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Sinapi

Preços da construção crescem 1,65% em junho e fecham 1º semestre em 7,52%

Editoria: Estatísticas Econômicas | Carlos Alberto Guimarães

08/07/2022 09h00 | Atualizado em 24/10/2022 12h13

Variação de preços dos materiais (1,19%) foi expressiva dentro da série histórica - Foto: Simone Mello/IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (08) pelo IBGE, apresentou alta de 1,65% em junho, caindo 0,52 ponto percentual (p.p.) em relação à taxa do mês anterior (2,17%), mas ainda assim registrando a segunda maior taxa de 2022. O primeiro semestre do ano fechou em 7,52% e o acumulado nos doze meses (14,53%) apresentou resultado pouco abaixo dos 15,44% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.601,76, passou em junho para R$ 1.628,25, sendo R$ 974,47 relativos aos materiais e R$ 653,78 à mão de obra. A mão de obra registrou índice de 2,35%, caindo 0,14 ponto percentual em relação ao mês anterior (2,49%), apesar dos acordos coletivos firmados no período. Comparando com junho do ano anterior (2,60%), houve queda de 0,25 ponto percentual.

“O resultado de junho foi influenciado pela parcela da mão de obra, que em alguns estados, com destaque para Ceará e Pernambuco, apresentaram altas nas categorias profissionais”, explica Augusto Oliveira, gerente do Sinapi. “Mas a parcela dos materiais, mesmo com uma desaceleração de 0,77 ponto percentual em relação ao mês anterior, registrou 1,19%, uma variação expressiva dentro da série histórica”, ressalta.

Região Nordeste registra a maior variação mensal

A Região Nordeste, com altas na parcela dos materiais em todos os estados e acordos coletivos registrados em Ceará e Pernambuco, ficou com a maior variação regional em junho, 2,29%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,15% (Norte), 1,77% (Sudeste), 0,75% (Sul), e 0,91% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.608,46 (Norte); R$ 1.523,66 (Nordeste); R$ 1.705,96 (Sudeste); R$ 1.661,71 (Sul) e R$ 1.637,98 (Centro-Oeste). Com alta na parcela de materiais e reajuste observado nas categorias profissionais, Pernambuco foi o estado com a maior variação mensal, 5,78%, seguido pelo Ceará (4,54%).

Mais sobre o Sinapi

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. Acesse os dados no Sidra.