Indústria regional
Produção paulista cai 2,6% e puxa queda da indústria em novembro
14/01/2020 09h00 | Atualizado em 14/01/2020 09h00
A produção industrial de 11 dos 15 locais pesquisados recuou em novembro de 2019, em linha com a queda de 1,2% da indústria nacional. Essa disseminação de resultados negativos é a maior desde novembro de 2018, quando também foram registradas taxas negativas em 11 locais. O principal destaque foi São Paulo, estado de maior influência na produção industrial (34% do total da indústria), com queda de 2,6%, a taxa negativa mais intensa desde setembro de 2018 (-3,1%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada hoje (14) pelo IBGE.
“O recuo foi atribuído à influência negativa do setor de alimentos, principalmente o açúcar, compensando a alta inesperada do mês anterior. Outro fator que afetou a produção industrial de São Paulo foi a redução da produção do setor de veículos automotores, especialmente automóveis, devido ao período de férias coletivas, após a antecipação de produção em outubro”, explica o analista responsável pesquisa, Bernardo Almeida.
O Paraná apresentou a segunda maior influência negativa com queda de 8%, segunda taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde maio de 2018 (20,1%), quando ocorreu a greve dos caminhoneiros. A queda é devido à redução na produção de derivados de petróleo (refino) e na produção de veículos automotores, também em função das férias coletivas após antecipação da produção em outubro.
Como destaque positivo, o Rio de Janeiro cresceu 3,7%, a segunda alta consecutiva e a mais intensa desde julho de 2018 (6,8%), puxada pelo setor extrativo (petróleo de gás natural). O segundo setor que afetou positivamente a produção industrial do Rio de Janeiro foi a produção de derivados de petróleo (refino).
Ceará (3,4%) e Mato Grosso (2,7%) também apontaram os avanços em novembro, com o primeiro eliminando a queda de 1,5% registrada no mês anterior e o terceiro marcando o quinto mês seguido de crescimento na produção e acumulando nesse período expansão de 12,1%.