Diálogos Institucionais
Em Brasília, IBGE articula parcerias em nova rodada dos Diálogos Institucionais
22/02/2024 12h00 | Atualizado em 22/02/2024 13h42
Quatro ministérios, uma Agência reguladora e uma Fundação foram os órgãos visitados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 21, em Brasília, em nova rodada de reuniões dos Diálogos Institucionais, parte do Projeto Diálogos IBGE 90 Anos.
No ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a ministra Luciana Santos e equipe estiveram reunidos com o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, e o assessor especial Denis Maracci, com o objetivo de avaliar ações e pesquisas conjuntas com foco na integração de dados da rede de pesquisa em ciência e tecnologia, no Brasil e no exterior. “O IBGE trouxe aqui demandas convergentes, precisamos melhorar nossa base de dados para a tomada de decisões no país, desde a economia, passando por uma percepção dos serviços dos nossos programas, e do esforço que precisamos fazer para atrair os cérebros brasileiros que estão espalhados pelo mundo”, disse a ministra do MCTI.
Já no Ministério da Agricultura e Pecuária, os temas do Censo Agropecuário, previsto para 2026, além do levantamento do perfil dos produtores e colaboração de órgãos do ministério, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o IBGE foram tratados na reunião, conforme destaca o ministro Carlos Fávaro. “Nossa parceria com o IBGE é histórica, o IBGE dá o norte para as políticas públicas. Hoje começamos a planejar um termo de referência para que possamos trabalhar junto no Censo Agro, e pensar pesquisas sobre os anseios do homem do campo, metodologias de captação alinhadas com a Conab, entre outras possibilidades”, afirmou o ministro da Agricultura.
Amazônia, sustentabilidade e avanços nas políticas para o setor pesqueiro nacional estiveram na pauta da primeira reunião entre o IBGE e o Ministério da Pesca e Aquicultura. “Há muitas ações das secretarias nacionais do ministério da Pesca e Aquicultura que podem ser feitas em parceria, utilizando os dados, informações e expertise que o IBGE tem. As nossas equipes agora vão trabalhar para identificar os pontos em que podemos atuar conjuntamente. O IBGE cumpre um papel fundamental, é impossível planejar sem ter a parceria do IBGE, então esta foi uma primeira reunião, muito positiva, de muitas que vamos ter para desenvolver ações em parceria”, salientou o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, acompanhado de sua equipe.
No período da tarde, o presidente do IBGE esteve reunido com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e secretários, para alinhamento de projetos e plano de trabalho do Instituto junto ao ministério, e para convidar a ministra para a Conferência de Produtores e Usuários de Estatísticas, que será organizada pelo IBGE em julho deste ano. Em seguida, reunião com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa Neto, e equipe, para o desenvolvimento de projetos conjuntos em compartilhamento de cadastros e dados entre os dois órgãos.
“A reunião foi no sentido de aumentarmos a parceria de trabalho que já existe, pois a Aneel já consome informações do IBGE como principal fonte de informações dos hábitos brasileiros para elaborarmos nossos regulamentos, tarifas e regras para o serviço de distribuição de energia elétrica, e podemos ajudar o IBGE no seu trabalho, já que estamos presentes em 99,8% dos lares brasileiros. Vejo uma grande possiblidade, porque o IBGE hoje possui o retrato da população brasileira, que usa eletricidade de uma forma diferente, então precisamos mutuamente dessas informações”, frisou Feitosa.
Na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o IBGE esteve reunido com Lucia Alberta, presidenta substituta e diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, representando a presidenta Joenia Wapichana, e diretores. Na pauta, o fortalecimento da parceria entre o IBGE e a Funai para ampliar as ações e qualificação das políticas públicas voltadas aos povos indígenas. “A Funai tem uma parceria de muitos anos com o IBGE, e os dados que ele produz importantíssimos para a implementação das nossas políticas e ações nas terras indígenas, estados e municípios. Esta reunião nos dá esperança de continuar avançando em estratégias para que os povos indígenas apareçam de forma mais qualificada no Censo Agro, entre outros pontos importantes nessa agenda hoje com o IBGE”, destacou Lucia Alberta.
Para o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, as reuniões da quarta-feira avançam na articulação do Instituto com diferentes ministérios e órgãos da República, “no sentido de ampliar parcerias e compartilhamento de dados para o fortalecimento de ações como Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados (SINGED) e de reforçar o compromisso do IBGE de fornecer dados qualificados para que os gestores e formuladores de políticas públicas possam dispor de evidências e informações precisas, atualizadas e dinâmicas da realidade brasileira”.