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Diálogos Externos

UFSC sediou segunda edição do Diálogos Externos IBGE 90 Anos em Florianópolis

Editoria: IBGE

21/03/2024 09h51 | Atualizado em 21/03/2024 09h56

Cerca de 80 pessoas participaram da segunda edição dos Diálogos Externos IBGE 90 anos, em Florianópolis

Mais de 80 pessoas lotaram o auditório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, para participar ativamente da segunda edição do projeto Diálogos Externos IBGE 90 Anos, nesta quarta-feira, 20. Ao longo de duas horas, a plateia, formada principalmente por professores, pesquisadores e alunos da universidade, conversou com profissionais do IBGE sobre novos temas de pesquisa, atualização de bases de dados, disseminação de informações, mapeamento do território, dentre outros assuntos. O evento foi transmitido ao vivo pelo portal do IBGE.

A mesa de interlocutores dos Diálogos contou com a participação da diretora de Pesquisas do IBGE, Elizabeth Hypolito; da diretora de Geociências do IBGE, Ivone Lopes Batista; do diretor de Tecnologia e Informação do IBGE, Marcos Mazoni; do superintendente do IBGE em Santa Catarina, Roberto Kem Gomes; da vice-reitora da UFSC, Joana Célia Passos; e do pró-reitor de pesquisa da UFSC, Jacques Mick.

Técnicos do IBGE responderam perguntas da plateia e discutiram questões de interesse da sociedade

“É uma oportunidade de diálogo para o IBGE se comunicar com a sociedade para ela dizer como recebe as informações que o instituto produz. O IBGE, que se aproxima dos seus 90 anos, está preocupado com a produção do conhecimento e em disseminar sua produção, que hoje chega a 314 produtos por ano. Espero que o IBGE e seus produtos possam contribuir para transformar a sociedade brasileira”, disse o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, em mensagem de vídeo exibida na abertura do evento.

Já a vice-reitora da UFSC, afirmou ser uma honra receber o IBGE institucionalmente, pois as informações produzidas pelo instituto já fazem parte do cotidiano de trabalho da universidade: “É importante discutir e projetar o que será do IBGE daqui para frente. Quando o IBGE retrata o Brasil, nos possibilita formular políticas públicas”. Ela também ressaltou a alegria de estar em uma mesa ao lado de mulheres diretoras e diante de um público diverso que compareceu ao evento.

Com os Diálogos Externos IBGE 90 Anos, o instituto dá continuidade ao projeto Diálogos IBGE 90 Anos, lançado em agosto de 2023, que tem como objetivo refletir sobre a memória construída ao longo de quase nove décadas de atuação do órgão, além de pensar diretrizes para um novo IBGE. A novidade é que com os Diálogos externos, o IBGE busca a participação da sociedade, envolvendo o poder público (União, estados e municípios), legisladores, entidades profissionais, representações coletivas, estudantes, entre outros.

Os Diálogos Externos serão realizados nas 27 capitais, com a coorganização das superintendências estaduais do IBGE e em parceira com o poder público local, bem como com o apoio das entidades da sociedade que colaboram com informações para a construção de indicadores, realização de eventos e ações do IBGE em cada estado. A primeira edição do evento aconteceu em Palmas (TO), em fevereiro, e contou com a parceria da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Representantes da sociedade civil, como lideranças LGBTQIA+,  sugeriram novos recortes temáticos para pesquisas do IBGE

Conexão do IBGE com a sociedade

Para Jacques Mick, a UFSC vive um momento de relação intensa de cooperação com o governo federal e vai estender essa cooperação ao IBGE, realizando uma troca de competências e de habilidades capazes de fazer o bem para a sociedade brasileira. Nessa linha, Ivone Lopes pontuou a importância de aproximar a produção do IBGE da comunidade acadêmica que demanda dados para pesquisa e desenvolvimento de projetos.

No entanto, para o IBGE há a preocupação com a relevância das informações estatísticas e geocientíficas disponibilizadas. “É necessário a produção de informações que permitam a geração de políticas públicas, que sejam impactantes na melhoria da qualidade de vida de todos”, avalia Marcos Mazoni. Para Elizabeth Hypolito, é essencial que se produzam dados seguindo os princípios fundamentais das estatísticas oficiais: “é importante pensar na relevância [dessas estatísticas], se atendem as necessidades dos usuários, para isso devemos escutar e entender suas necessidades”.

Dentre as questões levantadas pelos participantes para os representantes do IBGE, sugestões de novos temas de pesquisa e o aprofundamento de outros já pesquisados tiveram destaque, como questões relacionadas a recortes de cor ou raça e de gênero. Também foram discutidas possibilidades de mapeamentos territoriais, de vegetação e de biomas, atualização de informações, cronograma de divulgação dos resultados do Censo 2022 e disponibilização de materiais didáticos para escolas, como Atlas e mapas educativos.

“Estou aguardando mais informações do último Censo, sobretudo os microdados. Vejo esse encontro como o momento de duas entidades que estão voltando se aproximar. Na geografia, utilizamos muito os dados do IBGE. São muito importantes para fundamentar nossas pesquisas, especialmente as pesquisas mais básicas com os estudantes de graduação”, comenta Orlando Ferretti, professor do departamento de geociências da UFSC.

No encerramento do evento, a vice-reitora da UFSC destacou a relevância do Diálogos. “Agradeço ao IBGE por ter vindo até nós e ter assegurado essa possibilidade de diálogo. Quando as sociedades de Estado ouvem a sociedade, é possível a gente avançar e fortalecer o trabalho a ser feito, modificar a realidade e continuar caminhando. Então, são quase 90 anos do IBGE e estou achando lindo porque já estou pensando nos 100 anos”, conclui.