Em fevereiro, IPCA-15 fica em 1,42%
23/02/2016 10h47 | Atualizado em 07/06/2017 12h08
Período
|
TAXA
|
---|---|
FEVEREIRO 2016
|
1,42%
|
Janeiro 2016
|
0,92%
|
Fevereiro 2015
|
1,33%
|
Acumulado 2016
|
2,35%
|
Acumulado 12 meses
|
10,84%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 1,42%, em fevereiro, e ficou 0,50 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,92% de janeiro. Em relação aos meses de fevereiro, consistiu no índice mais elevado desde 2003, quando registrou 2,19%. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 10,84%, o maior desde novembro de 2003, que chegou a 12,69%. Em fevereiro de 2015, a taxa havia sido 1,33%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
As pressões mais fortes na formação do índice do mês vieram dos grupos Alimentação e Bebidas, com alta de 1,92% e impacto de 0,49 p.p., Transportes, com 1,65% e 0,30 p.p. e Educação, com 5,91% e impacto de 0,27 p.p.. Juntos, foram responsáveis por 75% do IPCA-15, somando 1,06 p.p. de impacto. Os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados encontram-se a seguir.
Grupo |
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Janeiro
|
Fevereiro
|
|
Índice Geral
|
0,92
|
1,42
|
0,92
|
1,42
|
Alimentação e Bebidas
|
1,67
|
1,92
|
0,42
|
0,49
|
Habitação
|
0,57
|
0,40
|
0,09
|
0,06
|
Artigos de Residência
|
0,48
|
0,86
|
0,02
|
0,04
|
Vestuário
|
0,49
|
0,14
|
0,03
|
0,01
|
Transportes
|
0,87
|
1,65
|
0,16
|
0,30
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,66
|
1,04
|
0,07
|
0,12
|
Despesas Pessoais
|
1,00
|
0,93
|
0,11
|
0,10
|
Educação
|
0,28
|
5,91
|
0,01
|
0,27
|
Comunicação
|
0,11
|
0,91
|
0,00
|
0,03
|
A alta de 5,91% registrada no grupo Educação reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, item que subiu 7,41%. Constituiu-se no maior impacto individual no índice do mês, 0,21 p.p. . À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença de período de reajuste, nas demais regiões os cursos situaram-se entre os 3,99%, da região metropolitana de Recife, e os 10,88%, do Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.), a variação foi 5,53%.
Nos alimentos, os preços continuaram subindo e foram para 1,92%. Entre os vários itens pesquisados, destacam-se, com aumentos significativos, a cenoura (24,26%), a cebola (14,16%), o tomate (14,11%), o alho (13,08%), a farinha de mandioca (12,20%) e as hortaliças (8,66%).
As tarifas dos ônibus urbanos, com alta de 5,69%, se destacam no grupo Transportes, tendo em vista reajustes ocorridos nas seguintes regiões:
Região
|
Variação (%)
|
Reajuste (%)
|
Data
|
---|---|---|---|
Recife |
12,78
|
14,28
|
19/01
|
Curitiba |
7,57
|
12,00
|
01/02
|
São Paulo |
7,04
|
8,57
|
09/01
|
Rio de Janeiro |
7,04
|
11,76
|
02/01
|
Salvador |
5,88
|
10,00
|
02/01
|
Belo Horizonte |
5,71
|
8,82
|
03/01
|
Goiânia |
3,64
|
12,10
|
06/02
|
Nos Transportes, foram registrados, também, aumentos expressivos nas tarifas de trem (6,12%), metrô (5,27%), ônibus intermunicipais (5,04%) e táxi (3,65%), além da alta do litro do etanol (4,92%) e da gasolina (1,20%).
Entre os itens que compõem os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, sobressaem os seguintes:
- TV, Som e Informática – 3,43%
- Cigarro – 2,61%
- Higiene pessoal – 1,64%
- Taxa de água e esgoto – 1,64%
- Serviços médicos e dentários – 1,45%
- Artigos de limpeza – 1,40%
- Plano de saúde – 1,06%
Quanto aos índices regionais, o maior foi o de Salvador (2,26%), onde os alimentos tiveram alta de 4,59%. O menor índice foi o de Brasília (1,01%), em virtude da queda de 13,14% no item passagens aéreas, que, com peso de 1,79%, gerou impacto de -0,24 p.p. no mês. A seguir, os resultados por região pesquisada.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Ano
|
12 meses
|
||
Salvador |
7,35
|
0,97
|
2,26
|
3,25
|
11,14
|
Recife |
5,05
|
0,91
|
1,82
|
2,75
|
11,17
|
Rio de Janeiro |
12,46
|
1,14
|
1,62
|
2,77
|
10,84
|
Belém |
4,65
|
0,97
|
1,45
|
2,43
|
10,27
|
Porto Alegre |
8,40
|
1,02
|
1,45
|
2,49
|
11,49
|
Fortaleza |
3,49
|
1,20
|
1,41
|
2,62
|
11,97
|
Belo Horizonte |
11,23
|
0,79
|
1,32
|
2,12
|
9,37
|
São Paulo |
31,68
|
0,95
|
1,24
|
2,20
|
10,68
|
Goiânia |
4,44
|
0,74
|
1,21
|
1,96
|
11,04
|
Curitiba |
7,79
|
0,53
|
1,14
|
1,67
|
12,32
|
Brasília |
3,46
|
0,68
|
1,01
|
1,70
|
10,25
|
Brasil |
100,00
|
0,92
|
1,42
|
2,35
|
10,84
|
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de janeiro a 15 de fevereiro de 2016 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de dezembro de 2015 a 14 de janeiro de 2016 (referência). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Comunicação Social
23 de fevereiro de 2016