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Pesquisa Mensal de Serviços

Setor de serviços varia 0,3% em julho, sexto resultado positivo seguido

Editoria: Estatísticas Econômicas | Breno Siqueira

12/09/2025 09h00 | Atualizado em 12/09/2025 12h11

Principal alta veio dos serviços de Informação e comunicação (1,0%), influenciados por telecomunicações e tecnologia da informação - Foto: Freepik

O volume de serviços no país variou 0,3% em julho de 2025, sexto resultado positivo em sequência. Com isto, o setor acumula ganho de 2,4% desde fevereiro e renova, neste mês,o ponto mais alto de sua série. No ano, o setor acumula alta de 2,6%, e o acumulado em 12 meses (2,9%) reduziu o ritmo de crescimento frente ao observado em junho de 2025 (3,0%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo IBGE.

A alta no mês se deve ao crescimento de três das cinco atividades investigadas, com destaque para informação e comunicação, que expandiu 1,0%. Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, o crescimento se deveu “ao comportamento positivo nos dois principais segmentos do setor: tanto telecomunicações (+0,7%) quanto os serviços de tecnologia da informação (+1,2%) assinalaram taxas positivas neste mês. Dentro do último segmento, destaque para as empresas que atuam com "portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet".

Entre os demais setores, destacam-se os avanços dos profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e dos serviços prestados às famílias (0,3%). Em contrapartida, os transportes (-0,6%) exerceram a principal retração, seguidos pelos outros serviços (-0,2%). “O revés do setor de transportes foi explicado pela menor receita apurada no transporte dutoviário e no transporte aéreo de passageiros. A queda do volume transporte aéreo em julho está relacionada tanto com o aumento dos preços das passagens, como também com a base de comparação mais elevada dos últimos meses, já que o transporte aéreo vinha de 5 meses seguidos de crescimento, com ganho acumulado de 22,1%. De maneira que a queda deste mês (-4,0%) elimina apenas uma pequena parte do avanço alcançado entre fevereiro e junho de 2025”, conclui Lobo.

O crescimento nacional foi acompanhado por 12 das 27 unidades da federação, com os maiores impactos positivos vindo de São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%).

 

No acumulado de janeiro a julho deste ano, o volume de serviços teve expansão de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024. A maior contribuição positiva ficou com o ramo de informação e comunicação (6, 0%), puxado pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; consultoria em tecnologia da informação; e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.

Os demais avanços vieram do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,1%) e dos profissionais, administrativos e complementares (2,3%); e dos prestados às famílias (1,3%). Regionalmente, o crescimento do volume de serviços foi acompanhado por 19 das 27 unidades da federação, com destaque para São Paulo (4,3%).

Atividades turísticas recuam 0,7% em julho

Em julho de 2025, o índice de atividades turísticas recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, terceiro resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 2,3%. Com esse desempenho, o setor de turismo se encontra 10,3% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,0% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024. O gerente da pesquisa explica que a queda “está diretamente relacionada com o recuo do transporte aéreo neste mês”.

Regionalmente, 10 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda verificado na atividade turística nacional (-0,7%). A influência negativa mais relevante ficou com Rio de Janeiro (-2,5%), seguido por Bahia (-2,1%) e Amazonas (-5,9%). Em sentido oposto, São Paulo (0,6%) liderou os ganhos do turismo neste mês, seguido por Paraná (2,0%) e Minas Gerais (1,1%).

Na comparação de julho de 2025 contra julho de 2024, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 3,3%, 14o resultado positivo seguido, impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros, serviços de bufê e serviços de reservas relacionados a hospedagens.

11 das 17 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo ante julho de 2024, com destaque para São Paulo (4,9%), seguido por Rio de Janeiro (4,7%) e Rio Grande do Sul (18,6%). Em contrapartida, Minas Gerais (-8,1%) exerceu o principal impacto negativo do mês

Julho tem queda no transporte de passageiros e alta no transporte de cargas

O volume de transporte de passageiros no Brasil retraiu 2,1% em julho, frente a junho, após cinco meses de alta, eliminando parte do ganho acumulado no período (13,9%). Assim, o segmento se encontra 9,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), embora 15,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica (fevereiro de 2014).

Já o transporte de cargas avançou 1,0%, segundo resultado positivo seguido, acumulando um ganho de 1,8%, mas ainda 4,8% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 37,5% acima de fevereiro de 2020.

Na comparação com julho de 2024, o transporte de passageiros teve alta de 8,7% em julho de 2025, 11º resultado positivo seguido, ao passo que o transporte de cargas avançou 3,2%, o terceiro avanço consecutivo.

No acumulado até julho de 2025, o transporte de passageiros cresceu 7,0% frente a igual período de 2024, enquanto o de cargas recuou 0,4% no mesmo período.

Mais sobre a pesquisa 

A PMS permite o acompanhamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que tenham serviços não financeiros como sua principal atividade, excluídas as áreas de saúde e educação. Há resultados para o Brasil e todas as unidades da federação. Os dados podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços, relativa ao mês de agosto, será em 14 de outubro.