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Sinapi

Custos da construção crescem 1,78% em maio

Editoria: Estatísticas Econômicas | Carmen Nery

09/06/2021 09h00 | Atualizado em 07/07/2021 10h53


Materiais que têm aço como matéria prima continuam com forte influência no índice da construção - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (9) pelo IBGE, subiu 1,78% em maio, uma ligeira desaceleração de 0,09 ponto percentual em relação a abril (1,87%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 18,18%, resultado acima dos 16,31% registrados nos doze meses imediatamente anteriores, e o maior da série histórica. O acumulado de janeiro a maio ficou em 8,71%. Em maio de 2020, o índice foi 0,17%.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que em abril havia fechado em R$ 1.363,41, passou em maio para R$ 1.387,73, sendo R$ 810,08 relativos aos materiais e R$ 577,65 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 2,66%, registrando queda de 0,48 ponto percentual em relação ao mês anterior (3,14%). Considerando o índice de maio de 2020 (0,19), houve aumento de 2,47 pontos percentuais.

“Houve alta generalizada nos preços dos materiais em todo o país, sobretudo na Bahia, que teve a maior alta, 4,94%. Os materiais também apresentam o maior índice acumulado dos últimos 12 meses de toda a série histórica, 31,58%. Dentre eles, aqueles que têm aço como matéria prima de produção continuaram com forte influência, já evidenciada em meses anteriores. Estamos trocando meses com variações baixas no ano passado por variações altas em 2021”, destaca o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.

Já a parcela de mão de obra, com taxa de 0,58%, influenciada por dissídios coletivos homologados no Rio de Janeiro e Distrito Federal, apresentou aumento de 0,40 ponto percentual em relação a abril (0,18%) e de 0,44 ponto percentual se comparado a maio do ano anterior (0,14%).

“Em maio, houve a captação dos dissídios no Rio de Janeiro e em Brasília, além de registros de reajustes no Mato Grosso do Sul, que ainda não finalizaram, na totalidade dos sindicatos regionais da construção civil, o acordo para o período de 2021/2022”, analisa Oliveira.

Os acumulados no ano são 14,03% (materiais) e 2,04% (mão de obra), sendo que em 12 meses ficaram em 31,58% (materiais) e 3,44% (mão de obra).

Região Sudeste registra maior alta

A região Sudeste, com alta observada na parcela dos materiais em todos os estados, e acordo coletivo registrado no Rio de Janeiro, ficou com a maior variação regional em maio, 2,07%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,16% (Norte), 1,90% (Nordeste), 1,14% (Sul), e 1,69% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.367,38 (Norte); R$ 1.318,11 (Nordeste); R$ 1.441,87 (Sudeste); R$ 1.438,67 (Sul) e R$ 1.352,93 (Centro-Oeste).

Entre os estados, Rio de Janeiro apresentou a maior variação mensal, 3,73%. Em seguida veio a Bahia, com 2,95%, que registrou a maior taxa na parcela dos materiais (4,94%).

Mais sobre o Sinapi

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. Acesse os dados no Sidra.