IBGE dá continuidade em Brasília à série de reuniões do Diálogos Externos IBGE 90 Anos
24/04/2024 11h52 | Atualizado em 25/04/2024 10h25
Em nova rodada de reuniões dos Diálogos Externos do IBGE em Brasília, parte do Projeto Diálogos IBGE 90 Anos,o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, participou nesta terça-feira, 23, da abertura da IV Reunião Ordinária do Conselho de Participação Social, colegiado de assessoramento do presidente Lula. Sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República, é composto por 68 conselheiros e conselheiras indicados pelos movimentos sociais, redes e entidades da sociedade civil do país, com o objetivo de discutir grandes temas nacionais e a atuação do governo federal na promoção da participação social.
Durante dois dias a IV Reunião do Conselho, realizada no auditório do Palácio do Planalto, reúne integrantes do Conselho e assessores e assessoras de Participação Social e Diversidade dos Ministérios. Pochmann participou da mesa de análise de conjuntura, junto com a secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, KelliMafort, com o secretário nacional de Articulação Social, Marcelo Fragoso, com a representante da Frente Nacional em Defesa do SUAS, Aldenora Gonzales, a representante do Movimento Negro Unificado, Simone Ferreira Nascimento, e a coordenadora do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra, Ceres Luisa Antunes.
Em sua fala, Pochmann ressaltou a mudança de época histórica, com aceleração do tempo presente, e a disputa sobre o futuro, do país e do planeta. A mudança do regime climático, o novo regime demográfico do Brasil, e a datificação imposta pela Era Digital são desafios que Pochmann elencou aos conselheiros e conselheiras.
“É uma mudança de época em que a participação social é fundamental para dar perspectiva, com pressões que vem de baixo. A Era Digital mudou nossa forma de relacionamento, é uma questão absolutamente estratégica do presente em pensar o futuro. É uma nova forma de subdesenvolvimento do país, que coloca em xeque a soberania nacional. Se não temos soberania das informações, como tomar decisões?”, questionou o presidente do IBGE.
Neste sentido, Pochmann ressaltou que a pesquisa ajuda a sociedade a analisar e interpretar a realidade. “O IBGE tem feito um esforço gigantesco para mostrar essa nova realidade, estamos preparando para a segunda metade dessa década um conjunto de 17 novas pesquisas. Há frentes novas de dinamismo do país, que precisam ser consideradas à luz de novas pesquisas, que meçam, por exemplo, o impacto da questão ambiental no cálculo do PIB [Produto Interno Bruto], o chamado PIB azul, e as novas formas e relações de trabalho. O Brasil pode ser muito melhor do que ele é, e não há nada que nos impeça de fazer essa mudança, a não ser o medo de ousar, de fazer diferente”, afirmou Pochmann.
Na sequência, Pochmann esteve reunido com a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, para conversas iniciais no sentido de estreitamento de relações entre o IBGE e as universidades federais, com a possibilidade de realização de pesquisas sobre a juventude brasileira e suas expectativas, entre outros projetos.
“A reunião com o presidente Pochmann foi excelente, pensamos em parcerias com as universidades federais, vamos provavelmente no próximo mês assinar um acordo de cooperação, para pensar o futuro da nossa juventude, analisar os dados, os interesses e prioridades da juventude, para ajudar a traçar políticas públicas para este segmento no país”, afirmou a presidente da Andifes.
No período da tarde, reunião com secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, Milton Zuanazzi, em conversas iniciais para pesquisas sobre potencial e regionalização do turismo no Brasil. Em seguida, Pochmann participou da abertura da reunião do Observatório do Meio Ambiente e das mudanças climáticas do Poder Judiciário, no auditório do Conselho Nacional de Justiça, presidido pelo ministro Roberto Barroso, também presidente do Supremo Tribunal Federal.
“Um dia produtivo tendo em vista as reuniões realizadas que reafirmaram o papel do IBGE na centralidade das informações e dados que possam cada vez mais subsidiar as políticas públicas do Brasil. No contato com a presidência da Andifes, representando as universidades federais, com abertura da possibilidade de a realização de um acordo de cooperação técnica que se desdobre em pesquisas abrangentes sobre a juventude brasileira, suas aspirações e perspectivas, ampliando o conhecimento a respeito dos desafios da educação brasileira”, afirmou Pochmann.
“No âmbito da interlocução com o Ministério do Turismo e com o Conselho Nacional de Justiça, por meio do Observatório do Meio Ambiente e das mudanças climáticas do Poder Judiciário, o destaque para o IBGE no que concerne à integração de dados que permitam aperfeiçoamento das políticas públicas relacionadas è economia turística nacional, quanto ao subsídio às ações de sustentabilidade e observação dos diferentes biomas brasileiros”, concluiu o presidente do IBGE.