Censo Agropecuário
IBGE inclui recortes territoriais mesorregião e microrregião nos dados do Censo Agro 2017
18/08/2020 15h32 | Atualizado em 20/08/2020 08h54
Dados do Censo Agropecuário 2017 com recortes territoriais de mesorregiões e microrregiões foram disponibilizados no Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) no último dia 6. O sistema, que permite a consulta aos dados armazenados no Banco de Tabelas Estatísticas, agora traz esses recortes geográficos, além de manter os já divulgados em outubro de 2019.
Entre 1989 e 2017, o IBGE adotou as Mesorregiões e Microrregiões como a divisão geográfica do país. Com a revisão da divisão regional brasileira, em 2017, esses recortes foram substituídos pelas regiões geográficas intermediárias e imediatas. “Essa nova divisão foi adotada no Censo Agro de 2017. Mas houve uma demanda dos usuários para carregar os recortes de Microrregião e Mesorregião e, assim, poder comparar essas agregações com as pesquisas passadas”, explica o técnico aposentado e porta-voz do Censo Agro, Antonio Carlos Florido.
O principal objetivo da disponibilização dos recortes de Microrregião e Mesorregião é possibilitar a comparabilidade entre o Censo Agropecuário 2017 e as edições anteriores da pesquisa. O usuário poderá, por exemplo, consultar quantos estabelecimentos de agricultura familiar existiam na microrregião do Litoral Norte, na Paraíba, e comparar os números ao longo das edições do Censo.
A substituição dos recortes geográficos teve como objetivo atualizar as articulações das cidades, em relação à circulação de pessoas, serviços e informações. As Regiões Geográficas Imediatas, que substituíram as Microrregiões, são estruturadas a partir de centros urbanos próximos para suprir as necessidades da população, como serviços de saúde e prestação de serviços públicos. Um exemplo é Joinville, em Santa Catarina. Já as Regiões Geográficas Intermediárias, estão estabelecidas, em uma escala, entre as Unidades da Federação e as Regiões Geográficas Imediatas. É o caso de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
“Além da comparabilidade, a disponibilização desses recortes de Microrregião e Mesorregião é importante porque eles são mais significativos para o estudo da área rural do que as Regiões Intermediárias e Imediatas. Elas focam na interação e tem muito a ver com o tamanho da população e na área rural ela é mais escassa, então os outros recortes são mais adequados, especialmente na interação com a atividade agropecuária”, analisa o coordenador de Agropecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira.
De acordo com o pesquisador, a divulgação desses dados também pode auxiliar as regiões que tenham políticas públicas relacionadas às atividades agropecuárias que visam Microrregiões e Mesorregiões. “Pode ser até que um estado tenha, em sua política de trabalho, estudos de Micro e Mesorregião. Até pode ter instituições voltadas a atuar em determinada Micro e Mesorregião e para isso seja necessário ter o dado daquele recorte”, conclui.