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Geociências

IBGE lança segunda edição do 68º volume da Revista Brasileira de Geografia

Editoria: Geociências | Esther Gama

25/04/2024 10h00 | Atualizado em 25/04/2024 10h31

  • Destaques

  • O segundo número do 68º volume da Revista Brasileira de Geografia (RBG) traz três artigos e duas entrevistas.  
  • Destaca, ainda, a publicação recente da Coordenação de Geografia do IBGE:  Nota Metodológica nº 1 De Aglomerados Subnormais para Favelas e Comunidades Urbanas: A construção de uma nova abordagem do IBGE sobre os territórios populares.  
  • O principal destaque desta edição é o artigo que traz uma discussão teórica sobre a questão territorial de culturas tradicionais presentes na sociedade brasileira.   
  • A segunda edição pode ser acessada através do link disponível aqui.  
  • A primeira edição do volume 68 da Revista Brasileira de Geografia foi publicada em setembro de 2023.
O artigo usa imagens de satélite para análise espacial na área da saúde, identificando possíveis áreas propensas à criação de mosquitos Aedes aegypti. - Foto: Arte sobre foto Freepik

O IBGE lançou hoje (25) a segunda edição do volume 68 da Revista Brasileira de Geografia (RBG). Essa nova edição conta com três artigos que tratam sobre a territorialidade indígena e contatos interétnicos; a questão do uso de imagens de satélite para a detecção de áreas potenciais para o aparecimento do mosquito aedes aegypti; e sobre o impacto da pandemia de COVID-19 nos municípios de Minas Gerais de acordo com seu índice de vulnerabilidade social. Além de duas entrevistas com cartógrafos e geógrafos e uma Nota Metodológica da Coordenação de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.

“O foco da Revista é mostrar como diferentes áreas de conhecimento têm se apropriado da análise espacial, principalmente a partir dos avanços tecnológicos de ferramentas como as imagens de satélite e os softwares de mapeamento. No número anterior, houve uma análise espacial sobre a questão agrária, em que um artigo comparou os impactos de alguns assentamentos do ponto de vista socioambiental. Essa segunda edição de 2023 tem uma discussão teórica muito importante sobre a dimensão territorial de culturas tradicionais presentes na sociedade brasileira”, explica a editora-executiva da revista, Maria Lúcia Vilarinhos.

Com o tema “territorialidade indígena e contatos interétnicos”, o primeiro artigo presente nesta edição contempla um ponto de vista da geografia e da antropologia social utilizando as noções de territorialização e situação social, e propõe o conceito de situação territorial. O artigo é assinado por Fernando Souza Damasco, mestre e doutorando em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Fernando está à frente da Gerência de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas e é um dos técnicos responsáveis pelo projeto sobre Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs).

O objetivo do artigo é compreender a importância desses processos para auxiliar o estabelecimento de políticas públicas que alcancem os indígenas nas diversas situações territoriais em que se encontram, além de chamar a atenção para as incompreensões e preconceitos que afetam o trato com esses segmentos da sociedade brasileira. Para Maria Lúcia Vilarinhos, “o diferencial do artigo é trazer uma reflexão do impacto da questão territorial sobre a vida das pessoas desses grupos”.

Já o segundo artigo trata da questão do uso de imagens de satélite para a detecção de áreas potenciais para o aparecimento do mosquito Aedes aegypti em zonas urbanas. Escrito por Israel Henrique Ribeiro Rios, graduado em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (UFBA), e doutorando em Saúde Global e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), o artigo delimita a área de pesquisa do trabalho a um bairro residencial de Campinas (SP). O estudo mostra a importância da ampliação do uso de imagens nos mais diferentes aspectos da vida cotidiana, com ênfase para suas possibilidades no campo da saúde pública. O artigo é a capa dessa edição da RBG.

O artigo usa imagens de satélite para análise espacial na área da saúde, identificando possíveis áreas propensas à criação de mosquitos Aedes aegypti - Fonte:Israel Henrique Ribeiro Rios

O terceiro artigo é assinado por Júlia Marchesin Caetano, formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), e mestre em População, Território e Estatísticas Públicas pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE) e Thaís Cristina Oliveira da Fonseca, graduada e mestre em Estatísticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e doutora em Estatísticas pela University of Warwick, UK (Reino Unido). O artigo utiliza ferramentas estatísticas e de análise espacial para criar um indicador de vulnerabilidade social, mostrando os locais mais suscetíveis aos efeitos danosos da pandemia de COVID-19 no estado de Minas Gerais.

O segundo número do 68º volume da RBG traz ainda uma entrevista com a geógrafa Maria Monica Vieira Caetano O’Neill, graduada, mestre e doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e responsável por importantes projetos desenvolvidos na Coordenação de Geografia do IBGE, abrangendo temas de regionalização e urbanização. Monica conta com trajetória de mais de 40 anos no IBGE e é reconhecida dentro do Instituto e na área acadêmica.

Há também uma entrevista realizada com Leonardo Scharth, cartógrafo formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com mestrado em Engenharia Cartográfica/Geomática, doutorado em Ciências Geodésicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), e eleito vice-presidente da “Regional Américas do Global Geoespacial Information Management” da ONU – GGIM, e com Claudio Stenner, graduado em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora, mestre em Geografia pela UFRJ e presidente do Grupo de Especialistas em Integração de Informações Estatísticas e Geoespaciais do GGIM. A entrevista aborda a importância dessas instâncias da ONU, suas atribuições e a participação do IBGE nesses fóruns.

A última sessão da Revista divulga todos os produtos de geociências que foram lançados no período entre uma edição e outra. Entre eles, a Coordenação de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE divulga a Nota Metodológica De Aglomerados Subnormais para Favelas e Comunidades Urbanas: “A construção de uma nova abordagem do IBGE sobre os territórios populares”. A Nota foi publicada em janeiro de 2024 e traz o resumo do Seminário promovido pela Coordenação de Geografia do IBGE, em setembro de 2023, em parceria com outras instituições, pesquisadores, ministérios, comunidades, observatórios e entidades representativas.

Sobre a Revista Brasileira de Geografia

Editada pelo IBGE, a Revista Brasileira de Geografia (RBG) é uma das mais antigas e respeitadas publicações técnico-científicas brasileiras na área de Geografia e ciências afins. Com pequenas interrupções, a RBG foi publicada quadrimestralmente por quase 70 anos, entre 1939 e 2006, sendo considerada um periódico de referência. Muitos de seus artigos abriram importantes fronteiras de conhecimento, tornando-se clássicos, tanto no país quanto no exterior. Em 2016, o Instituto voltou a publicar a revista em novo formato — como edição eletrônica semestral.