Agricultura
Estimativas indicam safra de grãos 1,9% maior que a do ano passado
12/02/2019 09h00 | Atualizado em 26/02/2019 16h47
A safra nacional de grãos deve crescer 1,9% em 2019, em relação à colheita de do ano passado, totalizando 230,7 milhões de toneladas, segundo a estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada hoje pelo IBGE. Dessa forma, a safra deste ano deve ser a segunda maior da série histórica, atrás apenas das 240,6 milhões de toneladas produzidas em 2017.
A área a ser colhida deve somar 62,1 milhões de hectares, um crescimento de 2% em relação ao ano passado. Já em relação ao último prognóstico, a expectativa ficou praticamente estável (-0,1%).
O LSPA mostrou também que o milho deve ter a maior alta em volume, de 9,9% em relação à safra anterior, totalizando 89,4 milhões de toneladas, e crescimento de 3,6% na área plantada. Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Antônio Barradas, a segunda safra deve ser beneficiada pela janela de plantio.
“Por causa da antecedência no plantio da soja ainda no ano passado, o milho deve ser plantado mais cedo este ano, o que possibilita um menor risco para o desenvolvimento das lavouras, já que a ocorrência de períodos secos é menor nesse ciclo. Além disso, os preços estão mais vantajosos aos produtores, que devem investir em novas tecnologias na produção”, destaca Barradas.
Com crescimento estimado em 8,9% na produção e em 18,5% na área plantada frente a 2018, o algodão deve ter safra recorde neste ano, com produção de 5,4 milhões de toneladas. “Os resultados positivos das lavouras no ano passado e preços mais atrativos para esta safra devem estimular o aumento dos investimentos no algodão”, explica o gerente.
Soja, arroz, feijão e café devem ter produção menor
A soja (-2,6%), o arroz (-5%), o feijão (-1,5%) e o café (-10,8%) devem sofrer quedas na produção deste ano. “As condições climáticas devem ser menos favoráveis à soja, ao arroz e ao feijão neste ano. Já o café está na fase em que chamamos de ciclo bienal negativo, comum na cafeicultura brasileira. Ou seja, em um ano a produção está em alta, no ano seguinte, em baixa”, finaliza Barradas.