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Indústria regional

Produção industrial cresce em 12 dos 15 locais pesquisados em julho

Editoria: Estatísticas Econômicas | Caio Belandi

09/09/2020 09h00 | Atualizado em 09/09/2020 12h57

#PraCegoVer A foto mostra o interior de uma fábrica de biscoitos
Em São Paulo, setor de alimentos foi uma das influências para a taxa positiva - Foto: Governo do Estado de São Paulo

A produção industrial teve alta em 12 dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional, na passagem de junho para julho. O resultado, divulgado hoje (9) pelo IBGE, reflete a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações por conta dos efeitos causados pela pandemia de Covid-19. A produção industrial nacional cresceu 8% em julho, pelo terceiro mês consecutivo.

As altas mais intensas foram no Ceará (34,5%) e no Espírito Santo (28,3%), mas São Paulo (8,6%), maior parque industrial do país, segue aparecendo como principal influência. A alta paulista pode ser explicada pelo bom desempenho dos setores de alimentos e de veículos automotores. “São setores influentes na indústria paulista. Também o de máquinas e equipamentos apresentou crescimento importante”, explica o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.

Este é o terceiro mês de taxa positiva consecutiva de São Paulo, com ganho acumulado de 32%, “Mas ainda não recuperou o patamar pré-pandemia, estando 6% abaixo do patamar de fevereiro", ressalta Almeida.

Já o resultado positivo no Ceará, nono local em influência no mês, se dá, segundo o analista, muito por conta das altas nas taxas do setor de couro, de artigos de viagens, de calçados e de vestuário. “É a terceira taxa consecutiva positiva para o estado, com 92,5% acumulado, mas ainda abaixo 1% do patamar pré-pandemia”, completa. Já o Espírito Santo soma avanço de 28,6% em dois meses seguidos de crescimento na produção.

 

Os outros locais com alta acima da média da indústria nacional (8%) em julho foram o Nordeste (17,5%), o Amazonas (14,6%), a Bahia (11,1%), Santa Catarina (10,1%), Pernambuco (9,5%) e Minas Gerais (9,2%). Já o Rio de Janeiro (7,6%), o Rio Grande do Sul (7,0%) e o Pará (2,1%) completam os locais com altas no mês.

Por outro lado, três estados apresentaram recuo. Paraná (-0,3%) e Goiás (-0,3%) tiveram variações negativas, mas o Mato Grosso (-4,2%) teve recuo mais intenso em julho, após dois meses de alta, que acumularam 8,2%.

Resultado é negativo em 8 dos 15 locais na comparação com 2019

Comparada a julho de 2019, a produção industrial brasileira teve queda em 8 dos 15 locais pesquisados. Espírito Santo (-13,4%) e Paraná (-9,1%) assinalaram os recuos mais intensos. Pará (-7,5%), Rio Grande do Sul (-7,5%), Bahia (-5,7%), Santa Catarina (-4,9%), Mato Grosso (-4,4%) e São Paulo (-3,3%) completaram o conjunto de locais com queda na produção.

Por outro lado, Pernambuco (17,0%) apontou o avanço mais acentuado. Amazonas (6,0%), Goiás (4,0%), Ceará (2,7%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (1,0%) e Nordeste (0,9%) mostraram as demais taxas positivas.