Em 2016, caiu o percentual de pessoas que trabalhavam em empreendimentos de grande porte
18/10/2017 10h00 | Atualizado em 18/10/2017 11h51
Em 2016, entre os 73,7 milhões de empregadores, trabalhadores por conta própria e empregados (desconsiderando os do setor público e os trabalhadores domésticos), 26,0% trabalhavam em empreendimentos de grande porte (com mais de 50 pessoas), participação inferior à de 2015 (29,0%). Já o percentual daqueles que trabalhavam em empreendimentos de pequeno porte (com até 5 pessoas), subiu para 50,1% em 2016, contra 48,1% em 2015.
Enquanto 18,9% dos trabalhadores por conta própria eram registrados no CNPJ, entre os empregadores esse percentual era de 82,0% em 2016. Em 2012, os percentuais dessas duas categorias eram de 14,9% e 75,6%, respectivamente.
Em 2016, 12,1% (16,9 milhões) de pessoas ocupadas ou que anteriormente já tinham sido ocupadas estavam associadas a algum sindicato, menor percentual da série que iniciou com 13,6% de sindicalizados (2012).
Apesar do aumento de 11,3% no total de pessoas ocupadas como empregadores ou trabalhadores por conta própria entre 2012 e 2016, houve redução no percentual de associados a cooperativas, que recuou de 6,4% em 2012 para 5,9% em 2016.
Esses são alguns dos resultados do módulo Características Adicionais do Mercado de Trabalho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Confira aqui a publicação completa e, também, o plano tabular, onde as informações podem ser desagregadas por unidades da federação e capitais.
Em 2016, cresceu o percentual de empregadores e de trabalhadores por conta própria em empreendimentos com CNPJ
Em 2016, 28,9% dos empregadores ou trabalhadores por conta própria trabalhavam em empreendimentos registrados no CNPJ, percentual maior que em 2012 (23,9%). Esse aumento ocorreu em todas as grandes regiões, mas em menor intensidade no Norte (3,3%). Entre 2012 e 2016, os maiores aumentos percentuais foram no Nordeste (33,1%) e no Sudeste (21,1%).
Percentual de pessoas ocupadas como empregadores ou conta própria no trabalho principal em empreendimento registrado
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, segundo as Grandes Regiões - 2012, 2014, 2016
Fonte: IBGE. Coordenação de Trabalho e Rendimento. PNAD Contínua.
Analisando-se os trabalhadores por conta própria separados dos empregadores, nota-se diferenças importantes. Em 2016, 18,9% dos trabalhadores por conta própria eram registrados no CNPJ, enquanto entre os empregadores esse percentual era de 82,0%.
Em 2016, o registro no CNPJ era superior entre as mulheres (30,0%) em relação aos homens (28,4%). Já o percentual de mulheres ocupadas como conta própria com registro no CNPJ era de 20,3% frente a 18,2% dos homens. E em relação aos empregadores, 86,1% das mulheres tinham registro no CNPJ, enquanto este percentual era de 80,2% entre os homens.
Percentual de ocupados em empreendimentos de grande porte diminuiu em 2016
Em 2012, havia 72,4 milhões de pessoas ocupadas no setor privado, excluindo aqueles nos serviços domésticos. Em 2015 este número chegou a 75,0 milhões, caindo para 73,7 milhões em 2016.
Em todos os anos da série, grande parte desses ocupados estavam em empreendimentos de pequeno porte (1 a 5 pessoas), com esse percentual ultrapassando a metade em 2016 (50,1%). Em empreendimentos com mais de 50 pessoas, o percentual variou de 30,5%, 2013 e 2014, para 29,0% em 2015 e 26,0% em 2016.
Em 2016, as regiões Norte (68,0%) e Nordeste (61,7%) apresentaram o maior percentual de empreendimentos de 1 a 5 empregados. No período 2012-2016, a proporção de ocupados em empreendimentos de pequeno porte aumentou em todas as Grandes Regiões, sobretudo nas regiões Norte (de 60,8% para 68,0%) e Centro-Oeste (de 46,0% para 51,0%).
Em empreendimento com pelo menos 51 pessoas, a Regiões Sudeste (31,8%) apresentou o maior percentual e a Norte (14,7%), o menor. Entre 2012 e 2016, houve redução do percentual de ocupados em empreendimento com 51 pessoas ou mais em todas as Grandes Regiões, principalmente na Norte (redução de 29,3%).
Distribuição das pessoas ocupadas no setor privado no trabalho principal, exclusive nos serviços domésticos,
segundo o tamanho do empreendimento - Brasil 2012/2016
Fonte: IBGE. Coordenação de Trabalho e Rendimento. PNAD Contínua.
Caiu o número de pessoas sindicalizadas
Em 2016, das 139,1 milhões de pessoas ocupadas ou que anteriormente já tinham sido ocupadas, 12,1% (16,9 milhões) estavam associadas a algum sindicato. O valor é inferior ao encontrado em 2012, quando, considerando as 131,5 milhões pessoas ocupadas ou que anteriormente já tinham sido ocupadas, um total de 13,6% ou 17,9 milhões estavam associadas a algum sindicato.
Percentual de pessoas ocupadas ou que anteriormente já foram ocupadas e que estavam associadas
a algum sindicato na semana de referência, segundo o sexo - Brasil 2012/2016
Fonte: IBGE. Coordenação de Trabalho e Rendimento. PNAD Contínua.
Em 2012, 15,3% dos homens estavam associados a algum sindicato, enquanto 11,9% das mulheres eram sindicalizadas. Em 2014, a sindicalização entre homens era de 14,8% e entre mulheres de 11,9%, caindo, respectivamente, para 13,1% e 11,2% em 2016.
Entre 2012 e 2016 foi registrado movimento de redução da sindicalização em todas as Grandes Regiões. Em 2016, o nível de sindicalização era maior nas Regiões Sul (14,2%) e Nordeste (14,7%).
Caiu percentual de empregadores e conta própria associados a cooperativas
Apesar do aumento de 11,3% no total de pessoas ocupadas como empregadores ou trabalhadores por conta própria no trabalho principal entre 2012 e 2016 (passando de 24,0 milhões para 26,8 milhões), houve redução no percentual de associados a cooperativas de trabalho ou produção integrantes dessas duas categorias de ocupação, que passou de 6,4% em 2012 para 5,9% em 2016.
Em 2012, 7,2% dos homens e 4,5% das mulheres que eram empregadores ou trabalhadores por conta própria estavam em cooperativas. Em 2016, esses percentuais passaram para 6,4% e 4,7%, respectivamente. No período 2012-2016, a diferença entre homens e mulheres associados apresentou redução de 1,7 ponto percentual.
Entre 2012 e 2016, o Sul foi a região que apresentou o maior percentual de associados à cooperativa de trabalho ou produção. No período, a única Grande Região onde houve aumento do percentual de cooperados foi a Centro-Oeste (0,8%).
Homens trabalham mais à noite que mulheres
Entre 2012 e 2016, o percentual de pessoas ocupadas no país que trabalhavam somente no turno diurno se manteve acima dos 90%. Em 2016, 94,4% das mulheres ocupadas trabalhavam neste turno, ao passo que entre os homens esta proporção era de 90,9%.
Em 2016, a Região Sul tinha a maior proporção de ocupados no turno diurno (93,0%), seguida pelas regiões Centro-Oeste e Sudeste (92,4%), Norte (92,3%) e Nordeste (92,0%).