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PMS

Volume de serviços avança 0,9% em março e fecha primeiro trimestre com alta de 5,8%

Editoria: Estatísticas Econômicas | Caio Belandi

16/05/2023 09h00 | Atualizado em 16/05/2023 09h41

Atividades relacionadas a transporte seguem influenciando o setor de serviços nacional - Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

O setor de serviços cresceu 0,9% em março de 2023 na comparação com fevereiro, fechando o primeiro trimestre do ano, frente a igual período do ano anterior, com acumulado de 5,8%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice perdeu força, passando dos 7,8% em fevereiro para 7,4% em março, o menor resultado desde setembro de 2021 (6,8%). Já frente a março de 2022, o setor avançou 6,3%, marcando a 25ª taxa positiva consecutiva. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), cujo resultado foi divulgado hoje (16) pelo IBGE.

Assim como em fevereiro, o setor de transporte se destacou como a principal influência positiva em março. O grupamento cresceu 3,6%, acumulando um ganho de 7% nos últimos dois meses. “O mês de março foi marcado pela expansão do setor de transportes. A alta foi puxada principalmente pelo transporte de cargas, que avançou 4,7% no período enquanto o transporte de passageiros recuou 3,3% na comparação com o mês anterior”, explica o analista da pesquisa, Luiz Almeida.

 

Outras duas atividades também avançaram em volume no mês de março. São elas: serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 2,6% e recuperou parte da perda de 3,4% acumulada nos dois primeiros meses do ano; e ainda o setor de serviços de informação e comunicação, com variação de 0,2%. Pelo lado das quedas, destacam-se serviços prestados às famílias (-1,7%) e os outros serviços (-0,6%).

Quando o recorte é para o acumulado do primeiro trimestre de 2023, a análise setorial é a mesma. O ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio avançou 6,5% no total, impulsionado pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; rodoviário coletivo de passageiros; armazenamento e depósito e mercadorias; transporte dutoviário; e estacionamento de veículos. “Além desse setor”, salienta Almeida, “também é possível destacar o setor de serviço de informação e comunicação, que cresceu 6,9% no período”, afirma.

No confronto contra março de 2022, o volume de serviços, que avançou 6,3% no total, também apresentou expansão em quatro das cinco atividades, com crescimento em 57,8% dos 166 tipos de serviços investigados. “O resultado tem uma influência do chamado efeito-calendário, com uma maior quantidade de dias úteis em 2023, bem como a manutenção da demanda do transporte de insumos e escoamento da produção agrícola,” relembra o pesquisador

Entre os setores, destaque também para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (8,5%) e de informação e comunicação (6,5%). Apenas o setor de outros serviços não avançou, mas também não recuou e apresentando estabilidade (0,0%).

Transportes de cargas se expande e bate recorde em março enquanto o de passageiros recua

No indicador especial de transportes por tipo de uso, o destaque positivo em março de 2023 é o volume de transporte de carga, que apontou expansão de 4,7%, acumulando ganhos de 7,7% nos dois últimos meses após a perda (-2,7%) em janeiro. O setor atinge o ponto mais alto da série, anteriormente apresentado em agosto de 2022. A atividade está 39,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).

Por outro lado, o transporte de passageiro registrou queda de 3,3% na passagem de fevereiro para março, após avanço de 2,4%. O segmento se encontra 1% acima do nível pré-pandemia e 22% abaixo do ponto mais alto da série histórica (fevereiro de 2014).

Serviços crescem em 24 das 27 Unidades da Federação em março

Na análise regional, a PMS mostra que a maior parte (24 das 27) das Unidades da Federação (UF) teve expansão no volume de serviços em março na comparação com fevereiro. Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (1,8%) e Rio de Janeiro (2,8%), seguidos por Minas Gerais (3,2%), Santa Catarina (5,9%) e Rio Grande do Sul (2,8%). Do outro lado, as principais influências negativas foram de Pernambuco (-2,3%), Mato Grosso (-1,9%) e Amapá (-1,7%).

Na comparação com março de 2022, a alta de serviços foi verificada em 26 das 27 UFs. As principais contribuições positivas de São Paulo (3,4%), Rio de Janeiro (9,5%), Paraná (11,4%), Minas Gerais (7,3%), e Santa Catarina (14%). Apenas Distrito Federal (-0,6%) apresentou resultado negativo.

O acumulado do primeiro tri de 2023 foi disseminado nas 27 UFs, com o principal impacto positivo sendo verificado em São Paulo (3,3%), seguido por Rio de Janeiro (8,0%), Minas Gerais (8,9%), Paraná (11,1%) e Rio Grande do Sul (8,1%).

Índice de atividades turísticas varia 0,1% em março

O índice de atividades turísticas teve variação de 0,1% frente a fevereiro, quando registrou queda de 1,3%. O segmento está 1,4% acima do patamar pré-pandemia e 5,9% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em fevereiro de 2014.

Na análise regional, apenas quatro dos 12 locais pesquisados apresentaram variação positiva, sendo a influência mais importante verificada em Minas Gerais (2,2%), seguido por São Paulo (0,4%), Paraná (2,6%) e Bahia (1,8%). No lado das quedas, destaque para Rio de Janeiro (-3,3%), Rio Grande do Sul (-5,5%) e Distrito Federal (-3,6%).

Na comparação anual, a expansão foi de 6,6%, 24ª taxa positiva seguida. No acumulado do primeiro tri de 2023, a alta ficou em 11,1%.

Mais sobre a pesquisa 

A PMS produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. Há resultados para o Brasil e todas as unidades da federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra

Esta é a terceira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, além de alterações metodológicas, com o objetivo de retratar mudanças econômicas na sociedade. São atualizações já previstas e implementadas periodicamente pelo IBGE.