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Projeto BC100

IBGE lança nova Base Cartográfica Contínua de Goiás e do Distrito Federal

Editoria: Geociências | Igor Ferreira

15/12/2022 10h00 | Atualizado em 09/02/2023 09h03

  • Destaques

  • A versão atualizada da Base Cartográfica Contínua de Goiás e do Distrito Federal (BC100_GODF) integra o Projeto BC100, que planeja mapear as 27 unidades da federação na escala 1:100.000.
  • O produto cartográfico é importante para o planejamento setorial de obras de infraestrutura como energia, transporte e comunicações.
  • A nova BC100_GODF contém uma camada de informação adicional chamada de “Índice dos Nomes”, correspondente à nomenclatura dos elementos que a integram.
  • Além de Goiás e do Distrito Federal, já fazem parte do Projeto BC100 os estados de Alagoas, Rio Grande do Sul, Sergipe e Espírito Santo.
Visão aproximada da BC100_GODF para a região compreendida entre Goiânia e Anápolis, no estado de Goiás

O IBGE disponibiliza a partir de hoje (15) a versão 2022 da Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado de Goiás e do Distrito Federal, na escala 1:100.000. O lançamento faz parte do Projeto BC100, que tem por objetivo mapear as 27 unidades da federação nessa escala. Goiás e o Distrito Federal foram os primeiros estados a fazerem parte do projeto, cuja primeira versão foi publicada em 2016. O produto integra o conjunto de dados geoespaciais publicados na escala 1:100.000, assim como as bases de Alagoas, Rio Grande do Sul, Sergipe e Espírito Santo.

A nova BC100_GODF está disponível em formatos livres (Shape File, GeoPackage e dump do banco PostGis), para utilização em Sistemas de Informação Geográfica e por meio de geosserviço, via Plataforma Geográfica Interativa.

As principais aplicações dessa base, a exemplo de todas as demais que integram o Projeto BC100, estão no planejamento setorial de obras de infraestrutura, no desenvolvimento de programas de governo com enfoque territorial, em análises que demandem uma visão conjunta do espaço geográfico e como subsídio na representação espacial de aspectos sociais, econômicos e ambientais do território.

A versão 2022 do produto contempla a atualização das classes divulgadas na versão anterior, a inclusão de classes não mapeadas anteriormente, além da atualização quanto à modelagem dos dados para a versão 3.0 das Especificações Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-EDGV 3.0). As classes mapeadas correspondem a categorias de informação referentes a Estrutura Econômica; Energia e Comunicações; Hidrografia; Limites e Localidades; Relevo; Sistemas de Transporte e Edificações.

Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado de Goiás e do Distrito Federal

"As iniciativas empreendidas na integração da área responsável pela produção da base cartográfica (mapeamento de referência) com o setor responsável pelo mapeamento para fins censitários são algumas das inovações apresentadas pela BC100_GODF de 2022. Isso permitiu o aproveitamento de dados de outros projetos, bem como de informações produzidas por diferentes pesquisas e coletas realizadas no IBGE, agregando informações à base cartográfica, sem desconsiderar os padrões e normas do mapeamento básico terrestre de referência", destaca o assistente técnico do IBGE, Leonardo Scharth.

Uma das melhorias alcançadas, comparada à versão de 2016, pode ser vista na categoria de edificações (escolas, postos de saúde, igrejas, estabelecimentos agropecuários, entre outras). Houve um acréscimo significativo de feições, permitindo uma melhor caracterização do território mapeado, através da representação de edificações que servem como referência local, especialmente na área rural.

“Além do incremento de novas classes não mapeadas na versão anterior, é possível notar uma grande diferença nas classes da Hidrografia e do Sistema de Transportes. Entre exclusões, alterações de traçado e incrementos, o ganho nesta nova versão foi significativo, principalmente, em decorrência da melhor resolução das imagens de referência disponíveis para a atualização da base cartográfica”, explica a assistente de Cartografia do IBGE, Fernanda Magri.

A integração das bases de dados permitiu também que vários nomes geográficos fossem adicionados, corrigidos ou confirmados em diversas classes de mapeamento, incluindo nomes de localidades e de trechos de drenagem.

“Muitos registros administrativos externos foram utilizados como insumos para o mapeamento. Como exemplo, podemos citar a base de dados do CNES/DATASUS para o mapeamento de estabelecimentos de saúde, cadastro de escolas do INEP para o mapeamento de estabelecimentos de ensino, entre muitos outros”, acrescenta o assistente de Cartografia do IBGE, Renato Lélis.

O produto apresenta, ainda, uma camada de informação adicional denominada “Índice dos Nomes”, correspondente aos nomes dos elementos que o integram. Ela permite localizar espacialmente esses nomes, representados por pontos, associados às suas respectivas categorias e classes dos elementos mapeados. Na versão de 2016, essa informação foi apresentada por meio de um documento textual anexo ao conjunto de dados, exigindo do usuário a execução de determinadas operações para visualizá-los espacialmente. Nesta nova publicação a consulta é direta, a exemplo das demais camadas que a integram.

Informações detalhadas sobre o processo de construção da base cartográfica estão disponíveis na Nota Metodológica que acompanha o produto. A BC100_GODF também pode ser acessada através do Geoportal da INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais) e seus metadados podem ser consultados no Catálogo de Metadados do IBGE.