Sinapi
Custos da construção sobem 1,82% em novembro, maior alta desde julho de 2013
08/12/2020 09h00 | Atualizado em 08/12/2020 09h18
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (8) pelo IBGE, subiu 1,82% em novembro, a maior alta do ano e a maior variação desde a desoneração da folha, em julho de 2013. O resultado é 0,11 ponto percentual acima de outubro (1,71%). No ano, o acumulado ficou em 8,06% enquanto nos últimos doze meses é de 8,30% contra 6,48% nos doze meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019 o índice foi 0,11%.
O resultado do mês tem relação com a parcela dos materiais, que registrou alta de 3,15%, aumento menor, mas bem próximo do observado em outubro (3,17%). Na comparação com novembro do ano anterior (0,17%), houve aumento de 2,98 pontos percentuais.
“O segmento de aço foi o que apresentou, em todas as regiões, uma maior alta. Dos três produtos com maior variação, dois são do segmento do aço. Também houve aumento considerável dentro do segmento de agregados (areia e pedra) e cerâmicas (tijolos e telhas cerâmicas), mas o aço teve uma subida de abrangência nacional, principalmente o vergalhão”, explica o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.
Oliveira afirma que a parcela da mão de obra também exerceu influência no resultado do Sinapi de novembro por conta de acordos coletivos: “Houve captação de reajustes em três estados: Goiás, Rondônia, e principalmente, Rio Grande do Sul. Dessa forma, a parcela de mão de obra teve uma variação maior que em outubro, quando não foi observado esse tipo de reajustes”, esclarece. A taxa registrou alta de 0,25%, subindo 0,21 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,04%) e 0,20 ponto percentual contra novembro de 2019 (0,05%).
Sul tem a maior variação mensal
A região Sul, com alta significativa em materiais em todos os estados e reajuste na parcela dos profissionais no Rio Grande do Sul, ficou com a maior variação regional em novembro: 2,23%. A menor variação foi no Sudeste: 1,59%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: Norte (1,90%), Nordeste (1,93%) e Centro-Oeste (1,79%).
Já no que diz respeito aos custos regionais por metro quadrado, o Sul registrou o maior valor (R$ 1.305,70), seguido pelo Sudeste (R$ 1.295,73), com Norte (R$ 1.266,21), Centro-Oeste (R$ 1.243,97) e Nordeste (R$ 1.173,31) completando o quadro.
Já entre os estados, Goiás, com alta na parcela dos materiais e reajuste na mão de obra, foi o estado que apresentou a maior variação mensal: 3,34%.