Alimentos contribuem para reduzir inflação em novembro
08/12/2017 09h00 | Atualizado em 24/01/2018 09h08
Pelo sétimo mês consecutivo, os alimentos ficaram mais baratos e contribuíram para reduzir a inflação, que caiu de 0,42%, em outubro, para 0,28%, em novembro. A queda no preço desses produtos foi em média de 0,72%, no mês, com destaque para açúcar refinado (-4,93%), farinha de mandioca (-4,78%), tomate (-4,64%), frutas (-2,09%), pão francês (-0,55%), carnes (-0,11), feijão carioca (-8,40%) e ovos (-3,28%).
Dos 16 subgrupos de alimentos, 13 apresentaram redução de preços e apenas três tiveram alta: pescado (0,29%), óleos e gorduras (0,45%) e hortaliças (1,65%). Enquanto cereais, leguminosas e oleaginosas (-2,71%), farinhas e massas e açúcar e derivados (-2,11%) e frutas (-2,09) registraram as principais quedas de preço.
“A safra de 2017 foi muito boa então isso contribuiu para a redução dos preços dos alimentos durante todo o ano. Esse efeito vem diminuindo, nos últimos dois meses, porém em certos produtos ainda é sentido. Por exemplo, a 3º safra do feijão, conhecida como feijão de inverno, influenciou a queda no preço do produto em novembro”, ressaltou o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.
Já a principal contribuição para inflação de 0,28% de novembro veio do grupo Habitação, que com variação de 1,27% teve impacto de 0,20 p.p., sendo responsável por grande parte do índice. Isso se deu em razão do reajuste da bandeira tarifária vermelha patamar 2, ou seja, a cobrança de R$ 5,00 a cada 100 Kwh consumidos.
Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão registrou variação de 1,57%, reflexo do reajuste médio de 4,50% nas refinarias no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 5 de novembro.
Os dados do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados hoje pelo IBGE, mostram que a inflação acumulada de janeiro a novembro chegou a 2,50%, bem abaixo dos 5,97% registrados em igual período de 2016. Nos últimos doze meses, o índice acumulou 2,80%. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).
Texto: Adriana Saraiva
Arte: Marcelo Barroso
Foto: Pexels