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Fórum Mundial de Dados

IBGE assina acordo de cooperação para estimular uso de Big Data e Ciência de Dados

Editoria: IBGE | Caio Belandi

03/05/2023 14h00 | Atualizado em 03/05/2023 16h18

Representantes de institutos de Estatística do mundo inteiro debateram temas como Big Data e Censo. Foto: Acervo IBGE

O IBGE esteve presente no 4º Fórum Mundial de Dados das Nações Unidas (ONU), realizado em Hangzhou, na China, entre os dias 24 e 27 de abril. O encontro aconteceu de maneira híbrida - presencial e online – e debateu a inovação, cooperação e melhora da credibilidade dos dados em âmbito internacional. Representaram o Instituto no evento a diretora-adjunta de Pesquisas, Maria Lucia França Pontes Vieira, o coordenador de Geografia, Cayo de Oliveira Franco e a chefe do Núcleo de Pesquisas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), Andrea Diniz da Silva.

Durante o fórum, o IBGE, que sedia o Hub Regional da ONU para Big Data da América Latina e do Caribe, assinou acordo de cooperação com os demais hubs regionais sediados na China, nos Emirados Árabes e em Ruanda. Os hubs regionais têm como objetivo contribuir para o avanço do uso de big data na produção estatística, promovendo capacitação e estimulando a parceria entre os vários institutos de estatística das regiões ao redor do planeta, com o intuito de contribuir para a modernização da produção de estatísticas oficiais através da utilização de Big Data e Ciência de Dados.

Para Andrea Diniz da Silva, que também coordena o Hub Regional no Brasil, o momento é de urgência para alavancar o uso de Big Data e atender as demandas que não podem ser atendidas por dados tradicionais, de pesquisas e registros administrativos. “O fórum é um espaço fundamental para identificar e dar visibilidade aos esforços que já estão sendo feitos nessa direção e também facilita a colaboração, evitando a duplicação de trabalho na comunidade estatística global”, explica. “Isso é muito importante porque as demandas são muitas e os recursos são escassos então precisam ser bem aproveitados”, complementa a pesquisadora, que também destacou a cooperação entre os hubs regionais, tidos por ela como fundamental para ações coordenadas e compartilhamento de conhecimento, de experiências e de boas práticas. “Os desafios enfrentados pelos institutos de estatística são muito parecidos, independentemente da região, então as soluções encontradas para enfrentá-los devem ser compartilhadas”, afirma.

Representantes do IBGE estiveram na China participando do 4º Fórum Mundial de Dados da ONU. Foto: Acervo IBGE

Fórum também debateu integração com informações geoespaciais

O evento também tratou da integração dos dados com a informação geoespacial, vista pelo Coordenador de Geografia, Cayo Franco, como um caminho de inovação a ser perseguido pelos países. “O Brasil tem uma vantagem comparativa em relação aos outros países, pois tem no IBGE as duas comunidades interagindo de forma crescente. Espero que possamos avançar sobre muitas das metodologias e temas discutidos nas conferências e sessões nesses próximos anos,” afirma o pesquisador. Ele também avalia como positiva a participação das Geociências no fórum pois permitiu o debate qualificado sobre os temas de governança, parcerias, inovação e desafios na produção de dados. E ainda chamou a atenção para a participação no evento paralelo do Hub de Big Data. “Foi fantástica tanto pela temática relevante para ao futuro da produção de dados do IBGE, quanto por termos tido contato com os demais Hubs regionais”, diz, destacando a infraestrutura do, agora, Hub Global na China e a projeção que o Brasil e o IBGE têm com o Hub Regional que sedia.

Censos também estiveram em pauta no encontro

A realização das operações censitárias ao redor do globo também foi assunto no 4º Fórum Mundial de Dados das Nações Unidas. Maria Lucia Vieira ressaltou os debates feitos sobre o tema e como as mudanças na sociedade tiveram efeitos na realização do censo em vários países. “As dificuldades dos institutos são similares e a promoção desse tipo de debate para compartilhar ideias é fundamental, pois traz ganhos para todos”, elogia. Ela também apontou como ponto positivo do evento as sessões sobre monitoramento da estatística digital e o uso de Big Data e registros administrativos, além das mesas sobre geoprocessamento de dados. “Também destaco as falas sobre a importância de educar a população para compreender e confiar nos dados estatísticos entre os muitos temas relevantes e interessantes”, conclui.