão da relação de benefícios da biodiversidade”, ainda destaca Leonardo Bergamini.
Para finalizar o evento, o presidente do IBGE valorizou o Instituto como o propulsor de informações e dados sobre meio ambiente, mapas e economia ao longo dos 88 anos de existência do órgão. “A gente tem um desafio enorme, que é a comunicação na Agenda, de traduzir ela. Então, esse trabalho que vocês apresentam hoje aqui é um trabalho importantíssimo para que a gente possa avançar nesse sentido da compreensão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirma Pochmann.
Visando discutir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, 5⁰ Reunião Ordinária da Comissão Nacional é realizada no Palácio da Fazenda
A 5⁰ Reunião Ordinária da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) foi realizada na manhã desta quinta-feira (14) no auditório do Palácio da Fazenda, no Rio de Janeiro (RJ). O evento, promovido pela Secretaria Executiva da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria-Geral da Presidência da República (CNODS/SG/PR), contou com a presença de representantes da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e de vários órgãos e Ministérios para discutir os ODSs.
Os três temas principais da Reunião foram: "Estratégias, parcerias, meios de implementação e financiamento"; "Localização e Territorialidade" e "Inclusão, diversidade, e Desenvolvimento Sustentável".
“Nós temos uma Comissão que é de natureza paritária, temos o Governo e a sociedade civil ocupando o mesmo espaço. Só conseguimos avançar naquilo que precisamos para alavancar o Desenvolvimento Sustentável e os ODS a partir que a gente consegue construir esses consensos. As reuniões ordinárias, assim como como as extraordinárias, são fundamentais para que a gente possa evoluir nesse trabalho de construir consenso em torno da Agenda 2030 e avançar nosso plano executivo que já está bem estabelecido”, pontuou o Secretário Executivo da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Lavito Bacarissa.
A Coordenadora do projeto Agenda 2030, Denise Kronemberger, explicou que o IBGE é o órgão de assessoramento técnico da Comissão Nacional dos ODSs, junto com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada em Centro (IPEA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “O nosso papel é de monitoramento da Agenda 2030, o IBGE reúne todas as informações que estão dispersas em diferentes Ministérios e Agências vinculados aos Ministérios e usa nossas próprias pesquisas para produção dos indicadores para o monitoramento dessa Agenda. Nosso papel é de produzir a informação porque o indicador vai ajudar na realização dos diálogos”.
Foram apresentadas, também, as seis Câmaras Técnicas (CT): "Estratégias, Parcerias, Meios de Implementação e Financiamento"; "Mobilização, Disseminação e Conscientização"; "Inclusão, Diversidade e Desenvolvimento Sustentável"; "Localização e Territorialidade"; "Povos, Comunidades Tradicionais e População Indígena" e "ODS18".
“Hoje aqui a gente teve também uma satisfação enorme de ver os lançamentos dos cadernos do IBGE, porque os cadernos, somados a outros instrumentos que temos incentivado a publicação e a divulgação, são importantíssimos para nos apoiar na questão da comunicação da Agenda, traduzir bem essa agenda para a população, sobretudo num país que é tão diverso como o Brasil, e na questão do monitoramento dos ODSs para a gente saber que caminho devemos caminhar”, concluiu Lavito Bacarissa.