IPCA fica em 0,42% em outubro
10/11/2017 09h00 | Atualizado em 23/11/2017 10h13
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de outubro ficou em 0,42%, 0,26 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de setembro (0,16%). No ano, o índice acumula 2,21%, bem abaixo dos 5,78% registrados em igual período do ano passado, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de outubro desde 1998 (1,44%). Considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 2,70%, resultado superior aos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA havia registrado variação de 0,26%. Os dados completos do IPCA podem ser acessados aqui.
PERÍODO | TAXA |
Outubro | 0,42% |
Setembro | 0,16% |
Outubro 2016 | 0,26% |
Acumulado no ano | 2,21% |
Acumulado 12 meses | 2,70% |
Em outubro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Alimentação e Bebidas (-0,05%) e Artigos de residência (-0,39%) apresentaram sinal negativo. Nos demais, destaca-se o grupo Habitação, com 1,33% de variação e 0,21 p.p. de impacto no índice do mês. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.
IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal | ||||
---|---|---|---|---|
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,16 | 0,42 | 0,16 | 0,42 |
Alimentação e Bebidas | -0,41 | -0,05 | -0,10 | -0,01 |
Habitação | -0,12 | 1,33 | -0,02 | 0,21 |
Artigos de Residência | 0,13 | -0,39 | 0,00 | -0,02 |
Vestuário | 0,28 | 0,71 | 0,02 | 0,04 |
Transportes | 0,79 | 0,49 | 0,14 | 0,09 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,32 | 0,52 | 0,04 | 0,06 |
Despesas Pessoais | 0,56 | 0,32 | 0,06 | 0,04 |
Educação | 0,04 | 0,06 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,50 | 0,40 | 0,02 | 0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preço |
Pelo sexto mês consecutivo, o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,05%), porém bem menos intensa do que a registrada em setembro (-0,41%). Tal sequência de variações negativas ocorreu, também, no período de abril a setembro de 1997, com seis meses seguidos de queda nos alimentos. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do grupo é de -2,14%. No ano, tal variação está em -2,02% sendo que, dos dez meses já transcorridos, sete apresentaram variação negativa. O acumulado no ano é o menor registrado para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.
Os alimentos para consumo em casa passaram de -0,74% em setembro para -0,17% em outubro, com destaque para a batata-inglesa (que passou de -8,06% em setembro para 25,65% em outubro) e o tomate (de -11,01% em setembro para 4,88% em outubro). Por outro lado, vieram em queda: o feijão-mulatinho (-18,41%), o alho (-7,69%), o feijão-carioca (-3,29%), o açúcar cristal (-3,05%), o leite longa vida (-2,99%) e o arroz (-1,14%). As regiões pesquisadas apresentaram variação entre -1,08%, em Recife, e 0,61%, em Curitiba.
Já a alimentação fora do domicílio apresentou alta de 0,16%, com as regiões pesquisadas indo de -1,46%, no Rio de Janeiro, até 2,55%, em Belém.
No grupo Artigos de residência, a queda de 0,39% foi impulsionada, principalmente, pelos eletrodomésticos (-1,10%).
Pelo lado das altas, o grupo Habitação, com variação de 1,33% e impacto de 0,21 p.p., dominou o IPCA do mês, sendo responsável por metade dele. Isso por conta da energia elétrica, em média 3,28% mais cara. A partir de 1º de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, representando uma cobrança adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos. Em setembro, a bandeira tarifária vigente era a amarela, incidindo um adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos.
Nas regiões pesquisadas, o item variou de -2,27%, em Vitória, até 18,77%, em Goiânia. Nesta, além do reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas (a partir de 22 de outubro), houve aumento na alíquota do PIS/COFINS. Já em Vitória, a queda foi em função da redução da alíquota do imposto. Cabe também destacar os reajustes médios de 6,84% em Brasília (em vigor desde 22 de outubro) e de 22,59% em uma das empresas pesquisadas em São Paulo a partir de 23 de outubro.
Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão registrou variação de 4,49%, reflexo do reajuste médio, nas refinarias, de 12,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 11 de outubro.
Registre-se, também, a variação de 4,71% no gás encanado em Curitiba. Tal variação reflete o reajuste de 5,19% em vigor desde 1º de outubro.
Na ótica dos índices regionais, os resultados ficaram entre -0,10%, registrado em Vitória, e 1,52%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,77%) e pelos combustíveis (7,75%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. Em Vitória, o movimento foi inverso, com a energia elétrica em queda de 2,27%, e a gasolina registrando redução de 1,22%.
A tabela a seguir apresenta os resultados por região pesquisada.
IPCA - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses | |||||
---|---|---|---|---|---|
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 3,59 | 0,04 | 1,52 | 2,28 | 2,01 |
Curitiba | 7,79 | 0,14 | 0,71 | 2,99 | 3,30 |
São Paulo | 30,67 | 0,19 | 0,50 | 2,40 | 3,02 |
Brasília | 2,80 | 0,22 | 0,48 | 2,68 | 4,12 |
Salvador | 7,35 | 0,24 | 0,46 | 2,30 | 2,58 |
Fortaleza | 3,49 | 0,16 | 0,41 | 1,89 | 2,63 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,24 | 0,34 | 1,78 | 2,19 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,07 | 0,32 | 1,68 | 2,01 |
Campo Grande | 1,51 | 0,33 | 0,32 | 1,45 | 2,60 |
Belém | 4,65 | 0,33 | 0,31 | 1,26 | 1,32 |
Recife | 5,05 | -0,26 | 0,13 | 2,60 | 3,67 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 0,13 | 0,10 | 2,21 | 2,51 |
Vitória | 1,78 | 0,54 | -0,10 | 2,17 | 3,12 |
Brasil | 100,00 | 0,16 | 0,42 | 2,21 | 2,70 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).
INPC varia 0,37% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,37% em outubro. No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 6,36% registrados em igual período do ano passado, sendo a menor variação acumulada para o período desde a implantação do Plano Real. Considerando-se os últimos 12 meses, o índice foi de 1,83%, ficando acima do 1,63% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o INPC registrou 0,17%.
Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,11% em outubro. Em setembro, o resultado havia sido de -0,57%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,58%, acima da taxa de 0,22% de setembro.
Quanto aos índices regionais, as variações ficaram entre -0,22%, registrado no Rio de Janeiro, e 1,50%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,55%) e pelos combustíveis (7,89%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. No Rio de Janeiro, a queda foi impulsionada pela refeição fora (-2,15%). A tabela abaixo apresenta os resultados por região pesquisada.
INPC - Variação por Regiões - Mensal, Acumulado no ano e 12 meses | |||||
---|---|---|---|---|---|
Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,15 | 0,03 | 1,50 | 1,66 | 1,22 |
Curitiba | 7,29 | -0,01 | 0,67 | 2,95 | 2,86 |
São Paulo | 24,24 | 0,02 | 0,51 | 1,71 | 1,93 |
Fortaleza | 6,61 | -0,04 | 0,43 | 1,71 | 2,48 |
Salvador | 10,67 | 0,09 | 0,41 | 2,16 | 2,40 |
Brasília | 1,88 | -0,16 | 0,38 | 2,36 | 3,58 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,09 | 0,34 | 1,07 | 1,21 |
Porto Alegre | 7,38 | -0,02 | 0,31 | 1,33 | 1,40 |
Campo Grande | 1,64 | 0,03 | 0,29 | 0,26 | 1,07 |
Belém | 7,03 | 0,32 | 0,24 | 1,05 | 0,92 |
Recife | 7,17 | -0,28 | 0,05 | 2,09 | 3,16 |
Vitória | 1,83 | 0,24 | -0,19 | 1,65 | 2,19 |
Rio de Janeiro | 9,51 | -0,48 | -0,22 | 0,75 | 0,50 |
Brasil | 100,00 | -0,02 | 0,37 | 1,62 | 1,83 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).