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Construção civil

Influenciados pelos materiais, preços da construção sobem 1,21% em abril

Editoria: Estatísticas Econômicas | Alerrandre Barros

11/05/2022 09h00 | Atualizado em 11/05/2022 09h00

#PraCegoVer A foto mostra vergalhões de ferro dentro de um caminhão
O segmento de aço se destacou em abril, após alguns meses de estabilidade - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Os preços da construção subiram 1,21% em abril, alta de 0,22 ponto percentual em relação a março (0,99%). É a maior taxa desde agosto do ano passado. Mesmo assim, o acumulado nos últimos doze meses ficou em 15,00%, abaixo dos 15,75% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. No ano, o indicador atinge 3,52%. Em abril de 2021, o índice geral foi de 1,87%.

Os dados são do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) divulgados hoje (11) pelo IBGE.

“Essa alta foi influenciada pelos preços dos materiais, que vinham apresentando taxa abaixo de 1% e voltaram a registrar alto índice, 1,86%, sendo a maior variação desde agosto de 2021. Em relação ao mês anterior, houve aumento expressivo de 1,38 p.p. Já quando comparado ao índice de abril de 2021 (3,14%), temos uma queda de 1,28 p.p”, detalha o gerente do Sinapi, Augusto de Oliveira.   

Em abril, a parcela da mão de obra, com taxa de 0,24%, e apenas dois reajustes observados, caiu 1,51 p.p. em relação a março (1,75%), voltando ao patamar da taxa de fevereiro. Comparando com abril do ano anterior (0,18%), houve aumento de 0,06 ponto percentual.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.567,76 em abril, sendo R$ 944,49 relativos aos materiais e R$ 623,27 à mão de obra. Em março, fechou em R$ 1.549,07.

Paraíba tem a maior alta, seguida pelo Rio Grande do Norte

A Paraíba foi o estado com a maior variação mensal, 4,57%, seguido pelo Rio Grande do Norte, com 3,64%. “Apesar das duas maiores taxas dentre os estados estarem no Nordeste, devido aos reajustes nas categorias profissionais, o Centro-Oeste (1,51%) apresentou a maior variação entre as regiões, pelo segundo mês consecutivo, por conta das altas expressivas no setor de materiais de seus estados”, observa Oliveira.

As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,28% (Norte), 1,09% (Nordeste), 1,13% (Sudeste), e 1,43% (Sul). Já os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.570,98 (Norte); R$ 1.468,90 (Nordeste); R$ 1.624,46 (Sudeste); R$ 1.637,91 (Sul) e R$ 1.572,30 (Centro-Oeste).

“Em abril, o segmento de aço se destacou após alguns meses de estabilidade, até apresentando queda. Tivemos 20 estados que apresentaram alta no segmento de vergalhões e tubos de aço. Também se destacam, em abril, produtos como cimento e agregados, pedra e areia, que apresentaram altas em diversos estados”, conclui o gerente do Sinapi.

Mais sobre a pesquisa

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. Acesse os dados no Sidra.