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Novo ciclo no IBGE: reforço no quadro de pessoal e avanços institucionais

Editoria: IBGE

17/07/2025 20h55 | Atualizado em 17/07/2025 21h08

Após quase dez anos de esvaziamento do quadro de servidores permanentes, o IBGE começou a receber, nesta semana, os novos colegas aprovados no maior concurso público já realizado pela instituição em seus quase 90 anos de história. Foi também o concurso de menor custo para o IBGE e o mais concorrido, com alta relação candidato/vaga: aproximadamente 45% do total de inscritos no Concurso Nacional Unificado disputaram as vagas do IBGE, que representaram cerca de 13% do total dos postos de trabalho ofertados no certame.

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Além da chegada dos novos servidores, merece destaque o sistemático esforço de fortalecimento e modernização institucional. De um lado, a recomposição salarial, fruto das reivindicações do funcionalismo: entre 2018 e 2022, não houve reajuste, mesmo com uma inflação acumulada de 32,7%. De 2023 a 2025, entretanto, o reajuste foi de 20,7%, com inflação acumulada até o momento de 12,4%, e já está previsto novo aumento para 2026.

No caso dos servidores temporários — que também não tiveram reajustes nominais entre 2018 e 2022 —, o ganho remuneratório de 2023 a 2025 foi expressivo. Para os Agentes de Pesquisas e Mapeamento (APMs), por exemplo, o aumento chegou a 93,2%. Também houve elevação recente no valor do auxílio-alimentação.

No âmbito do fortalecimento institucional, destaca-se a recomposição do orçamento voltado às pesquisas. Até 2025, o volume de recursos públicos destinados a essa área será 2,6 vezes maior do que o registrado em 2022, quando o orçamento foi de apenas R$ 85 milhões — um dos menores já verificados na história do IBGE.

Cabe ainda destacar os esforços da atual gestão para aprimorar o uso dos investimentos, priorizando ações como a manutenção predial e de equipamentos próprios, entre outras iniciativas importantes conduzidas nos últimos dois anos.

Simultaneamente, avança o movimento de modernização institucional, com três frentes de atuação que buscam posicionar o IBGE de forma estratégica em uma sociedade em rápida transformação digital.

A primeira frente trata do fortalecimento da capacidade da instituição para operar com grandes volumes de dados, para além da já robusta produção estatística e geocientífica. Por meio da construção do Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados (SINGED), está em implantação o Programa Nacional de Inteligência e Governança Estatística e Geocientífica, voltado a subsidiar políticas públicas preditivas. Nesse esforço, já estão em curso parcerias com instituições produtoras de dados públicos federais e com o Serpro, maior empresa pública de processamento de dados do país.

Com isso, o IBGE avança na construção de novas pesquisas em caráter experimental, aprofundando a integração de bases de dados e registros administrativos.

Ao mesmo tempo, é necessário olhar para o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, bem como o Censo Demográfico de 2030. A preparação antecipada abre espaço para inovações metodológicas e operacionais que precisam ser testadas com antecedência e critério.

Outro ponto relevante são os grupos de trabalho formados por servidores da casa, que vêm se dedicando à formulação de diretrizes para uma política de inovação e para o uso soberano da Inteligência Artificial na instituição.

Por fim, merecem destaque as ações internas voltadas à ampliação do campo das Ciências de Dados no IBGE — uma frente estratégica que se soma à já reconhecida competência técnica da casa, com foco no uso integrado de múltiplas fontes de informação e imagens.

Nesse contexto de otimismo e de encaminhamento de tantos projetos inovadores, o IBGE recebe os novos servidores com as melhores expectativas possíveis, para que venham somar seus saberes e experiências às melhores práticas em curso na casa.

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Para a diretora de Geociências, Maria do Carmo Bueno, "a entrada de novos servidores é sempre motivo de alegria! Gente nova traz energia e ideias novas, além de entusiasmo.

Essa mistura de gente nova com o pessoal mais antigo da casa é que faz a instituição crescer e se transformar. Juntos, vamos construir uma equipe mais diversa e preparada para enfrentar os desafios."

Na Diretoria de Pesquisas, o sentimento é bem semelhante. O diretor de pesquisas adjunto, Vladimir Gonçalves Miranda, registra que “os novos servidores foram recepcionados com muita alegria e expectativas pelas equipes que prepararam um dia de atividades para início do processo de integração. Esperamos que eles se sintam muito bem acolhidos, se sintam motivados e tragam novos conhecimentos e ideias para atacar os desafios encontrados pela nossa casa”. 

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O sucesso do concurso unificado significa o início da recomposição do quadro de pessoal da instituição, não só para manutenção das atividades existentes como para proporcionar projetos de inovação. Na Diretoria-Executiva, a diretora Flavia Vinhaes e a diretora adjunta Rose Mary Rodrigues destacam que “a chegada de novos integrantes nas equipes de trabalho sempre traz um novo ânimo para todos, pois trazem consigo suas experiências anteriores e suas expectativas, fazendo com que haja uma troca com os servidores mais experientes no IBGE. E essa troca é fundamental para seguirmos desenvolvendo nossas atividades, sem nunca perder de vista a missão do IBGE”.

Essa percepção também é compartilhada na Diretoria de Tecnologia de Informação. “A chegada de novos funcionários é comemorada pois a demanda de tecnologias é fundamental para a execução de todos os trabalhos realizados no IBGE. Bancos de dados, aplicações e sistemas, redes, acessos com segurança, laptops, desktops, DMCs, Wi-Fi, tokens, todos os tipos de programas, produção de pesquisas estatísticas e geocientíficas, sistemas administrativos e educacionais, todos se beneficiarão com essa chegada de bons companheiros de trabalho. Busca-se, com esse reforço, disponibilizar melhores serviços, mesmo sabendo que a demanda é maior do que pudemos receber nesse concurso”, explica do diretor adjunto da área, Arnaldo Lyrio Barreto.

No que diz respeito à Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), o coordenador-geral ressalta: “Com a incorporação de novos servidores será possível reforçar áreas estratégicas de ensino, pesquisa e gestão, assegurando a excelência acadêmica e institucional que caracteriza a ENCE. A recomposição do quadro funcional contribui para a renovação de ideias, o intercâmbio de experiências e o fortalecimento da nossa missão, atendendo às demandas crescentes da comunidade acadêmica e da administração pública por formação e produção científica alinhadas aos desafios contemporâneos. A integração dos novos é essencial para permitir que eles colaborem com seus conhecimentos e competências para o desenvolvimento da ENCE e do IBGE como um todo.”

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Em todo o país, os novos servidores oriundos do Concurso Nacional Unificado estão recebendo as primeiras orientações e informações por meio do Programa de Integração de Novos Servidores, realizado nas unidades do IBGE em sua sede no Rio de Janeiro e em todos os estados.

Tudo isso demonstra que o IBGE permanece dinâmico, comprometido com a valorização de seus trabalhadores e com a promoção de inovações em diferentes frentes. A competência institucional acumulada ao longo de décadas segue sendo a base sobre a qual se constrói a modernização. É esse alicerce que permite ao IBGE cumprir sua missão de oferecer, com excelência, os retratos da população e do território brasileiro que subsidiam as políticas públicas no país.