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SINGED Lab

IBGE oferece treinamento do SINGED-Lab a 210 gestores para auxílio a municípios do Rio Grande do Sul

Editoria: IBGE | Esther da Gama e Breno Siqueira

14/06/2024 14h00 | Atualizado em 17/06/2024 17h19

O treinamento foi gratuito e as inscrições foram feitas pelo site da livraria do IBGE.

Em uma das ações da força-tarefa criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para auxiliar na reconstrução das cidades atingidas por enchentes no estado do Rio Grande do Sul, mais de 200 gestores, estudantes, docentes, profissionais liberais, membros de organizações da sociedade civil e agentes públicos municipais e estaduais participaram das duas turmas do treinamento online do SINGED Lab, realizadas nos dias 3 e 7 de junho.

No total, 156 participantes de 58 municípios gaúchos (ver mapa) receberam treinamento e capacitação para utilizar as ferramentas do IBGE na reconstrução e mitigação dos danos causados pelos desastres climáticos que assolaram o estado, de modo a atuar de maneira mais precisa e célere no diagnóstico, planejamento e recuperação dos locais atingidos. Além dos gestores do RS, o treinamento recebeu participantes de outros 16 estados brasileiros. O público diversificando incluiu gestores municipais e estaduais de secretarias de diferentes áreas, fundações, universidades, assessores de câmaras de vereadores, conselhos e coordenações municipais, institutos de pesquisa e de produção de dados estaduais e municipais, e servidores de ministérios e  assessores e gestores de mais de 28 prefeituras gaúchas.

Em fala inicial, o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, explicou que a força-tarefa “busca melhorar o acesso ao conjunto de informações que o IBGE dispõe. O corpo diretivo do Instituto que enxerga uma oportunidade de reconstrução do Rio Grande do Sul, especialmente das áreas alagadas, de uma maneira racional e planejada, com evidências observadas por meio dos estudos, pesquisas e mapas, milhares de informações municipais e estaduais que permitem justamente uma atuação mais precisa, mais consistente e localizada nas especificidades de cada um dos municípios atingidos”.

A oficina contou com a mediação de Daniel Castro, coordenador-geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações e da Coordenação de Comunicação Social do IBGE (CDDI/CCS), que afirmou o que o propósito do treinamento é “ajudar de todas as formas possíveis, com informações corretas que possam atender no diagnóstico, no planejamento e na reconstrução do Rio Grande do Sul”.

Rodrigo Almeida, membro da Gerência de Inovação e Desenvolvimento da Coordenação de Experiência e Serviços On-line (CEON), apresentou as principais funções do Portal IBGE, como os principais indicadores socioeconômicos, as notícias produzidas pela Agência IBGE Notícias, informações sobre as cidades e estados do país, como o caso de Porto Alegre. “Nesta seção temos dados mais básicos dos municípios brasileiros, como área e população, mas no portal Cidades temos informações muito mais detalhadas, com mais indicadores”, explicou o gerente.

Em destaque, Almeida apresentou alguns dados do Censo para os gestores públicos, como os recortes já divulgados, tabelas, conceitos e métodos. “Temos o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE) que foram realizados por recenseadores e pode ser útil para terem noção de onde estavam determinadas casas que foram atingidas pelas enchentes”, explicou.

Na sequência, Danilo Jesus, também da CEON, destacou pontos da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS Global Navigation Satellite Systems) em Tempo Real, apresentando as formas de acesso ao produto, ferramentas de cadastro para download e assinatura de serviços, e o tutorial para a realização do PPP (Posicionamento por Ponto Preciso) em tempo real. “Esses serviços do PPP são usamos no monitoramento com drones para auxílio de resgate destas regiões. No passado, também foram em outras situações catastróficas, como o caso de Brumadinho, para delimitar as áreas afetadas com uma boa taxa de sucesso”, explicou Jesus, que também apresentou o Banco de Dados Geodésicos (BDG), um conjunto de informações sobre as estações de referência, que constituem o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), implantado desde 1939.

As APIs (Interface de Programação de Aplicação) de serviço de dados como agregados, Banco de Dados Geodésicos, calendário, CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), localidades e malhas geográficas foram apresentados por Felipe Barrreiro, também da CEON. “Com estas ferramentas, podemos pegar os dados de uma forma mais visual, assim como de uma maneira mais programática”, explicou Barreiro.

A equipe técnica também apresentou o Panorama, site com os principais dados sobre os municípios brasileiros, e o BdiA (Banco de Informações Ambientais), ferramenta na qual os gestores públicos e demais pessoas conseguem pesquisar informações de diferentes temas do mapeamento de recursos naturais, além de outros produtos do IBGE, como o monitoramento de cobertura e uso da terra. Como exemplos, a equipe mostrou dados dos municípios de Porto Alegre, Caxias do Sul e Venâncio Aires.

Encerrando o treinamento do SINGED Lab, Sônia Zanutto, servidora da superintendência do IBGE no Rio Grande do Sul ministrou uma oficina específica sobre o Sistema de Recuperação Automática (SIDRA), na qual mostrou um panorama geral de tabelas utilizando os dados de pesquisas do IBGE. Para Sônia, “o treinamento foi muito útil para quem precisa entender como buscar a quantidade imensa de informações e sistemas para recuperação dos dados que estão disponíveis no Portal do IBGE, de forma on-line e totalmente gratuita, 24h por dia”.

Para Miguel Zanona, um dos 210 participante, "o treinamento é interessante para conhecer as opções e disponibilidades de acesso da plataforma, visto que permite aproveitar informações que são disponibilizadas para o desempenho do trabalho, como por exemplo diagnósticos e levantamentos ambientais".

As duas turmas do treinamento foram iniciadas às 8h e encerradas às 12h, com transmissão virtual por meio da plataforma Webex, e os participantes que acompanharam a mais de 50% do treinamento na plataforma receberão certificados. Ao final, perguntas e dúvidas dos participantes foram enviadas pelo formulário do SINGED e os palestrantes responderam.

SINGED Lab

O SINGED Lab é o laboratório virtual de inovação do IBGE, que visa melhorar o acesso às informações que o Instituto dispõe e atuar com todos os órgãos para dar suporte no enfrentamento das enchentes do Rio Grande do Sul. Ele tem como objetivo criar um ambiente de experimentação, geração de ideias e projetos para o diagnóstico e planejamento de políticas públicas, por meio do uso da tecnologia e do vasto acervo de dados que o SINGED dispõe. Algumas das ferramentas que compõem o SINGED Lab são o IBGE Cidades, o Panorama do Censo, a Plataforma Geográfica Interativa (PGI), o Sistema de Recuperação Automática (SIDRA) e o Portal de Mapas.