Contas Nacionais
PIB cresce 1,1% pelo segundo ano seguido e fecha 2018 em R$ 6,8 trilhões
28/02/2019 09h00 | Atualizado em 01/03/2019 11h05
O Produto Interno Bruto (PIB), divulgado hoje pelo IBGE, fechou 2018 com crescimento de 1,1%, totalizando R$ 6,8 trilhões. O resultado repetiu a alta de 1,1% em 2017, que interrompeu dois anos seguidos de queda. O PIB per capita variou 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018.
O setor de serviços, que responde por 75,8% do PIB, cresceu 1,3% em 2018, e foi o que mais contribuiu para o avanço da economia, ao registrar taxas positivas em todas as sete atividades pesquisadas. Atividades imobiliárias, que cresceram 3,1%, e comércio, 2,3%, foram os ramos que mais influenciaram o desempenho do setor.
“Essas atividades foram beneficiadas por um mercado mais estabilizado, aliado à inflação mais controlada e pelo desemprego ligeiramente menor que o do ano passado”, resumiu a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Cláudia Dionísio.
A agropecuária se manteve praticamente estável, com variação de 0,1% em relação a 2017. Já a indústria cresceu 0,6%, após quatro anos seguidos de quedas. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que subiu 2,3%, foi a que mais influenciou o resultado, enquanto a construção, com -2,5%, caiu pelo quinto ano consecutivo.
“Mesmo com a estabilidade, pode-se dizer que a agropecuária teve um resultado expressivo, uma vez que em 2017 foi o ano de safra recorde. A indústria, por sua vez, vem mostrando sinais de recuperação, embora tenha sido prejudicada por quedas nas demandas por exportação e na indústria da construção”, comenta a gerente.
Frente ao terceiro trimestre de 2018, o PIB variou 0,1%, registrando o oitavo resultado positivo consecutivo nesta comparação. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve alta de 1,1%.
Investimento e poupança aumentam em 2018
A taxa de investimento subiu de 15% em 2017 para 15,8% em 2018. Da mesma forma, a taxa de poupança passou de 14,3% em 2017 para 14,5% em 2018, totalizando R$ 993,3 bilhões.
A despesa de consumo das famílias cresceu 1,9% em relação a 2017, explicado por fatores como comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do ano. A despesa do consumo do governo, por sua vez, ficou estável.