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RBG

Revista Brasileira de Geografia alcança nova classificação científica

Editoria: Geociências | Carlos Alberto Guimarães

26/04/2023 10h00 | Atualizado em 26/04/2023 11h26

  • Destaques

  • Revista Brasileira de Geografia foi classificada como periódico A3 nas áreas de Geografia e Geociências pela CAPES.
  • Edição traz oito artigos: um sobre o “Índice de vulnerabilidade social em Goiás” e sete referentes à comemoração dos 25 anos da criação do curso de especialização em Análise Ambiental e Gestão do Território da ENCE.
  • Nota técnica trata do estado atual da organização taxonômica do Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo.
  • Em entrevista, equipe da Coordenação de Geografia do IBGE comenta as operações do Censo 2022 em Aglomerados Subnormais e na Pesquisa do Entorno.
Recenseamento em aglomerados subnormais é tema de entrevista com equipe da Coordenação de Geografia do IBGE - Foto: Acervo IBGE

O IBGE lança hoje (26) o segundo número do volume 67 da Revista Brasileira de Geografia (RBG), registrando um marco: a revista foi classificada como periódico A3 nas áreas de Geografia e Geociências na última avaliação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), divulgada em dezembro de 2022. A melhor classificação para revistas científicas é A1, seguida pela A2. Até então, a RBG era posicionada como B4 na área de Geociências e não constava no ranking de Geografia. 

”A classificação A3 representa um grande salto para nós e, naturalmente, trará ainda mais interesse da comunidade acadêmica para nosso periódico”, destaca a editora executiva Maria Lúcia Vilarinhos. “Esta conquista reforça as opções editoriais feitas até aqui e fortalece o ânimo na busca de maiores realizações, sempre contando com apoio institucional e buscando ampliar as trocas com as comunidades acadêmicas e científicas”, complementa.

Publicada exclusivamente em formato digital, a nova edição traz oito artigos, sendo um de submissão contínua e sete referentes à comemoração dos 25 anos da criação do curso de especialização em Análise Ambiental e Gestão do Território da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE). Também foram publicadas uma nota técnica e uma entrevista.

O artigo intitulado “Índice de vulnerabilidade social em Goiás: A geografia dos riscos e da desigualdade social”, de Aristóteles Theobaldo Neto e Levindo Cardoso Medeiros, ambos do IBGE, propõe criar um Índice de Vulnerabilidade Social Urbana tendo como base índice já existente (SoVI), e usando dados do Censo 2010, dos setores censitários de municípios de Goiás. A partir dos dados disponíveis e da metodologia proposta, foram identificados os municípios goianos que apresentam maior concentração de população socialmente vulnerável.

Os sete artigos selecionados no âmbito das comemorações dos 25 anos do curso de Análise Ambiental e Gestão do Território foram escritos por alunos egressos ao longo desse período, em parceria com seus orientadores e, eventualmente, com professores que compuseram as bancas de avaliação. “A variedade dos temas abordados reflete a abrangência da preocupação com a questão ambiental que marca a vida contemporânea e que, de resto, sempre esteve presente nos fundamentos da criação do curso”, ressalta Vilarinhos.

Já a nota técnica tem o objetivo de apresentar à comunidade científica interessada na temática do relevo, de forma sucinta, o estado atual da organização taxonômica do Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo. Ela é assinada pelo Comitê Executivo Nacional do Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo (CEN/SBCR), composto por representantes da área de Geomorfologia da Diretoria de Geociências do IBGE, por representantes do Serviço Geológico do Brasil/CPRM e pela União da Geomorfologia Brasileira (UGB). A expectativa é de que, em 2024, uma publicação específica sobre o Sistema reúna todo o estado da arte até aquele momento e todas as fundamentações teórico-metodológicas adotadas na estruturação de seus níveis taxonômicos e subsistemas.

O tema das favelas e comunidades fecha a edição. Em entrevista, parte do grupo de técnicos e técnicas da gerência de Pesquisas e Classificações Territoriais (GPET), da Coordenação de Geografia do IBGE, comenta as operações do Censo 2022 em Aglomerados Subnormais e na Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios. O assunto gira em torno dos principais avanços e transformações desses levantamentos em comparação com o que foi feito em Censos anteriores (particularmente, o Censo 2010), as possibilidades colocadas pelo acompanhamento em tempo real da operação e as expectativas em relação aos resultados, que devem começar a ser divulgados ainda esse ano. 

Editada pelo IBGE, a RBG é uma publicação científica digital com dois lançamentos por ano, em abril e em setembro. A partir de agora, a revista está aderindo à licença Creative Commons Attribution 4.0, no intuito de agilizar os trâmites para a edição de artigos, resenhas e notas técnicas. A submissão de trabalhos é contínua e está aberta a pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, inclusive do IBGE.