Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Painel PNAD Contínua

Painel interativo espacializa dados da PNAD Contínua e traz novos recortes regionais

Editoria: IBGE | Alerrandre Barros | Arte: Licia Rubinstein

04/05/2022 10h00 | Atualizado em 05/05/2022 17h18

Evento no Ministério da Economia, em Brasília, marcou o lançamento do Painel PNAD Contínua -Foto: Acervo IBGE
Evento no Ministério da Economia, em Brasília, marcou o lançamento do Painel PNAD Contínua - Foto: Acervo IBGE
Evento no Ministério da Economia, em Brasília, marcou o lançamento do Painel PNAD Contínua - Foto: Acervo IBGE
Evento no Ministério da Economia, em Brasília, marcou o lançamento do Painel PNAD Contínua - Foto: Acervo IBGE
Evento no Ministério da Economia, em Brasília, marcou o lançamento do Painel PNAD Contínua - Foto: Acervo IBGE
Evento no Ministério da Economia, em Brasília, marcou o lançamento do Painel PNAD Contínua - Foto: Acervo IBGE
A economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, e o diretor do IBGE, Cimar Azeredo - Foto: Acervo IBGE - Foto: Acervo IBGE
O vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Elson Ribeiro e Póvoa, entre o diretor do IBGE, Cimar Azeredo, e o presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto - Foto: Acervo IBGE - Foto: Acervo IBGE

Dados sobre mercado de trabalho, população, educação e acesso a TV, internet e celular, investigados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, agora podem ser acessados em um painel interativo no Portal do IBGE. A ferramenta, lançada ontem (4), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), espacializa e facilita a visualização de informações da maior pesquisa domiciliar do país, por meio de mapas e gráficos interativos.

No evento, em Brasília, o secretário especial de Estudos Econômicos, Adolfo Sachsida, mais uma vez enalteceu o trabalho do IBGE e seus esforços de aperfeiçoar os métodos e os instrumentos de pesquisas. "Eu, particularmente, sou fã de carteirinha do IBGE, um admirador incondicional do IBGE, por isso não canso de elogiar o IBGE. Durante a pandemia a PNAD Covid foi base para muitos trabalhos, sustentaram políticas públicas. E agora nós estamos ansiosos pelo Censo", disse Sachsida.  "Morei nos Estados Unidos, estive na Inglaterra, e posso afirmar que, em todos os lugares que eu vou, o IBGE é exemplo e referência de estatística. Eu duvido que países do porte do Brasil tenham a base ou o quadro de dados que o Brasil tem. Nos EUA, repito, várias bases que eles tinham, o Brasil em nada devia a elas, graças ao IBGE". Por fim, Sachsida pediu à sua equipe presente ao evento que se levantasse para bater palmas de pé para o IBGE. 

O presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, agradeceu as palavras em nome de todos os ibegeanos e prometeu que os avanços e os esforços não vão parar. Segundo ele, os novos estratos vêm atender uma demanda da administração pública. “Essa divulgação vai ao encontro dos anseios dos órgãos de planejamento dos estados, que demandavam estatísticas interestaduais, mas esbarravam nos altos custos de realização de pesquisas domiciliares estaduais. A comunidade de pesquisadores também encontrará uma nova fonte para analisar a dinâmica econômica no espaço”, acrescentou o presidente.

Também presente ao evento, o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, afirmou que  esses estratos potencializam a análise de dados regionais. "Eles adentram os estados e mostram, com recortes geográficos menores, o potencial de mercado de trabalho e outras características dos domicílios. É um avanço muito grande. Estamos diante de um momento histórico. Pela primeira vez uma pesquisa domiciliar ultrapassa o limite do município da capital e chega aonde estamos chegando agora”, ressaltou Cimar.

“A criação dos estratos geográficos está alinhada à iniciativa do IBGE de potencializar e estimular o uso de diferentes recortes para a produção e disseminação das pesquisas, tornando-se ainda mais relevante quando se considera a expressiva heterogeneidade socioespacial existente dentro de cada uma das unidades federativas”, disse a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

O painel fornece também, pela primeira vez, indicadores experimentais para 146 estratos geográficos, como Baixada Santista, Agreste da Paraíba, Litoral Sul da Bahia e Norte de Minas Gerais, até então nunca divulgados pela pesquisa.

Por meio do painel, o usuário pode navegar por 24 indicadores selecionados em toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Entre eles, dados sobre ocupação, desocupação e o contingente populacional, divulgados pela edição trimestral da pesquisa. Também terá acesso às taxas de analfabetismo e de escolarização, além do total de domicílios com televisão, celular e com acesso à internet, apurados pela versão anual.

“Todo esse volume de informações tem sido disseminado através de publicações e do Sidra, o banco de tabelas estatísticas do IBGE. A divulgação em forma de painel interativo vem facilitar o consumo da informação por meio de recortes geográficos diversos, mostrando a evolução dos indicadores ao longo do tempo e sua distribuição no espaço territorial, através de gráficos e mapas interativos”, explicou a gerente de Integração da Produção de Geoinformação do IBGE, Aline Lopes Coelho.

