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PNAD Contínua

Subutilização é a maior dos últimos sete anos em 12 estados e no Distrito Federal

Editoria: Estatísticas Sociais | Eduardo Peret

16/05/2019 09h00 | Atualizado em 31/05/2019 19h17

#PraCegoVer Jovem caminhando em frente a uma agência do trabalhador
São 28,3 milhões de pessoas subutilizadas no primeiro trimestre do ano, segundo a PNAD Contínua - Foto: Agência Brasília

A taxa de subutilização do primeiro trimestre foi a maior dos últimos sete anos em 13 das 27 unidades da federação, com destaque para Piauí (41,6%), Maranhão (41,1%), Acre (35%), Paraíba (34,3%), Ceará (31,9%) e Amazonas (29,2%). Esse grupo reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos.

As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje pelo IBGE. No primeiro trimestre de 2019, a taxa de subutilização do país foi de 25%, o que representa 28,3 milhões de pessoas, a maior da série iniciada em 2012.

As menores taxas de subutilização foram observadas em Santa Catarina (12,1%), Rio Grande do Sul (15,5%), Mato Grosso (16,5%), e Paraná (17,6%). Porém, com exceção do Rio Grande do Sul, em todos os outros as taxas foram as mais altas da série histórica.

Taxa de subutilização da força de trabalho por UF (%) - 1º tri/2019
Rondônia 17,7 Ceará 31,9 Rio de Janeiro 20,2
Acre 35,0 Rio Grande do Norte 36,5 São Paulo 21,0
Amazonas 29,2 Paraíba 34,3 Paraná 17,6
Roraima 28,9 Pernambuco 31,8 Santa Catarina 12,1
Pará 30,5 Alagoas 36,7 Rio Grande do Sul 15,5
Amapá 35,9 Sergipe 36,0 Mato Grosso do Sul 18,5
Tocantins 23,2 Bahia 40,4 Mato Grosso 16,5
Maranhão 41,1 Minas Gerais 24,5 Goiás 18,7
Piauí 41,6 Espírito Santo 20,5 Distrito Federal 23,3
  Maior da série histórica da UF e mais alta do que a taxa nacional
  Maior da série histórica da UF
Fonte: PNAD Contínua Trimestral

Entre os estados em que a população subutilizada é a maior da série, os destaques ficaram com Bahia (3,3 milhões de pessoas), Minas Gerais (2,9 milhões) e Rio de Janeiro (1,8 milhão).

“O que chama atenção é o perfil de dispersão generalizada da subutilização, que é recorde em todas as regiões”, explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo: “além da taxa, é preciso observar a população subutilizada, que é recorde em 15 unidades da federação, cobrindo metade das regiões Norte e Nordeste e quase todo o Sudeste, Sul e Centro-Oeste”.

Nordeste concentra mais da metade dos desalentados

Além da subutilização, a população desalentada, aquela que desistiu de procurar emprego, chegou a 4,8 milhões e também bateu recorde no primeiro trimestre. Desse total, 60,4% (2,9 milhões) estavam concentrados no Nordeste. 

A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação também foi recorde no Norte (20,7%), Nordeste (26,4%), Sudeste (18,1%) e Centro-Oeste (15,1%). As maiores taxas estaduais estavam na Bahia (31,1%), Amapá (30,7%), Piauí (30,5%), Sergipe (28,5%) e Maranhão (25,7%). “Observamos mais uma vez o Nordeste concentrando a maior parte das taxas, o que compõe um quadro desfavorável para a região”, comenta Cimar.

A taxa nacional de desocupação foi de 12,7% no primeiro trimestre. Entre as unidades da federação, o Amapá registrou a maior taxa, 20,2%, seguido pela Bahia, com 18,3%. As 14 taxas acima do indicador nacional estão distribuídas entre o Norte e o Nordeste, além do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.


Palavras-chave: Desemprego, Desocupação, Subutilização, Primeiro trimestre.