Quadro geográfico para estatísticas
Publicação reúne recortes territoriais e integra geociência à estatística
02/05/2019 10h00 | Atualizado em 31/05/2019 19h17
O IBGE lança hoje (2) o Quadro Geográfico de Referência para Produção, Análise e Disseminação de Estatísticas, que reúne fichas técnicas e mapas temáticos de 39 recortes territoriais legais e institucionais do país. A publicação fortalece a relação entre as áreas de geociência e estatística, ao fornecer um referencial para acesso e compreensão dos dados oficiais, de forma comparável e espacialmente integrada.
Os recortes legais incluem, por exemplo, os estados e municípios, as regiões metropolitanas, a Amazônia Legal e as terras indígenas. Nos recortes institucionais, criados pelo IBGE, constam os setores censitários, os aglomerados subnormais, as concentrações urbanas, a grade estatística e as regiões geográficas.
O documento mostra, entre outros dados, a existência de 505 terras indígenas no território brasileiro, distribuídos em 416 municípios, com atualização periódica a cada dez anos.
“O Quadro é um marco de referência territorial, destinado à consulta pela população em geral”, afirma o geógrafo do IBGE, Cayo Franco: “a iniciativa alinha o IBGE com outros órgãos de geografia e estatística no mundo inteiro”.
Cayo diz que alguns recortes têm relação com o Censo Demográfico 2010, enquanto outros vieram de órgãos externos: “o Semiárido é um recorte que vem da Sudene e foi atualizado recentemente, enquanto a Amazônia Legal vem da Sudam”.
"Já as grandes regiões foram fruto de um trabalho do IBGE, mas que deixaram de ser institucionais e foram incorporadas aos recortes legais usados em todo o país", complementa Cayo.
A publicação contém fichas técnicas com informações sobre os recortes, como ciclo de atualização, legislação de referência, ano da última atualização e municípios relacionados com a divisão território. A ideia é que o usuário possa compreender o processo de formação de cada recorte, bem como visualizar as diversas versões das divisões geográficas no tempo.
“No futuro, planejamentos incluir também os recortes naturais, como os biomas e as bacias hidrográficas, bem como criar uma plataforma interativa para integrar os sistemas”, diz o geógrafo do IBGE.