Estratos geográficos ampliam análise regional dos dados

O painel apresenta esses indicadores com recortes já conhecidos, como para o país, grandes regiões, unidades da federação, regiões metropolitanas e capitais. Agora, a pesquisa também passa disponibilizar, pelo painel, indicadores por estratos geográficos, que permitem uma análise de recortes geográficos menores, além das regiões metropolitanas e capitais. Veja aqui a lista de municípios que compõe cada unidade dos estratos geográficos.

No painel, ao navegar pelo mapa do estado de Minas Gerais, por exemplo, o usuário pode verificar que a taxa de desocupação do estrato geográfico correspondente ao Norte de Minas foi de 13,2% no 4º trimestre de 2019. Já no estrato referente ao Sul de Minas, a taxa foi menor, 7,6%. E em todo o estado mineiro, a taxa de desocupação chegou a 9,6% naquele período.

Os dados mais recentes sobre os estratos geográficos são de 2019 por conta dos efeitos da pandemia na coleta da PNAD Contínua que, em 2020 e 2021, afetou a taxa de repostas e a divulgação de alguns indicadores.

O Painel PNAD Contínua também está integrado à Plataforma Geográfica Interativa (PGI), por meio da qual, o usuário com habilidades mais avançadas poderá cruzar informações com os diversos produtos da Diretoria de Geociências do IBGE. Basta clicar no símbolo que representa um olho, no mapa do painel, e o usuário terá acesso aos dados do painel vinculado à PGI, podendo comparar, por exemplo, informações sobre mercado de trabalho com o deslocamento da população pelos municípios, apurados pela pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic).

CBIC participou do lançamento do Painel da Pnad

O vice-presidente, Elson Ribeiro e Póvoa, e a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, participaram do evento. Para Póvoa, a iniciativa será fundamental para futuros levantamentos da indústria da construção civil. “É importantíssimo para o nosso setor, pois trabalhamos com entregas futuras. Hoje, nós temos dados que podemos avançar e projetar o futuro próximo. Estamos muito orgulhosos por ter participado deste evento com a apresentação destes dados, que com certeza vão alavancar a construção civil”, disse.

Ieda disse estar “orgulhosa de ver mais esse avanço do IBGE, mais essa demonstração de competência, reafirmando que o IBGE é um dos três institutos de pesquisas mais brilhantes do mundo". Segundo ela, são dados que certamente facilitarão e demonstrarão, para todos os analistas e economistas de mercado, um panorama mais próximo da situação econômica do país, permitindo e possibilitando estudos maiores e também a realização de políticas públicas específicas e diferenciadas para cada região. "Para a CBIC, é uma grande alegria ter sido convidada para estar presente neste momento como grande parceira e usuária dos dados do IBGE”, disse a economista da CBIC.

OIT também vai lançar painel com apoio do IBGE

Especialista da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e coordenador de Geração de Conhecimento para a Promoção do Trabalho Decente, do escritório da OIT no Brasil, José Ribeiro agradeceu as parcerias com o IBGE e a qualidade técnica do Instituto. Ele destacou que, “com base nos dados da PNAD Contínua, a OIT desenvolveu diversos produtos estratégicos direcionados para a ampliação da base de conhecimento sobre o Trabalho Decente no país com o intuito de fornecer subsídios para a elaboração de políticas e ações de promoção da iniciativa, inclusive em subespaços das unidades da federação”.

No caso da OIT, o Painel PNAD Contínua - Trabalho Decente estará disponível a partir do dia 11 de maio no site da OIT Brasil e trará 18 indicadores e informações como população ocupada, rendimentos dos ocupados, jornada de trabalho e taxas de desocupação e de formalidades.

Para Eleonora Santos, diretora da Fundação João Pinheiro, "o que esse trabalho traz é um ganho imensurável para os trabalhos de estatística". Segundo ela, "esse é um presente para todos os institutos de pesquisa no país, para todos os estudiosos , para toda a academia". E acrescentou: "A gente vai poder compreender melhor os Brasis dentro de cada estado, além dos Brasis dentro do Brasil. Parabéns a todo o IBGE".

Mais sobre a PNAD Contínua

Iniciada em 2012, a PNAD Contínua produz informações sobre a inserção da população no mercado de trabalho segundo características demográficas e de educação. Também gera resultados anuais, destinados ao estudo do desenvolvimento socioeconômico do país, sobre temas como trabalho infantil e outras formas de trabalho, cuidados pessoais e afazeres domésticos, tecnologia da informação e da comunicação e outros aspectos relevantes selecionados de acordo com as necessidades de informação.

A pesquisa é realizada por meio de uma amostra probabilística de domicílios, extraída de uma amostra mestra de setores censitários, de forma a garantir a representatividade dos resultados para os diversos recortes geográficos em que a pesquisa é produzida. A cada trimestre, a PNAD Contínua investiga em torno de 211 mil domicílios brasileiros. Desde sua implantação, a pesquisa, gradualmente, vem ampliando os indicadores e se estabelecendo como a principal pesquisa domiciliar do país.