Educação
IBGE realiza oficina para terceira turma do curso “Políticas públicas na era digital: Dominando os dados do IBGE”
19/03/2024 17h35 | Atualizado em 19/03/2024 17h35
O IBGE apresentou nesta segunda-feira, 18, a terceira turma da oficina com o tema “Políticas públicas na era digital: Dominando os dados do IBGE”, com transmissão virtual, por meio do Webex, para mais de 200 participantes. O curso é voltado para gestores públicos municipais e estaduais com objetivo de prepará-los para usar as ferramentas do Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) e é ministrado pela Escola Virtual da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) do IBGE.
O coordenador-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), Paulo Jannuzzi, o coordenador-geral da Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI/CCS), Daniel Castro, o diretor de Tecnologia e Informação (DTI), Marcos Mazzoni, e os analistas Felipe Barreiro, Renata Corrêa e Vinicius Ferreira, além do tecnologista Rodrigo Almeida, ministraram o curso.
“Esta oficina que vocês estão participando é muito importante não só para entenderem as ferramentas com que o IBGE trabalha, como o SIDRA, mas também para compreender o uso delas para a sociedade. Este curso vai ajudá-los a entender este processo dentro da área pública e em como podem utilizar as ferramentas do Instituto, não só no enfrentamento dos riscos da área digital, mas também para colher as oportunidades deste segmento”, disse Castro, ao dar as boas-vindas aos presentes.
Paulo Jannuzzi, coordenador-geral da ENCE, ressaltou o papel da transmissão das informações do IBGE no fomento das políticas públicas. “Procuramos ter mais um canal de disseminação de dados que o IBGE produz cotidianamente para uso da sociedade, dos gestores públicos, das empresas e de todo o conjunto de usuários. As políticas públicas demandam muita informação para serem implementadas e obterem sucesso. São esses, então, os objetivos por trás desta oficina, permitindo que vocês conheçam melhor o nosso acervo de informações e que os gestores entendam melhores as necessidades das políticas públicas”.
Na sequência, Marcos Mazoni explicou a transformação do uso da tecnologia na sociedade, ressaltando seu papel no setor público. “Estamos diante de novas oportunidades e de novas ameaças. A área de tecnologia foi utilizada inicialmente na realização de cálculos de muito volume, em serviços como folha de pagamento e contabilidade. Atualmente, temos uma visão mais abrangente do uso da tecnologia no que diz respeito à cidadania. Hoje não é mais o usuário navegando para cada sistema, mas os sistemas navegando em torno do cidadão”, disse Mazoni. Ele ainda salientou a missão deste curso. “Nosso objetivo é criar uma rede, disponibilizando ambientes de cooperação, onde possamos juntos construir uma sociedade mais forte e de melhor aproveitamento da sua população”, concluiu o diretor da DTI.
Após as falas inicias dos diretores, os analistas apresentaram aos presentes as funções do Portal IBGE e todos os seus respectivos canais. Analista de planejamento da Coordenação de Experiência e Serviços On-line (CDDI/CEON), Felipe Barreiro mostrou ao público as ferramentas do portal do Instituto como acesso aos indicadores por estado, agência de notícias e comunicados publicados. “Esta oficina é principalmente para o público leigo, vamos mostrar que alguns dados que vocês pagavam para obter, podem ser obtidos de maneira gratuita. Muitos se perguntam o que é o IBGE, um instituto que é a principal fonte de dados geocientíficos do país. E a nossa missão é retratar o Brasil com informações necessárias para o fornecimento da sua realidade e o exercício da cidadania”, disse Barreiro.
Em seguida, Rodrigo Almeida, tecnologista do CDDI/CEON, apresentou as propriedades do Canal Cidades, que organiza as informações do IBGE por estado e município. “A gente consegue fazer comparações com outros municípios e estados. Aqui vemos a coluna do Rio de Janeiro, mas podemos comparar com os dados de São Paulo, como população, número de casamentos e de nascidos vivos”, explicou Almeida. Dentro da plataforma, é possível observar a posição do ranking destas cidades e estados, em cada dado disponível, como registros civis. Com dados disponibilizados pela ONU, o site Países é usado para realizar comparações com outros países, como México e Índia, sendo possível ver uma síntese sobre cada país e o ranking de dados econômicos, populacionais, sociais e de meio ambiente.
Ele também apresentou o site Panorama, que sintetizada dados de cada região, ilustrado com pirâmides etárias, números sobre cor e raça e gráficos representado a população e a divisão por gênero, por exemplo, além de mapas interativos. Outra plataforma apresentada foi a Nomes, com os dados sobre os nomes mais usados no país, de acordo com o Censo 2010, por cidade e estado.
Almeida trouxe ainda um panorama sobre a Biblioteca IBGE e a Loja IBGE, produtos que permitem a localização de pesquisas produzidas pelo Instituto e livros para venda, respectivamente, e os Canais de Atendimento, nos quais os usuários podem tirar dúvidas sobre quaisquer dados produzidos pelo Instituto.
Renata Corrêa, analista da Coordenação de Marketing (CDDI/COMAR), explicou o surgimento do IBGEeduca, plataforma de transmissão de informações de forma que atinja o público mais jovem. “Temos um volume muito grande de informação em comparação às gerações passadas, mas não temos controle de qualidade. Os jovens hoje compartilham muitas informações e alguns até são produtores de conteúdo e o IBGE tem um papel muito grande na difusão destes dados. Para isso, foi criado o IBGEeduca, portal do Instituto voltado para a educação com conteúdos lúdicos e atualizados, visados para as crianças, jovens e também professores”, disse Renata. A analista ainda apresentou alguns produtos dentro da plataforma. “Temos uma área de brincadeiras, voltada para jogos e narrativas com personagens contados por histórias em quadrinhos. Um dos jogos é o Desafio da Independência, realizado em comemoração dos 200 anos do 7 de setembro”, explicou Renata.
Além dos mapas interativos e quadrinhos, o IBGEeduca também apresenta matérias especiais, com a linguagem apropriada para o seu público-alvo, além de um material de apoio. Renata ainda apresentou algumas atividades de sensibilização como a realizada no Censo 2022 com a população quilombola e indígena, através da criação de personagens e vídeos. “Um país que se conhece tem a ganhar”, concluiu a analista.
No encerramento da oficina, Vinícius Pereira, analista da DTI, apresentou as ferramentas do SIDRA, sistema que permite ao usuário acessar os dados de pesquisas realizadas pelo IBGE, visualizando por meio de quadros, gráficos e cartogramas. “Todo dado está organizado em uma determinada estrutura e esta estrutura está apresentada em alguma pesquisa”, explicou Pereira. Para exemplificar, o analista utilizou a PNAD Contínua, pesquisa que produz indicadores para acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho. “Embora aqui tenha informação, não tem toda ela aqui. O SIDRA é uma versão resumida da apresentação dos dados”, concluiu o analista. O sistema contém informações como metodologia, temas, unidades de informação e períodos de referência relacionados a cada pesquisa.
“As tabelas são organizadas considerando que os usuários não conseguem acessar todos os dados. Algumas planilhas agregam até 50 milhões de dados”, disse Vinicius Pereira, que também ensinou aos gestores o processo para recebimento de notificações no momento da publicação destas no SIDRA.
“Temos diferentes tipos de usuário no SIDRA, desde estudantes do Ensino Médio a gestores públicos. Por isso, os dados sempre aparecem de forma resumida. O IBGE também preza pela pontualidade, publicando os dados no horário corretamente, pois são dados importantes ao país”, completou Pereira.