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IBGE participa de Seminário sobre gestão de dados na Unicamp, em Campinas (SP)

Editoria: IBGE | Caio Belandi

24/05/2024 16h40 | Atualizado em 24/05/2024 16h46

O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, participou nesta quinta-feira, 23, do Seminário Sustentabilidade em Universidades: Gestão e Indicadores, realizado no Centro de Convenções da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O evento teve como objetivo reunir as principais representações nacionais sobre o tema, discutindo as preocupações ambientais das universidades, a estrutura organizacional da gestão sustentável em universidades, as áreas de atuação, os indicadores de sustentabilidade, os dados e armazenamento de informações sobre sustentabilidade, o georreferenciamento e as geotecnologias aplicadas às ações de sustentabilidade, gestão e planejamento em universidades.

Na abertura de sua fala, Pochmann frisou a necessidade de discutir uma gestão de sustentabilidade apoiada em dados, a partir de um tema “extremamente atual, instigante e desafiador". “Trabalhamos com a hipótese de que o Brasil vive uma inflexão histórica, uma aceleração do tempo presente. Dessa forma, realizamos uma reflexão aprofundada dos métodos que utilizamos não somente nas pesquisas, mas na Educação, na gestão privada e na gestão pública,” destacou Pochmann.

O presidente do IBGE também citou as tragédias climáticas, como a que comete o Rio Grande do Sul, para reforçar a necessidade da criação do Sistema Nacional de Geociências, Estatística e Dados (SINGED) e retomar a soberania dos dados “O país não tem (soberania dos dados) hoje. Dependemos de redes sociais, das big techs, empresas que não são brasileiras e que são obrigadas a repassar dados para seu país de origem, pela lei de lá”, afirmou.

Durante sua palestra, Pochmann reconheceu que o modelo do IBGE em relação às pesquisas e estatísticas precisa ser repensado e adequado aos tempos atuais. “Fazemos essa reflexão internamente, mas também em interlocução com a sociedade, produtores e consumidores de dados públicos e privados. Nos perguntamos: a forma que produzimos, o que produzimos, está adequado?”, indagou, aproveitando para convidar quem assistia a participar da Conferência Nacional dos Agentes Produtores e Usuários de Dados - Soberania Nacional em Geociências, Estatísticas e Dados, da série CONFEST/CONFEGE, que vai reunir agentes produtores e usuários de dados na cidade do Rio de Janeiro (RJ), entre 29 de julho e 2 de agosto de 2024, para discutir riscos e oportunidades do Brasil na Era Digital.

"Temos que retomar a visão dos brasileiros que criaram o IBGE na década de 1930, quando foi criado para coordenar todos os dados oficiais do país. A integração dos dados federais, por exemplo, para ser utilizado em conjunto pelos governantes para cruzar dados do emprego com educação”, exemplificou.

Ao finalizar sua fala, o presidente do IBGE citou o projeto Diálogos e a tentativa de conscientizar os servidores e profissionais do Instituto sobre os novos tempos. “Precisamos estar conscientes do papel que podemos vir a ter num contexto de soberania de dados. O IBGE deve estar adequado a essa realidade”, finalizou.