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IPCA-15

Passagens aéreas seguram prévia da inflação, que tem menor junho desde 2006

Editoria: Estatísticas Econômicas | Eduardo Peret

25/06/2020 09h00 | Atualizado em 09/07/2020 19h47

Preços das passagens aéreas tiveram queda de 26,08% em junho - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
 

Influenciada pelo resultado de -26,08% no preço das passagens aéreas, a prévia da inflação de junho ficou em 0,02%, o menor resultado para o mês desde 2006, quando a taxa tinha sido de -0,15%. O grupo dos Transportes (-0,71%) representou o maior impacto negativo, contribuindo com -0,14 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (25) pelo IBGE. 

Em 12 meses, o índice alcançou 1,92%, abaixo dos 1,96% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Com o resultado, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado trimestralmente) ficou em -0,58%, menor taxa nesse indicador desde setembro de 1998.

Todas as áreas pesquisadas tiveram deflação nos preços das passagens aéreas, desde -34,37% em Belém até -15,85% em Fortaleza. Ainda no grupo dos Transportes, os combustíveis (-0,34%) caíram pelo quarto mês seguido. Após ter registrado -8,51% em maio, a gasolina teve variação negativa de 0,17%. Também registraram quedas de preços o óleo diesel (-4,39%) e o etanol (-0,49%), enquanto o gás veicular teve alta de 0,84%, contra -1,21% em maio. 

 

No grupo Habitação (-0,07%), a energia elétrica (-0,48%) teve o maior impacto negativo (-0,02 p.p.), já que permanece em vigor até o fim do ano a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional nas contas de luz.

No lado das altas, o maior impacto positivo (0,09 p. p.) veio do grupo de Alimentação e Bebidas (0,47%), puxado principalmente pela alimentação no domicílio (0,56%). Os destaques em alta ficaram com a batata-inglesa (16,84%), carnes (1,08%), cebola (14,05%) e feijão-carioca (9,38%). Já os destaques em queda foram do tomate (-12,36%), da cenoura (-12,05%) e das frutas (-0,80%). 

 A alimentação fora do domicílio também acelerou de maio (0,13%) para junho (0,26%), especialmente por conta do item lanche, que foi de 0,64% para 0,82% na passagem de um mês para o outro.

Quatro das 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação em junho. O maior índice foi observado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,27%), principalmente por conta da alta nos alimentos, como as carnes (4,35%) e a batata-inglesa (24,71%). Já o menor resultado foi registrado na região metropolitana de Belém (-0,20%), por conta do recuo nos preços das passagens aéreas (-34,37%).