Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Sinapi

Preços da construção variam 0,39% em junho impulsionados por oito acordos coletivos

Editoria: Estatísticas Econômicas | Carmen Nery

11/07/2023 09h00 | Atualizado em 24/08/2023 10h02

Índice de junho foi influenciado pelo aumento de custo da mão de obra, devido a oito dissídios coletivos - Foto: Alex Ribeiro/Agência Pará

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (11) pelo IBGE, apresentou variação de 0,39% em junho, um aumento de 0,03 ponto percentual (p.p.) em relação a maio (0,36%). Dessa forma, nos últimos 12 meses, a alta é de 4,82%, bem abaixo dos 6,13% registrados nos doze meses imediatamente anteriores e se equiparando ao patamar pré pandemia. O acumulado no ano registrou 1,62%. Em junho do ano passado, o índice mensal foi de 1,65%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.699,79, passou em junho para R$ 1.706,50, sendo R$ 1.001,63 relativos aos materiais e R$ 704,87 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de -0,28%, mantendo a tendência de queda observada no último mês e ficando 0,04 ponto percentual abaixo da taxa de maio (-0,24%). Considerando o índice de junho de 2022 (1,19%), houve queda de 1,47 ponto percentual.

“Os materiais estão apresentando desaceleração com índices negativos em janeiro, maio e junho. E em muitos estados houve variações negativas nos preços de diversos produtos. É o mercado retornando a um cenário mais comportado, sem a influência de uma situação atípica como a pandemia, em que houve uma alta expressiva nos materiais. Agora eles estão tendo um comportamento mais próximo do período pré-pandemia. Uma prova é que os índices acumulados têm caído constantemente”, diz o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.

Apesar da deflação da parcela dos materiais em vários estados, a parcela de mão de obra com a taxa de 1,36% acabou contribuindo para a alta do indicador mensal. A Alta na parcela de mão de obra foi influenciada por oito acordos coletivos firmados este mês – Rondônia, Acre, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás. Com isso houve aumento de 0,12 ponto percentual em relação ao mês de maio (1,24%). Com relação a junho de 2022, houve queda de 0,99 ponto percentual (2,35%). 

Com dissídio e alta nos materiais, Espírito Santo tem a maior variação em junho

 “São Paulo também teve uma pequena variação na parcela de mão de obra, possivelmente ainda reflexo do dissídio do mês passado. Mas os destaques foram Santa Catarina e Espírito Santo, que também tiveram alta na parcela dos materiais. O Espírito Santo registrou a maior taxa em junho, 2,54%. Seguido por Santa Catarina (2,38%)”, completa Oliveira.

Região Sul registra maior variação mensal em junho

A Região Sul, com alta na parcela dos materiais em todos os estados e reajuste observado nas categorias profissionais em Santa Catarina, ficou com a maior variação regional em junho, 0,98%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,44% (Norte), 0,66% (Nordeste), -0,04% (Sudeste) e 0,49% (Centro-Oeste).

Mais sobre o Sinapi

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

Consulte os dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil no Sidra. A próxima divulgação do Sinapi, referente ao mês de julho, será no dia 11 de agosto.