Índice de Preços ao Produtor varia 1,43% em novembro
04/01/2018 09h00 | Atualizado em 10/04/2018 08h51
Em novembro de 2017, os preços das indústrias extrativas e de transformação subiram 1,43% em relação ao mês anterior, resultado inferior à comparação entre outubro e setembro de 2017 (1,80%). Das 24 atividades, 20 apresentaram variações positivas de preços, contra 19 do mês anterior. O acumulado no ano foi de 3,73%, frente a 2,27% de outubro.
Período | Taxa |
Novembro 2017 | 1,43% |
Outubro 2017 | 1,80% |
Novembro 2016 | 0,80% |
Acumulado no ano | 3,73% |
Acumulado em 12 meses | 5,07% |
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses | |||||||||
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Indústria Geral e Seções | Variações (%) | ||||||||
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
SET/17 | OUT/17 | NOV/17 | SET/17 | OUT/17 | NOV/17 | SET/17 | OUT/17 | NOV/17 | |
Indústria Geral | 1,48 | 1,80 | 1,43 | 0,47 | 2,27 | 3,73 | 2,66 | 4,42 | 5,07 |
B - Indústrias Extrativas | 14,05 | 9,41 | -3,20 | 0,69 | 10,17 | 6,65 | 20,68 | 34,66 | 27,55 |
C - Indústrias de Transformação | 1,06 | 1,51 | 1,62 | 0,46 | 1,97 | 3,62 | 2,09 | 3,47 | 4,35 |
As quatro maiores variações foram observadas entre os produtos das seguintes atividades industriais: refino de petróleo e produtos de álcool (5,91%), indústrias extrativas (-3,20%), metalurgia (3,08%) e outros produtos químicos (2,63%).
Em termos de influência, na comparação entre outubro e novembro de 2017, os destaques foram: refino de petróleo e produtos de álcool (0,64 p.p.), outros produtos químicos (0,25 p.p.), metalurgia (0,24 p.p.) e indústrias extrativas (-0,13 p.p.).
Em novembro de 2017, o acumulado no ano atingiu 3,73%, contra 2,27% em outubro. Nesse indicador, as maiores altas foram entre refino de petróleo e produtos de álcool (17,76%), metalurgia (12,96%), papel e celulose (10,59%) e outros produtos químicos (8,50%).
Ainda no acumulado no ano, os setores de maior influência foram refino de petróleo e produtos de álcool (1,78 p.p.), alimentos (-1,51 p.p.), metalurgia (0,95 p.p.) e outros produtos químicos (0,78 p.p.).
Na comparação com novembro de 2016, a variação de preços foi de 5,07%, contra 4,42% em outubro de 2017. As quatro maiores variações ocorreram em indústrias extrativas (27,55%), refino de petróleo e produtos de álcool (20,73%), metalurgia (15,44%) e papel e celulose (10,77%). Os setores de maior influência foram refino de petróleo e produtos de álcool (2,06 p.p.), alimentos (-1,51 p.p.), metalurgia (1,13 p.p.) e indústrias extrativas (0,85 p.p.).
Em novembro de 2017, a variação de preços de 1,43% frente a outubro repercutiu entre as grandes categorias econômicas da seguinte maneira: 1,42% em bens de capital; 1,88% em bens intermediários; e 0,70% em bens de consumo, sendo que 0,13% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,89% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas - Últimos três meses | |||||||||
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Indústria Geral e Seções | Variações (%) | ||||||||
M/M-1 | Acumulado Ano | M/M-12 | |||||||
SET/17 | OUT/17 | NOV/17 | SET/17 | OUT/17 | NOV/17 | SET/17 | OUT/17 | NOV/17 | |
Indústria Geral | 1,48 | 1,80 | 1,43 | 0,47 | 2,27 | 3,73 | 2,66 | 4,42 | 5,07 |
Bens de Capital (BK) | -0,29 | 1,09 | 1,42 | 0,89 | 1,99 | 3,43 | 2,61 | 3,61 | 3,49 |
Bens Intermediários (BI) | 2,29 | 2,71 | 1,88 | 1,07 | 3,82 | 5,77 | 3,15 | 6,48 | 7,80 |
Bens de consumo(BC) | 0,67 | 0,51 | 0,70 | -0,58 | -0,07 | 0,64 | 1,92 | 1,42 | 1,24 |
Bens de consumo duráveis (BCD) | 0,45 | 0,09 | 0,13 | 3,78 | 3,88 | 4,01 | 4,87 | 4,86 | 4,61 |
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) | 0,74 | 0,65 | 0,89 | -1,88 | -1,25 | -0,37 | 1,02 | 0,39 | 0,24 |
A influência do resultado da indústria geral (1,43%) nas grandes categorias econômicas foi a seguinte: 0,12 p.p. de bens de capital, 1,06 p.p. de bens intermediários e 0,25 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,24 p.p. deveu-se às variações de preços nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis, e 0,01 p.p. nos bens de consumo duráveis.
