O IBGE divulga hoje (21) a Malha Setorial Intermediária 2021 em formato digital, com a classificação de setores censitários urbanos e rurais, a fim de atender demandas de planejamento territorial. O setor censitário representa a menor porção territorial utilizada pelo IBGE para planejar e realizar pesquisas estatísticas. Ao todo, são 452.246 setores, sendo 345.646 urbanos, 105.706 rurais e 894 de massa d'água (sem domicílios).

Lançado pela primeira vez em 2019, o produto é compatível com escalas de 1:5.000 a 1:250.000. Todas as informações geoespaciais estão em formato SHP para aplicação em diferentes sistemas de informação geográfica, e em formato KMZ para visualizações na plataforma Google Earth.

O produto é resultado da ampliação da visão das diversas formas de ocupação humana no território nacional e é atualizado a partir de análises de imagens de satélite de altíssima resolução.

“Esta versão, além de trazer ampliação de 42% na quantidade de setores censitários em relação a 2010, conta em sua estrutura com 7.682 setores referentes a núcleos urbanos, 16.832 a povoados, 5.010 a lugarejos e 295 núcleos rurais distribuídos em todas as regiões do território nacional”, explica o geógrafo do IBGE, Felipe Leitão.

Como curiosidade, a soma da extensão de todas as linhas de limite dos setores – cartografadas e descritas textualmente – totaliza mais de cinco vezes a distância Terra-Lua (mais de 2,260 milhões de km). “Esse trabalho traduz o esforço do IBGE, mesmo diante do período de pandemia, em acompanhar o crescimento dos assentamentos humanos para manter atualizada a Base Territorial para a coleta do Censo Demográfico 2022”, reforça Leitão.

A Malha Setorial disponibilizada é independente de um Censo Demográfico ou Agropecuário, por isso é considerada intermediária e não apresenta dados estatísticos de população e domicílios. Ela traz a classificação de setores censitários em urbano ou rural em consonância com a divisão político-administrativa da Malha Municipal Digital publicada em março de 2022, também produzida anualmente pelo IBGE, sendo capaz de subsidiar o planejamento em níveis municipal, estadual e regional, além de pesquisas e atividades econômicas que demandem componentes espaciais.