Produção industrial varia 0,2% em outubro
05/12/2017 09h00 | Atualizado em 05/12/2017 12h11
Em outubro de 2017, a produção industrial nacional teve acréscimo de 0,2% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Este foi o segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 0,6% em dois meses.
Outubro 2017 / Setembro 2017 | 0,2 % |
Outubro 2017 / Outubro 2016 | 5,3 % |
Acumulado no ano | 1,9 % |
Acumulado 12 meses | 1,5 % |
Média móvel trimestral | -0,1 % |
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com outubro de 2016, a indústria cresceu 5,3%, sexta taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde abril de 2013 (9,8%). Assim, o acumulado do ano teve alta de 1,9%. Já o acumulado nos últimos doze meses avançou 1,5%. Foi o segundo resultado positivo consecutivo e o mais elevado desde março de 2014 (2,1%). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.
Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas Brasil - Outubro de 2017 |
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Grandes Categorias Econômicas | Variação (%) | |||
Outubro 2017/ Setembro 2017* | Outubro 2017/ Outubro 2016 | Acumulado Janeiro-Outubro |
Acumulado nos Últimos 12 Meses |
|
Bens de Capital | 1,1 | 14,9 | 5,6 | 6,0 |
Bens Intermediários | -0,8 | 3,1 | 0,9 | 0,7 |
Bens de Consumo | 1,0 | 7,2 | 2,9 | 2,1 |
Duráveis | -2,0 | 17,6 | 12,4 | 11,4 |
Semiduráveis e não Duráveis | 2,0 | 4,9 | 0,7 | 0,0 |
Indústria Geral | 0,2 | 5,3 | 1,9 | 1,5 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria} *Série com ajuste sazonal |
De setembro para outubro, 15 dos 24 ramos pesquisados apresentaram alta
Na passagem de setembro para outubro de 2017, houve taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências positivas foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (20,3%) e bebidas (4,8%), com ambos revertendo os resultados negativos registrados no mês anterior: -19,7% e -0,7%, respectivamente. Outras contribuições positivas vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,3%), de metalurgia (1,6%), de máquinas e equipamentos (1,3%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,8%).
Entre os nove ramos que reduziram a produção nesse mês, produtos alimentícios (-5,7%) obteve o desempenho de maior relevância para a média global, eliminando a expansão de 3,7% verificada em setembro. Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,2%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não-duráveis, ao crescer 2,0%, apontou a expansão mais acentuada em outubro de 2017 e interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou redução de 2,8%.
O segmento de bens de capital (1,1%) também cresceu e manteve o comportamento positivo iniciado em abril, período em que acumulou alta de 11,6%. Já os setores de bens de consumo duráveis (-2,0%) e de bens intermediários (-0,8%) recuaram em outubro de 2017, com o primeiro interrompendo três meses consecutivos de alta, período em que acumulou ganho de 9,7%; e o segundo eliminando o avanço de 0,7% assinalado no mês anterior.
Média móvel trimestral apresentou variação de -0,1%
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou ligeira variação negativa (-0,1%) no trimestre encerrado em outubro de 2017 frente ao nível do mês anterior, interrompendo o comportamento predominantemente positivo presente desde maio de 2017. Entre as grandes categorias econômicas, ainda na série com ajuste sazonal, bens intermediários (-0,4%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) apontaram os resultados negativos nesse mês, enquanto bens de consumo duráveis (1,3%) e bens de capital (0,7%) assinalaram os avanços em outubro de 2017.
Indústria cresceu 5,3% em relação a outubro de 2016
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 5,3% em outubro de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 61 dos 79 grupos e 61,9% dos 805 produtos pesquisados (outubro de 2017 teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior).
Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (27,4%) exerceu a maior influência positiva sobre a média da indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e autopeças.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22,0%), de indústrias extrativas (3,1%), de máquinas e equipamentos (8,3%), de metalurgia (6,5%), de produtos de borracha e de material plástico (9,9%), de bebidas (8,3%), de artigos do vestuário e acessórios (11,8%), de outros produtos químicos (4,0%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (16,9%), de móveis (17,8%), de produtos têxteis (7,9%) e de produtos de madeira (8,6%).
Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2016, entre as quatro atividades que apontaram redução na produção, a principal influência no total da indústria foi registrada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,5%).
Ainda no confronto com outubro de 2016, bens de consumo duráveis (17,6%) e bens de capital (14,9%) assinalaram, em outubro de 2017, os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (4,9%) e de bens intermediários (3,1%) também mostraram taxas positivas nesse mês, mas ambos com crescimento abaixo da magnitude observada na média nacional (5,3%).
O segmento de bens de consumo duráveis mostrou avanço de 17,6% em outubro de 2017, décima segunda taxa positiva consecutiva e ligeiramente mais elevada do que a observada em setembro último (16,2%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (23,7%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (19,7%). Vale citar também as expansões assinaladas por eletrodomésticos da “linha branca” (5,9%), móveis (11,5%), outros eletrodomésticos (6,6%) e motocicletas (10,2%).
O setor de bens de capital mostrou crescimento de 14,9% no índice mensal de outubro de 2017, sexto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde dezembro de 2016 (16,3%). Na formação do índice, o segmento foi influenciado, em grande parte, pelo avanço observado no grupamento equipamentos de transporte (25,8%). As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para construção (64,9%), para uso misto (25,1%), para fins industriais (6,9%) e para energia elétrica (5,2%). Por outro lado, o único impacto negativo foi no grupamento de bens de capital agrícola (-15,1%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis apontou crescimento de 4,9% em outubro de 2017, avanço mais acentuado desde fevereiro de 2014 (7,1%). O desempenho foi explicado, em grande parte, pela expansão observada nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,8%) e de semiduráveis (8,9%). Os subsetores de carburantes (2,2%) e de não-duráveis (1,1%) também assinalaram resultados positivos nesse mês.
O segmento de bens intermediários subiu 3,1%, em outubro de 2017, com a sexta taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde maio último (3,3%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (19,6%), de metalurgia (6,5%), de indústrias extrativas (3,1%), de produtos de borracha e de material plástico (9,9%), de outros produtos químicos (3,9%), de máquinas e equipamentos (12,7%), de produtos de minerais não-metálicos (2,4%), de celulose, papel e produtos de papel (2,8%), de produtos têxteis (5,2%) e de produtos de metal (1,9%), enquanto as pressões negativas foram registradas por produtos alimentícios (-5,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,1%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (1,7%) e de embalagens (7,4%).
Indústria avança 1,9% no período janeiro-outubro de 2017
No índice acumulado de 2017, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,9%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 53,8% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (16,1%) e indústrias extrativas (5,8%) exerceram as maiores influências positivas sobre a média da indústria.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (20,4%), de metalurgia (2,9%), de máquinas e equipamentos (3,1%), de produtos de borracha e de material plástico (3,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%), de produtos do fumo (22,1%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (7,4%) e de celulose, papel e produtos de papel (2,7%).
Por outro lado, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,1%) assinalou a maior contribuição negativa no total da indústria. Já os resultados negativos vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-7,4%), outros equipamentos de transporte (-11,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,4%) e de produtos de minerais não-metálicos (-3,1%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dez meses de 2017 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (12,4%) e bens de capital (5,6%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (19,6%) e eletrodomésticos (10,6%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (6,7%), para uso misto (17,6%), para construção (36,1%) e agrícola (6,7%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (0,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,7%) também assinalaram taxas positivas no índice acumulado no ano, porém abaixo da magnitude observada na média nacional (1,9%).