O acumulado no ano da indústria geral foi de 3,73%, sendo 3,43% a variação de bens de capital (com influência de 0,29 p.p.), 5,77% de bens intermediários (3,21 p.p.) e 0,64% de bens de consumo (0,23 p.p.). No último caso, o resultado foi influenciado em 0,33 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e -0,10 p.p. pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Em novembro, o acumulado em 12 meses na indústria geral alcançou 5,07%, com as seguintes variações: bens de capital, 3,49% (0,30 p.p.); bens intermediários, 7,80% (4,32 p.p.); e bens de consumo, 1,24% (0,45 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,38 p.p., e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,07 p.p..
Seis setores são destaques em novembro
Indústrias extrativas: queda de 3,20%, em relação a outubro de 2017, após três meses seguidos de variações positivas. O indicador acumulado no ano permaneceu positivo (6,65%), contra 10,17% em outubro. Na comparação com novembro de 2016, houve alta de 27,55%, a maior variação entre os setores analisados.
Alimentos: pelo segundo mês consecutivo, na comparação com o mês imediatamente anterior, a variação foi positiva (0,39%). Em outubro, a alta foi de 0,89%. Ainda assim, o acumulado no ano é negativo (-7,06%), o menor índice em um mês de novembro desde 2010. O acumulado no ano também é negativo (-6,96%) e, junto aos resultados de setembro (-7,57%) e de outubro (-7,02%), formam as quedas mais intensas da série iniciada em 2010.
Entre os produtos destacados na comparação com o mês anterior, “café torrado e moído” e “leite esterilizado/UHT/Longa Vida” aparecem tanto em termos de variação quanto de influência. O primeiro com variação negativa e o segundo com variação positiva. Junto aos dois aparecem “açúcar cristal” e “resíduos da extração de soja”, o primeiro com impacto positivo e o segundo, negativo. A influência dos quatro produtos soma 0,11 p.p. (em 0,39%).
O setor exerceu a segunda maior influência tanto no acumulado no ano (-1,51 p.p. em 3,73%) quanto no acumulado em 12 meses (-1,51 p.p. em 5,07%).
Papel e celulose: alta de 1,65%, na comparação com outubro de 2017. O acumulado no ano foi de 10,59%, e, nos últimos 12 meses, 10,77%, com ambos os resultados como os terceiros maiores entre os setores da indústria de transformação.
Refino de petróleo e produtos de álcool: crescimento de 5,91%, na comparação com outubro de 2017, a segunda maior alta da série (a primeira foi em agosto de 2017, com 6,48%). O acumulado no ano foi de 17,75%, o maior para novembro desde 2010, e o acumulado em 12 meses atingiu 20,73%, o maior resultado da série.
O setor foi o de maior destaque em todos os indicadores, em termos de variação ou de influência. No caso da influência, na comparação com o mês imediatamente anterior, registrou 0,64 p.p. em 1,43%; no acumulado no ano, 1,78 p.p. em 3,73%; e no acumulado em 12 meses, 2,06 p.p. em 5,07%.
Outros produtos químicos: alta de 2,63%, na comparação com outubro de 2017, sétima variação positiva no ano e a terceira seguida. O acumulado no ano e nos últimos 12 meses foram de, respectivamente, 8,50% e 8,58%.
Os produtos de maior influência foram os “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “polipropileno (PP)”, “propeno não saturado” e “sulfato de amônio ou ureia”, com 1,58 p.p. nos 2,63%.
Metalurgia: alta de 3,08%, na comparação com outubro de 2017, a oitava no ano. O acumulado no ano e nos últimos 12 meses foram de, respectivamente, 12,96% e 15,44%. Os resultados representaram a segunda maior variação da indústria geral (indústrias extrativas e de transformação).
“Alumínio não ligado em formas brutas”, “lingotes, blocos, tarugos/placas de aços ao carbono”, “arames e fios de aço ao carbono” e “vergalhões de aço ao carbono” foram os produtos que mais influenciaram o resultado do índice na comparação com outubro de 2017. Entre os 22 produtos selecionados para a pesquisa, esses quatro representaram 2,49 p.p. da variação no mês, enquanto os demais influenciaram em 0,59 p.p..
Veículos automotores: variação de 0,25%, na comparação com outubro de 2017, a décima variação positiva no ano e a décima quinta nos últimos 16 meses (a única queda, de -0,08%, foi em agosto de 2017). O acumulado no ano alcançou 4,31%, enquanto em novembro de 2016 o acumulado foi de 3,28%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 4,93%.
A atividade de veículos automotores, em novembro, destacou-se apenas por ser um dos setores de maior peso no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 11,24%, atrás dos setores de alimentos (19,92%) e refino de petróleo e produtos de álcool (11,84%).